A terapia afirmativa de género é uma abordagem essencial e, diria, urgente para qualquer pessoa LGBTQIA+ que procure acompanhamento psicológico em Portugal. Esta prática centra-se no respeito profundo e no apoio incondicional à identidade de género e orientação sexual de cada pessoa, oferecendo um espaço seguro onde se valoriza a autenticidade individual. Em vez de patologizar a diversidade, a terapia afirmativa acolhe e valida a experiência de ser LGBTQIA+, promovendo o bem-estar psicológico num ambiente livre de preconceitos.
Num episódio recente que espelha as contínuas lutas contra o preconceito enraizado na sociedade, Cristina Ferreira, uma figura pública de renome em Portugal, tomou uma posição controversa ao recusar-se a reconhecer a identidade de género de Jacques Costa, uma pessoa não-binária, optando por usar o pronome masculino "ele" em detrimento do feminino "ela", ou dos pronomes neutros que seriam os mais apropriados para respeitar a identidade de Jacques.
Pele de Homem, uma graphic novel de Zanzim, com argumento de Hubert e prefácio de Ana Cristina Santos, chega finalmente a Portugal. Após dois anos da publicação francófona (2020), contando com diferentes prémios literários, este livro é marcado quer pelo sucesso de uma fábula que nos traz temas intemporais como a sexualidade, identidade e (des)igualdade de género como pelo trágico destino do autor, Hubert, que se suicidara pouco tempo antes da publicação da obra que mais popularidade lhe mostrou trazer.
Seek Bromance, a mais recente performance cinematográfica de Samira Elagoz, estreou em Portugal nas salas do Cinema S. Jorge, em Lisboa, no passado dia 22 de Fevereiro. A obra venceu o Leão de Prata na Bienal de Veneza em 2022.
Q de Quê? é um espectáculo em forma de pergunta, dirigido a crianças e jovens, que pretende reflectir sobre diversidade, identidade e expressão de género. A biologia e a ecologia dão o mote para compreender a enorme complexidade e diversidade do mundonatural. O espectáculo vai ser levado à cena a 25 e 26 de Fevereiro, às 16 horas, no AMAS - Auditório Municipal António Silva, no Cacém, e é da responsabilidade do teatro meia volta e o teatromosca.
As questões de identidade, cor da pele, racismo e família são algo que não só definem uma pessoa como influenciam toda a sua vida, a sua maneira de estar na comunidade, as suas aspirações, lutas e objectivos, sendo que todos estes factores vão-se alterando e evoluindo ao longo do tempo conforme certos encontros, desencontros e outras questões vão surgindo.
Olhar a história pessoal como base da criação da identidade:é este o tema central de Miguel Bonneville #6 (MB#6); performance de Miguel Bonneville revisitada dez anos após a sua estreia. Integrada na programação da edição 2018 do Temps D'Images, em Lisboa, o trabalho desenha um retrato autobiográfico de dez mulheres, artistas, num exercício que pensa conceitos como o feminino, a morte e a criação.
Eu tinha apenas 15 anos quando a Gisberta foi assassinada. Ligava pouco a jornais e noticiários, mas a cobertura deste caso foi tão grande, que era impossível ignorá-lo. Demorei tempo a digeri-lo (alguma vez o fiz?) mas o que senti foi, sobretudo, medo.
A associação portuense dirigida pelo professor e séxologo Manuel Damas lançou no dia 25 de Abril a revista online ID, abreviatura da palavra identidade.