Sempre que assistia aos Jogos Olímpicos me perguntava porquê que a existir divisão de atletas em competição não seriam os factores peso e altura e não o género a categorizar atletas. A divisão de homens de um lado e mulheres do outro é tão infundada e sem sentido como dizer que um homem é mais físico e uma mulher mais cerebral. Afinal se assim fosse apenas teríamos mulheres como patroas e líderes. Porquê que as mesmas pessoas que defendem a vantagem hormonal física do homem perante a mulher não defendem que as mesmas devam ser patroas e líderes? É no mínimo uma das muitas conveniências machistas provenientes da macholândia.
“Se cada homem tornasse público aquilo que pensa sobre o nosso sexo, a opinião de que fomos criadas apenas para seu uso seria unânime, de que servimos apenas para gerar e zelar pelos filhos nos primeiros anos de vida, para tratar dos assuntos da casa e para obedecer, servir e satisfazer os nossos senhores, ou seja, eles mesmos, naturalmente.” Sophia, A Mulher Não é Inferior ao Homem (Ideias de Ler, 2024)
Vencedor do The 2020 Booker Price, considerado um dos melhores livros de 2021 pelo British Book Awards, o primeiro romance de Douglas Stuart, obra que lhe tomara 10 anos de escrita, conta-nos ao longo de 500 velozes páginas uma história de heroísmo e de amor num meio marcado pela miséria, pelo machismo e homofobia. O retrato da infância de Shuggie Bain, na Glasgow dos anos 1980 e 1990, é uma projecção das experiências de Douglas Stuart na sua cidade natal assim como de uma infância negligenciada pelo alcoolismo da mãe e o abandono do pai.
Apesar de já estar a ser analisada pela ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social), a crónica de Alexandre Pais intitulada “A imagem é tudo” publicada no Correio da Manhã, no dia 1 de Abril, a CIG (Comissão para a Igualdade e Cidadania) revelou ao site delas.pt que ainda não recebeu nenhum tipo de reporte sobre as críticas tecidas à imagem corporal das apresentadoras Cristina Ferreira e Maria Botelho Moniz.
Nos últimos anos temos assistido a um crescente debate público sobre a “teoria de género” e “ideologia de género”, dois conceitos que mostram inquietação no seu entendimento, tendo recentemente sido apropriados por um discurso político aliado à moral religiosa que se recusa a reconhecer os conceitos de género e sexo como construções políticas e culturais.
Homossexuais no futebol: É um dos maiores tabus da sociedade portuguesa. No país que "vive" para o futebol está a surgir uma equipa que joga contra o preconceito e onde, precisamente, a orientação sexual não é um factor tabu.
O livro da jornalista Danae Boronat, intitulado “No las llames chicas, llámalas futbolistas” (“Não as chames miúdas, chama-as futebolistas”), denuncia múltiplos abusos perpetrados por Ignacio Quereda, seleccionador de futebol feminino em Espanha entre 1988 e 2015. A Real Federação Espanhola de Futebol é, ainda, acusada de abafar as denúncias das atletas.
A reacção a mais um discurso do candidato presidencial André Ventura está a encher as redes sociais de homens e mulheres com os lábios pintados de batom vermelho.
Pixam pela arte. Mas arte com activismo queer à mistura. Podes contemplar este trabalho de libertação da expressão identitária e de protesto em várias ruas de Lisboa e ficar a saber mais nesta entrevista que preserva a identidade dos entrevistados, mas não deixa nada por dizer. Uma entrevista sem piiis, só com pixas.
O conhecido cronista social a apresentador de TV Cláudio Ramos escreveu algumas linhas na revista TV Mais sobre a recente presença da actriz brasileira Luana Piovani em Portugal. A actriz causou burburinho nas redes sociais por ter sido fotografada nua pelo marido, durante as férias que ambos passaram em Portugal.
Foi recentemente criada uma página intitulada: “Sou/curto afeminado”, uma página dedicada a todos aqueles que, como se já não bastasse a hostilidade da sociedade pseudomoderna, ainda têm que suportar a crueldade vinda da própria comunidade homossexual. A página do Facebook que fez a divulgação da criação desta página foi a “[Humor controverso] Bixa Depressão”, chamando atenção para o problema daqueles homossexuais que afirmam "”Não curto afeminados" no Grindr/Scruff/Hornet da vida” e perguntando “Quantas e quantas vezes você já viu a palavra "Discreto" sendo usada como elogio necessário para a "conduta gay".