“— Só estou… Não sei bem como é que se faz isto. Fazer a nossa própria Marcha, quero dizer. Encolhi os ombros e tentei não parecer embaraçada, mas o Norman fez-me sinal para que me deixasse disso, o que me fez sorrir. — Que disparate! Não precisam de muito. Tudo o que precisam é de querer fazê-la. Querem? – Todos anuímos, e o Norman levantou as sobrancelhas com um único aceno de cabeça, como se o caso estivesse encerrado. — Bem, aí está! É assim que se começa! Estas Marchas do Orgulho que se vêem por todo o mundo, sim, a maior parte delas são enormes e caras, mas no início o objectivo nunca foi esse. A Marcha do Orgulho era sobre defender aquilo em que se acredita. Tratava-se de defender os direitos de toda a gente, independentemente de quem são e de quem amam. Era sobre protestar e dizer às pessoas: «Estamos Fartos da forma como tratam a nossa comunidade e não o vamos tolerar mais!»”
– Benjamin Dean, Um Plano Secreto Brilhante (Booksmile, 2024)
Depois de “Eu, o Meu Pai e o Fim do Arco-Íris” (), Benjamin Dean apresenta mais uma história alegre e de afirmação de vida em que, Bea, uma jovem adolescente com apenas 13 anos, depois de obrigada a abandonar a sua casa e bairro na cidade de Londres para viver com a sua mãe e irmã na casa da avó, numa terriola longínqua de tudo o que conhecia, decide encontrar um plano secreto brilhante para animar a sua irmã mais velha pelo sentimento de perda que invadira esta assim como a sua família.
“-Esta família passou por muita coisa no último ano — continuou a avó. – Todas perdemos alguém que amávamos e que ainda amamos. Mas, juntas, em família, vamos ajudar-nos e apoiar-nos umas às outras, está bem? Não precisamos de passar por esta dor – por nenhum dos nossos sentimentos — sozinhas, quando nos temos umas às outras.”
– Benjamin Dean, Um Plano Secreto Brilhante (Booksmile, 2024)
É com a ajuda dos novos amigos que Bea, a nossa protagonista, cria o Plano Secreto Brilhante, para trazer o Orgulho à vila da avó e um sorriso de volta ao rosto da irmã. No entanto, existe um pequeno problema chamado Rita: a presidente da câmara da vila. Uma velha retrógrada e rabugenta que tem como missão estragar tudo. Mas será que consegue?
Uma obra que fala entre coisas da importância da família, das marchas do orgulho, do sentido de comunidade, solidariedade e cumplicidade entre pessoas e diferentes gerações. Uma obra comovente, repleta de aventuras, de coragem e muito amor em todas as suas formas.
ISBN: 9789897872624
Editor: Booksmile
Páginas: 320
Daniel Santos Morais é mestre em Sociologia pela Universidade de Coimbra. Feminista, LGBTQIA+, activista pelos Direitos Humanos. Partilha a sua vida entre Coimbra e Viseu. É administrador do site Leituras Queer.