O Ergue-te é o sucessor do Partido Nacional Renovador, tendo mudado para a actual designação em 2020. É o partido mais à direita do espectro político em Portugal, perfilando uma linha programática ultranacionalista, assente no revivalismo do fascismo, no isolacionismo económico e cultural e, naturalmente, em posições xenófobas, racistas, LGBTIfóbicas e misóginas. O caminho desenvolvido pela União Europeia nas últimas décadas é visto pelo Ergue-te como um retrocesso para o país. O partido vaticina o colapso do projecto europeu e defende que Portugal deve ocupar o seu lugar num continente de «nações independentes e soberanas».
Deixamos o alerta às comissões de organização das próximas marchas do Orgulho: membros da associação de extrema-direita “Habeas Corpus” têm usado as redes sociais para deixar mensagens intimidatórias e ameaças de confrontação nos eventos a ter lugar em Junho. Apesar de a promoção do medo ser uma das artimanhas a que estes grupos mais recorrem, acreditamos que não se deve incorrer em riscos desnecessários.
Cerca de 150 activistas pela defesa dos direitos das pessoas LGBT marcharam este Sábado pelas ruas do centro histórico de Braga. A iniciativa esteve a cargo do colectivo Braga Fora do Armário (BFA), que levou a cabo a terceira edição da Marcha pelos Direitos LGBT.
A primeira Marcha pelos Direitos LGBT da cidade de Braga realiza-se este Sábado a partir das 16 horas. A imprensa internacional, como o Fofoki Brasil ou o Gay Star News do Reino Unido, está a dar destaque ao evento que ocorre pela primeira vez na Cidade dos Arcebispos.
Três pessoas foram vítimas de um ataque homofóbico na noite de 9 para 10 de Junho na rua da Imprensa Nacional, em Lisboa. A agressão começou no café B&S. A., que por questões de segurança prefere não ser identificado, contou ao dezanove que se encontrava às 2h30 no B&S à espera do namorado e de uns amigos para ir para a discoteca Trumps, que se localiza na mesma rua. Foi então que dois homens entraram no bar, “que estava quase vazio, com o intuito de me agredirem”. Após vários insultos, “pedi o livro de reclamações por estar a ser incomodado dentro do café. Assim que cheguei ao balcão e o fiz, pegaram em mim e bateram-me com a cabeça no vidro de um carro”. Outras duas pessoas foram ainda vítimas destas agressões. A., que apresentou queixa à polícia, não hesita em descrever este ataque como sendo homofóbico.
Recorde-se que o Dia de Portugal é a data escolhida pela extrema-direita para sair à rua. “Segundo o que ouvi na esquadra, bem como notícias que recebi no Facebook, houve várias agressões durante o dia na zona do Martim Moniz, junto das comunidades imigrantes, e de noite na zona do Bairro Alto e Príncipe Real”, referiu. O Partido Nacional Renovador (PNR), por exemplo, manifestou-se a 10 de Junho em Lisboa, entre Largo do Rato e a Praça de Camões, onde envergou faixas onde se podia ler “Pela família e contra o lóbi gay”.