Ao contrário do que aconteceu no programa da RTP1 Prós & Contras, que tinha ido para o ar no dia anterior, o painel foi composto por quatro mulheres: Filipa Santos, psicóloga clínica, Sofia Nunes, directora do laboratório da FIV (fertilização in vitro), Catarina Godinho, ginecologista especialista em medicina reprodutiva, e Sandra Cunha, deputada do Bloco de Esquerda.

A biblioteca da IVI encheu-se com mulheres que traziam histórias muito diferentes e que ouviram atentamente as mais diversas intervenções. Foram focados aspectos legais, como o registo da parentalidade; o contexto social, tendo em conta a família tradicional e a família moderna; a infertilidade e outras questões relacionadas com detalhes científicos no âmbito da biologia.

O evento foi organizado pelo grupo PMA para Todas e por Maria Vassalo Safont, responsável pelo marketing e comunicação da clínica IVI. A ideia passava por divulgar uma sessão de esclarecimento informal, na qual qualquer mulher pudesse estar presente para conhecer as diversas técnicas relacionadas com a inseminação artificial e a fertilização in vitro, bem como a lei que foi aprovada no último ano.

Apesar de a sessão de esclarecimento ter tido lugar numa clínica privada, não houve espaço para a sua auto-promoção, o que contribuiu para um ambiente seguro e descontraído. Por último, não foram discutidas questões ideológicas que pretendem pôr em causa a regulamentação da lei da PMA. Esta lei existe e, finalmente, foi aprovada, por isso as participantes saíram do encontro conscientes de que estavam a ser pioneiras em Portugal.

Texto: Márcia Santana

Foto: Joana Cadete Pires. Na foto: Sofia Nunes, Filipa Santos, Sandra Cunha e Catarina Godinho