“A VIDA ESTÁ CHEIA DE DUALIDADES: noite e dia, preto e branco, yin e yang, Bem e Mal, nascimento e morte, amor e medo. Não se pode ter um sem o outro. São precisos dois elementos para haver a atracção magnética que cria energia. É esta a ordem natural: tudo, em contraste, está em equilíbrio perfeito. Sempre me senti masculino e feminino ao mesmo tempo. Mesmo sendo contraintuitivo, sentia-me mais masculino como drag do que fora desse papel, pois sabia que era capaz de invocar mais poder assim - com o poder a ser uma moeda normalmente exclusiva dos homens. Sendo um negro feminino, uma violação das normas da sociedade pelo simples facto de existir, o drag era uma forma de reclamar o poder que sempre me fora negado.”
Depois de na semana passada RuPaul ter recebido o seu primeiro Emmy, para melhor apresentador num programa de competição ou de reality tv, esta madrugada foi a vez de “A Guerra dos Tronos”, “Transparent” ou “Orphan Black” vencerem prémios. O dezanove.pt dá-te conta dos nomeados e vencedores LGBTI da 68.ª edição dos Emmy, apresentados por Jimmy Kimmel.
RuPaul Andre Charles, famoso drag queen, venceu o Emmy para a categoria de melhor apresentação para programa de competição ou de reality tv. Este é o primeiro Emmy na carreira de Rupaul e reconhece o trabalho realizado em RuPaul's Drag Race, programa que conta já com oito temporadas e vários spin-offs.
Tinha 17 anos quando ouvi pela primeira vez o termo “homofobia internalizada”. Nessa altura fiquei surpreendido porque não me fazia sentido um gay ser homofóbico, no entanto fiquei ainda mais surpreendido por ver isso presente em mim e sentir que não estava isento de preconceitos.