Já lá vai o tempo em que o pensamento restritivo da Igreja controlava as liberdades civis e sexuais das pessoas. E com isto pergunto: qual é o mundo que queremos deixar aos que virão depois de nós? Um mundo de dogmas que separam em vez de unirem? Um mundo de pseudoarautos da boa-fé que não passam de obreiros da maldade? Eu sei que, quando for a minha vez de ser pai, quero deixar um mundo muito diferente daquele que encontrei, onde homens e mulheres queer podem dizer, contentes, que vivem livremente, sem medo, sem anseios e onde o facto de serem diferentes não interfere manifestamente com os seus sonhos e objetivos. Diria, sim, que sonho com o dia em que a comunidade queer for verdadeiramente livre, para que possa, ela também, constituir a sua identidade e família, sem almas estranhas que tentem ditar como cada um pode ou não ser, para que possa crescer, viver e ser verdadeiramente livre.
Porque cada pessoa queer está aqui e não pode ser apagada.
- Henrique França, “Ser e crescer queer”, Reflexões sobre a Liberdade – Identidades e Famílias (Oficina do Livro, 2024)
Preocupadas e indignadas com os repetidos ataques de elementos da Habeas Corpus e do partido de extrema-direita “Ergue-te” a escritoras de livros infantojuvenis e a bibliotecários, à leitura tranquila numa Biblioteca pública e a apresentações de livros e debates, cerca de 20 entidades (associações, editoras, livrarias) escreveram esta manhã à Ministra da Administração Interna e à Ministra da Justiça, com conhecimento para a Ministra da Cultura.
A revolução do 25 de Abril de 1974 trouxe a Portugal vários tipos de liberdade (política, religiosa, artística, económica, sexual, etc.) Entre a liberdade sexual, uma das principais conquistas situam-se no seio das pessoas LGBT+. Segundo algumas opiniões, já não faz sentido comemorar o Pride (orgulho gay), porque este significa a luta por direitos que já foram adquiridos, enquanto para outros faz todo o sentido, porque segundo eles na prática algumas dessas coisas não foram adquiridas ou porque muito do que foi adquirido ainda se pode perder, principalmente com a ascensão dos extremismos de direita.
O Dia Mundial da Língua Portuguesa celebra-se todos os anos a 5 de Maio. Um dia que celebra a projecção da quarta língua mais falada no mundo. Com mais de 260 milhões de falantes a língua portuguesa é língua oficial em países como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
João Costa, Professor Catedrático de Linguística na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, ex-Secretário de Estado da Educação e Ministro da Educação entre 2015 e 2024, publica o Manifesto pelas Identidades e Famílias: Portugal Plural um Manifesto de defesa da liberdade (ed. Ideias de Ler), da diversidade e dos direitos fundamentais, contra os movimentos conservadores que reemergiram em Portugal e que atentam matérias como os direitos das mulheres e a constituição de famílias.
Entre os dias 6 e 9 de Junho de 2024, quase 400 milhões de pessoas nos 27 Estados-Membros são chamados a votar nas eleições europeias - em Portugal as eleições estão marcadas domingo, dia 9 de Junho. Para informar melhor os cidadãos da União Europeia (UE) e incentivá-los a votar, o Parlamento Europeu preparou uma campanha que apela ao voto em defesa da democracia.
Os 50 Anos do 25 de Abril celebraram-se em todo o país e com ecos em várias partes do mundo. A Revolução dos Cravos, o Dia da Liberdade viveu-se em odes de celebração e muita emoção pelos locais por onde passou a revolução.
O resultado das recentes eleições legislativas em Portugal, com crescimento exponencial da representação eleitoral da extrema-direita, só surpreendeu quem não esteve com atenção nos últimos 20 anos, e nos últimos dez, ou quem coloca tanta fé numa sociedade e economia de mercado que confunde o regime actual com uma verdadeira democracia.
Durante anos, certos livros foram lidos às escondidas em Portugal e escamoteados à polícia. Porque era proibido lê-los, mas também detê-los. O fim da instituição da censura só ocorre após a Revolução de 25 de Abril de 1974, com a aprovação da Constituição de 1976, que consagra no artigo 37.º a liberdade de expressão e informação e no artigo 42.º a liberdade de criação cultural.
O restaurante Pap'Açorda fez quase meio século de vida. Entre as mesas, as flores e a açorda, um livro cuidadosamente editado com textos de comensais que fizeram a sua vida entre pratos. A tarde do dia 16 de abril foi o tempo das memórias daqueles e daquelas que na rua da Atalaia até ao Mercado da Ribeira traçaram a história da cidade de Lisboa.
Valentim de Barros nasceu a 11 de Novembro de 1916 em Lisboa e foi tido desde cedo como um rapaz de uma beleza excepcional. Cresceu como o mais novo dos oito filhos de Ana da Encarnação e de Joaquim José de Barros e revelou desde cedo a sua paixão pela dança.
Há 50 anos, a 13 de Maio de 1974, poucas semanas após o 25 de Abril, o Movimento de Acção Homossexual Revolucionária, publicava o Manifesto «Liberdade para as Minorias Sexuais», de que o fundador da Opus Diversidades (ex-Opus Gay), António Serzedelo, era um dos subscritores.
Inspirados na técnica de blackout poetry, um colectivo de poetas e ilustradores organizados pelos criativos Viton Araújo e Diego Torgo, quiseram resignificar o infame lápis azul da censura através da Constituição de 1933.
Ora bem, temos o saber e temos o poder. Um não existe sem o outro. O saber é um emaranhado de teias tecidas por diversos actores das mais variadíssimas áreas e tem como função validar conceitos e legitimar comportamentos, estabelecendo, assim, quais os ingredientes ao dispor do humano pensante para que este possa formular as novas verdades que chegam em catadupa e que vão regendo a vida dos povos; esclareça-se que, muito embora a verdade, socialmente produzida e reproduzida, não seja sempre propriamente científica, porque não foi directamente formulada por agentes científicos, aquilo que permitiu que a ela se chegasse, os tais ingredientes ao dispor do humano pensante, é científico, no aspecto em que emergiram das verdades autorizadas e postas a circular pelos círculos de sabedores que exercem ciência.
No ano em que o icónico Teatro Tivoli BBVA celebra o seu centenário, este emblemático espaço cultural abraça as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril apresentando uma trilogia de concertos singulares que nos remetem para o repertório de artistas que usaram a sua voz para cantar a liberdade, tendo como veículo a interpretação de artistas filhos de um Portugal já sem ditadura.
Numa noite em que subiram ao palco as melhores das melhores, a Dama de Paus levou a coroa para casa. A edição All Stars da Bolsa de Ouro, o concurso de transformismo idealizado por Roxy Vieira, que teve lugar na Casa do Artista no passado dia 16 de Março.
No Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março, às 21h30, estreia no Teatro Narciso Ferreira, em Vila Nova de Famalicão, a nova criação da jovem companhia Momento - Artistas Independentes.