Quando tomei a decisão de ser eu, na minha própria essência, eu sabia que iria carregar um peso por isso. Eu sabia que não corresponder às normas impostas por uma sociedade cisheteronormativa e patriarcal seria daqueles desafios que por vezes me iriam deixar sem dormir algumas noites. Eu sabia disso, mas também sabia que deixar de ser quem sou nunca esteve nos meus planos.
Com uma vitória clara da abstenção, com invisuais sem acesso a boletins em braille, pessoas de mobilidade reduzida, sem acessos válidos para chegar às urnas, ao passo que os/as mais jovens não votam devido à sua inércia descontente, sinto que passei mais tempo a reflectir no pós-eleições, do que propriamente no dia que antecedeu a votação.
Assinala-se mundialmente a 8 de Março, desde 1975, o Dia Internacional da Mulher, sob insígnia das Nações Unidas.
O dezanove.pt falou com Salomé Coelho, activista na UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, para perceber o enfoque feminista e lésbico deste dia: