Durante anos, certos livros foram lidos às escondidas em Portugal e escamoteados à polícia. Porque era proibido lê-los, mas também detê-los. O fim da instituição da censura só ocorre após a Revolução de 25 de Abril de 1974, com a aprovação da Constituição de 1976, que consagra no artigo 37.º a liberdade de expressão e informação e no artigo 42.º a liberdade de criação cultural.
Escolhemos os melhores e os piores do ano de 2023. Quem protagonizou as histórias e os acontecimentos marcaram os Direitos LGBTIQA+ em Portugal e no mundo? Ao longo do último ano foram publicadas centenas de artigos, posts e comentários no nosso site e nas redes sociais. A actualidade da comunidade LGBTIQA+ está aqui diariamente. Estas são as nossas escolhas da 14ª edição dos Prémios do site dezanove.pt:
O Institut für Sexualwissenschaft (Instituto da Sexualidade) acolhia lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, etc. Na realidade, empregava até pessoas LGBTQIA+ e procurava dar apoio psicológico a essas pessoas, vítimas de discriminação. Estudava o seu comportamento e procurava facilitar a transição das pessoas trans.
A organização da Marcha de Leiria emitiu um comunicado esta quarta-feira em que faz o contexto dos mais recentes acontecimentos de ódio LGBTIfóbico em Portugal.
Os livros são uma ferramenta política poderosa. Despertando novas formas de pensar, agir e sentir, o acto de leitura contém em si a possibilidade de emancipação da mente e desenvolvimento do espírito crítico e livre, a possibilidade de transformação social e criação de novas formas de interagir com o mundo. Fruto do poder que o objecto livresco mostra encerrar surgem formas de controlo e limitação ao seu acesso. Recordemos que até Gutenberg e o surgimento da imprensa moderna o acesso aos livros era de uso privilegiado do clero e da nobreza. Na verdade não seria necessário recuar até tanto. Se recuarmos até meados do séc. XX, em Portugal, percebemos como os altos níveis de iliteracia espelhavam a desigualdade social de um país que passara meio século por um governo repressivo.
Lúcia Vicente, escritora e activista, conta histórias de 12 crianças no primeiro livro infantojuvenil português escrito com base no sistema de linguagem neutra ELU.