Num conjunto de experiências a partir de 2013, julgo ter passado por quase tudo, no que diz respeito a tratamentos de fertilidade. Além de todas as análises ao sangue, ecografias, citologias e a mal-afamada histerossalpingografia (para verificar a permeabilidade das trompas), passei por duas inseminações falhadas (feitas na Clínica IVI – Sevilha).
As pessoas LGBTIQA+ sabem da sua história. Sabem que o dia 25 de Abril de 1974 foi o início de uma libertação demorada. Se é esse o ano que a associação dos psiquiatras americanos retira a homossexualidade da lista das patologias (a OMS retira em 1992), por cá, um manifesto de homossexuais é repudiado pelo general Galvão de Melo na televisão com estas palavras: “O 25 de Abril não se fez para as prostitutas e os homossexuais reinvindicarem”.
Em 2008, estive presente na marcha arco-íris de Lisboa. Era a minha primeira vez e tudo era novidade. Enquanto aguardava pelo início da caminhada, recebi um pequeno panfleto, que falava sobre inseminação artificial caseira. Eu desconhecia esta possibilidade, contudo, parecia-me um grito de revolta face à injusta lei da Procriação Medicamente Assistida (PMA), que não permitia que mulheres sem parceiro masculino recorressem a técnicas que lhes permitissem engravidar, algo que só viria a mudar em 2016.
Na passada terça-feira, dia 23 de Maio, a professora, escritora e activista, Márcia Lima Soares, teve a oportunidade de ministrar uma aula aberta no Instituto Piaget, no campus de Almada. A convite do professor doutor Luís Almeida, a palestra foi dirigida às turmas de Intervenção Educativa em Creche, relativamente à Unidade Curricular de Dinâmicas do Mundo Contemporâneo. O docente estendeu este convite por considerar que a oradora estaria mais preparada para abordar temas como: orientação sexual, igualdade de género, procriação medicamente assistida e famílias arco-íris.
«Não é crime, mas é pecado», foram as palavras do Papa Francisco, há poucas semanas – um alerta para que se descriminalize a homossexualidade embora se continue a barrar o acesso ao casamento e a outros sacramentos.
Corria o ano de 2013, a discoteca Maria Lisboa já tinha fechado portas. Quem pretendia procurar um bar mais «friendly», na noite de S. Valentim, deambulava pelo Bairro Alto, se por acaso vivesse perto da capital. Dez anos depois, o cenário repete-se.
A comunidade LGBTQIAP+ está de Parabéns! Segundo uma publicação nas redes sociais Pedro Penim e o seu marido, Mark Lowen, anunciaram o nascimento da sua filha Amália.
No início dos anos 2000, assim que começávamos a descer o Príncipe Real, conseguíamos perceber onde começava e terminava a marcha arco-íris de Lisboa. Em 2022, foi anunciado no palco que fomos entre 25 e 30 mil pessoas a marchar.
De 2016 a esta parte, passaram-se seis anos, os mesmos que trouxeram o acesso a técnicas de procriação medicamente assistidas (PMA) para todas as mulheres, sem excepção.
No dia 12 de Março de 2022, Márcia Lima Soares irá lançar o seu segundo livro, intitulado “A Ervilha Congelada”, em colaboração com a ilustradora Joana Sesta.
Discurso por Márcia Lima Soares, a 1 de Junho de 2021, em Lisboa
Em primeiro lugar, tal como cada um de vós, que poderia estar em casa a ver uma série, a estudar ou a lavar a loiça, estou aqui, hoje, sentindo uma enorme satisfação por poder fazer parte deste momento de união, de luta, de empatia e que serve de aquecimento para a Marcha LGBTQI+, que terá lugar no próximo dia 19 de Junho.
No ano em que o Clube Safo - organização de defesa dos direitos das mulheres lésbicas - faz 25 anos de existência, entrevistámos Alexandra Santos, membro da direcção.
Leonor nasceu esta segunda-feira, cheia de saúde e amor para dar e receber, para grande alegria de amigos e familiares, em especial das mães, Isabel e Daniela.
Daniela e Isabel são o terceiro casal em Portugal a engravidar através da maternidade partilhada, mas são o primeiro casal a falar publicamente de todo o processo. Daniela teve a amabilidade de responder a algumas perguntas que o dezanove.pt lhe colocou para poder partilhar com quem nos acompanha.
A sala do centro IVI ficou bem composta, com mais de vinte mulheres que pretendiam ouvir e debater sobre o tema Procriação Medicamente Assistida (PMA). O encontro decorreu esta terça-feira, 7 de Fevereiro, pelas 19h.
A edição 2017 dos Prémios Arco-Íris, organizados pela associação ILGA Portugal, distingue a Assembleia da República pelo fim da discriminação no acesso à PMA, o apresentador Rui Maria Pêgo, o programa televisivo e o videoclipe “E se fosse consigo?”, a TAP e a empresa de cosmética Lush, a jornalista Catarina Marques Rodrigues (ex-Observador) e o filme “Jogo de Damas” de Patrícia Sequeira. A cerimónia pública está agendada para dia 14 de Janeiro.
O governo ainda não regulamentou a nova lei da procriação medicamente assistida (PMA). Em termos práticos significa que ainda não está em vigor o acesso de qualquer mulher, independentemente do estado civil ou orientação sexual, às técnicas de procriação medicamente assistida. O Bloco de Esquerda fez saber que já questionou o governo sobre a data em que será publicada a regulamentação.