Vivemos na era digital e a maneira como nos relacionamos e nos ligamos com os outros foi transformada pelas Aplicações existentes e plataformas de média social.
Para a comunidade LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros, Intersexuais e outros), estas ferramentas desempenham um papel significativo na procura de amizades, apoio e até mesmo de relacionamentos.
Em jeito de sequela a uma das crónicas anteriores, e também porque este tópico têm surgido em conversa com várias pessoas, esta semana queria debruçar-me um bocadinho sobre o tema da erosão emocional acerca do qual comecei a falar anteriormente e também sobre os motivos pelos quais eu acho que é um conceito muito diferente de “cansaço emocional”.
Esta crónica começou a ser escrita ao som da música mais lamechas que consegui lembrar-me: a banda sonora do Titanic. Não por nenhum motivo específico mas apenas para descobrir se a sobreposição de pífaros, vozes sintetizadas e violinos a tocar o refrão do My Heart Will Go On ad-nauseam ajudaria com o writer’s block do qual já venho padecendo há algum tempo.
A propósito do livro “The New Sexual Landscape and Contemporary Psychoanalysis” de Danielle Knafo and Rocco Lo Bosco (2020), que nos fala, para além de muitos outros temas, de novas perspetivas e mudanças no âmbito da sexualidade e da nossa relação com o sexo, gostaria de vos trazer algumas ideias para reflexão.
Muito antes do Manhunt, do Grindr, do Scruff, ou do Tinder redefinirem as possibilidades de articulação entre homens gays, já os dark rooms – e outros espaços de cruising (saunas, bares, drag balls, discotecas) – existiam como espaços de construção de cultura, de fomento político-ideológico, e de resignificação das identidades LGBTQI+.
Na sociedade digital moderna em que já vive grande parte da população mundial existem várias aplicações que aproximam os seus utilizadores e estabelecem redes sociais entre eles. Naturalmente isso também está presente na vida afectiva e sexual de muita gente que se conhece e se encontra através desses meios (obviamente também aqui no Facebook).
Até domingo, 2 de Julho, decorre o World Pride Madrid. São esperadas dois a três milhões de pessoas e os responsáveis garantem que o evento vai deixar 300 milhões de euros nos negócios locais. O evento coincide com o 40º aniversário da primeira manifestação LGBT em Espanha – foi em Barcelona em 1977. Aqui fica um guia para o evento.
Termina amanhã a conferência de tecnologia que trouxe ao Parque das Nações, em Lisboa, 70 mil pessoas. É provavelmente o mais perto de uns Jogos Olímpicos que Portugal vai ter nos próximos 100 anos. E, tal como na Aldeia Olímpica, há quem aproveite os interstícios entre reuniões e conferências para outro tipo de actividades disruptivas. Uma oportunidade de ouro para arranjar alguém interessante para partilhar uma vida em comum (i.e., marido rico), o amor de toda uma vida ou o amor de umas duas/três horas ou assim.
Está tudo a preparar-se em Lisboa para a enchente de 50 mil pessoas que, entre os dias 7 e 10 de Novembro, estarão em Lisboa para participar na primeira edição em Portugal da Web Summit. O Metro de Lisboa terá oferta redobrada, os hotéis estão praticamente esgotados, os restaurantes e bares aguardam ansiosamente pelos clientes.
O telemóvel da imagem acima poderia ser o telemóvel dos leitores do dezanove que votaram no inquérito em que se perguntava: “Qual a tua aplicação móvel preferida para conhecer pessoas?”. Na era dos smartphones e dos tablets as aplicações ou apps são rainhas, donas e senhoras e dentro deste universo as app para conhecer pessoas são muitas, variadas e para todos os gostos.
Bem-sucedido, casa de luxo com vista para Los Angeles, bonito e solteiro. É o perfil que o New York Times traça de Joel Simkhai, criador e CEO do Grindr que, seis anos depois do seu lançamento, continua a abrir a app "10 vezes por dia".
O número de downloads do Grindr, aplicação de encontros dirigida ao público gay, cresceu 31 por cento no Brasil nas últimas duas semanas. Segundo avança o Business Inside, este desempenho deve-se à realização do Mundial de Futebol do Brasil, já que se calcula que 3,7 milhões de pessoas vão passar pelas 12 cidades-sede da Copa.
Quando se pensava conhecer todas as redes sociais destinadas aos contactos (sexuais ou não) entre homossexuais, eis que surge uma que aproveita a plataforma do Facebook e para procurar atracções num simples binário masculino ou feminino ou até os dois géneros ao mesmo tempo. Tinder não discrimina em função da orientação social, não é como o Grindr, é para todos.