Pele de Homem, uma graphic novel de Zanzim, com argumento de Hubert e prefácio de Ana Cristina Santos, chega finalmente a Portugal. Após dois anos da publicação francófona (2020), contando com diferentes prémios literários, este livro é marcado quer pelo sucesso de uma fábula que nos traz temas intemporais como a sexualidade, identidade e (des)igualdade de género como pelo trágico destino do autor, Hubert, que se suicidara pouco tempo antes da publicação da obra que mais popularidade lhe mostrou trazer.
Em 1982, a homossexualidade foi descriminalizada em Portugal. No entanto, quase quarenta anos depois, os estudos mostram-nos que continuam a existir disparidades significativas na saúde mental entre indivíduos heterossexuais e de minorias sexuais.
Pixam pela arte. Mas arte com activismo queer à mistura. Podes contemplar este trabalho de libertação da expressão identitária e de protesto em várias ruas de Lisboa e ficar a saber mais nesta entrevista que preserva a identidade dos entrevistados, mas não deixa nada por dizer. Uma entrevista sem piiis, só com pixas.
Ficar muito tempo dentro do armário hoje pode ser uma questão de escolha, pelo menos em alguns contextos brasileiros. Entendo que tem gente que precisa estar lá dentro pra poder viver em paz com a família e até pra manter certo conforto. É um pouco triste, mas tudo bem, é como uma amiga sempre diz: "cada um sabe o tamanho do seu armário". Sair dele é libertador. Falo por experiência própria. Mas que bom que hoje temos a opção de sair ou não dele.