Vivemos na era digital e a maneira como nos relacionamos e nos ligamos com os outros foi transformada pelas Aplicações existentes e plataformas de média social.
Para a comunidade LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros, Intersexuais e outros), estas ferramentas desempenham um papel significativo na procura de amizades, apoio e até mesmo de relacionamentos.
José Soares e Keith Mason abriram o bar 106, no número 106 da rua de São Marçal, há 33 anos. Em entrevista ao dezanove.pt, José Soares conta as “estórias” da História de um bar que acompanhou a emancipação da cultura LGBTQIA+ de Lisboa.
No início da semana, os utilizadores da aplicação Grindr no Egipto começaram a receber um alerta para que estivessem atentos a mensagens suspeitas. No país estão a ser detidos vários homens gays por parte da polícia que tem recorrido à aplicação para capturar os utilizadores através de perfis de outros utilizadores, entretanto detidos.
Esta crónica começou a ser escrita ao som da música mais lamechas que consegui lembrar-me: a banda sonora do Titanic. Não por nenhum motivo específico mas apenas para descobrir se a sobreposição de pífaros, vozes sintetizadas e violinos a tocar o refrão do My Heart Will Go On ad-nauseam ajudaria com o writer’s block do qual já venho padecendo há algum tempo.
Hoje quero falar-vos do dia em que morri. Foi em meados de maio de 2013, altura em que atingi os 30 anos de idade. De um momento para o outro, sem qualquer aviso prévio, deixei de ser popular no Grindr ou noutras aplicações do género.
M. tinha dificuldade em acreditar que a sua cabeça estava pousada no peito daquele homem. Fora tudo tão rápido. Um dia arriscou uma mensagem no Grindr, sem esperar resposta. Ela veio mas era ambígua. Ficaram de ver.
Antes da crónica, vai um aviso que este texto pode conter linguagem que alguns de vocês poderão achar triggering, mas eu acho que é fundamental falarmos acerca destas coisas.
No passado sábado, dia 5, a polícia deteve um homem de 36 anos suspeito de utilizar a aplicação de encontros Grindr para conquistar a confiança e proximidade das vítimas e, posteriormente, assaltá-las com violência. O homem foi detido horas depois do seu último roubo.
Muito antes do Manhunt, do Grindr, do Scruff, ou do Tinder redefinirem as possibilidades de articulação entre homens gays, já os dark rooms – e outros espaços de cruising (saunas, bares, drag balls, discotecas) – existiam como espaços de construção de cultura, de fomento político-ideológico, e de resignificação das identidades LGBTQI+.
Está a aumentar a homofobia em Marrocos. Desta vez, o foco foi uma instagramer trans marroquina, que vive na Turquia, e que incentivou a homofobia no seu país de origem. Ela mostrou como instalar a app e localizar gays no Grindr, uma aplicação de encontros dirigida a homens que têm sexo com homens.
Na sociedade digital moderna em que já vive grande parte da população mundial existem várias aplicações que aproximam os seus utilizadores e estabelecem redes sociais entre eles. Naturalmente isso também está presente na vida afectiva e sexual de muita gente que se conhece e se encontra através desses meios (obviamente também aqui no Facebook).
André Filipe Gonçalves apresentou a tese “A Identidade Social nas Redes Sociais Online: A Construção de Autoapresentações Anónimas Mediadas pelo Grindr”, no âmbito do mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, do ISCTE (Lisboa). Em conversa com o dezanove.pt explica os motivações dos “discretos” do Grindr.
Matthew Herrick, de 32 anos, apresentou uma queixa contra o Grindr num tribunal de Nova Iorque, alegando que a rede social não está a tomar as medidas suficiente para pôr fim ao assédio de que é alvo.
Termina amanhã a conferência de tecnologia que trouxe ao Parque das Nações, em Lisboa, 70 mil pessoas. É provavelmente o mais perto de uns Jogos Olímpicos que Portugal vai ter nos próximos 100 anos. E, tal como na Aldeia Olímpica, há quem aproveite os interstícios entre reuniões e conferências para outro tipo de actividades disruptivas. Uma oportunidade de ouro para arranjar alguém interessante para partilhar uma vida em comum (i.e., marido rico), o amor de toda uma vida ou o amor de umas duas/três horas ou assim.
Na semana passada o jornalista Nico Hines escreveu um texto para o The Daily Beast onde afirmou ter conseguido, numa hora, três encontros gay para sexo na Aldeia Olímpica. O jornalista, assumidamente heterossexual, casado e com filhos, criou conta no Grindr para evidenciar como os atletas gays estão, naturalmente, disponíveis para sexo.
Sessões de sexo entre homens alimentadas a drogas que se podem prolongar por várias horas ou até dias. As chamadas “chemsex” são já conhecidas no Reino Unido e em Espanha. Em Portugal o termo começa a popularizar-se nos perfis das apps de relacionamentos entre gays.
Onze homens egípcios foram condenados a penas de prisão entre os três e os 12 anos por “libertinagem e incitação à libertinagem”, segundo justificação das autoridades.