a fazer

Um workshop para aprender a engatar

“Verão Quente no Parque.” É este o nome do workshop promovido pelas Panteras Rosa, que irá decorrer hoje, a partir das 21h, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, inserido nas iniciativas da Primavera Global. Trata-se de um workshop em que vai decorrer na zona de engates do Parque Eduardo VII, onde serão partilhados testemunhos e encenações de engates. Além disso, pretende ainda funcionar como um meio de denúncia de casos pontuais de violência homofóbica.

 

Mas o que levou o colectivo Panteras Rosa a criar um workshop para explicar como funciona o engate entre homossexuais em locais públicos? “Os engates entre estranhos são parte da história das cidades e dos queer. Os parques, por terem zonas de circulação e zonas arborizadas, sempre foram locais de eleição para todos aqueles que, sem pagar entrada ou consumo, sem necessitar de saber falar bem ou sequer português, sem terem de estar em forma ou na moda, procuram uma aventura sexual erótica, urbana e descontraída com estranhos”, referem os promotores da iniciativa. “Fazer cidades democráticas também é preservar os espaços de engate e de sexo em locais públicos mas discretos”, defendem os promotores desta iniciativa.

No último Sábado, decorreu a em cerca de 250 cidades do mundo a marcha Primavera Global. Em Lisboa, o desfile percorreu a avenida da Liberdade até terminar no Parque Eduardo VII. Durante quatro dias, vários colectivos e activistas estarão instalados no Parque, onde vão decorrer mais de 50 iniciativas. Desemprego, transportes, dívida pública, água e Serviço Nacional de Saúde são alguns dos temas que serão alvo de debates ou workshops.

 

26 Comentários

  • Pedro

    E pronto, lá vêm os tristes dos Rosas Panteras com o seu lobby… Continuem assim que hão de ir muito longe… Mais preconceito!!! Obrigadinha.

  • João

    O sonho de qualquer adolescente gay: ir para o Parque Eduardo VII engatar homens “hetero” casados no armário e toxicodependentes na prostituição. Obrigado Panteras Rosa pelo vosso contributo inestimável para sermos promíscuos profissionais!

  • Anónimo

    Antes primíscuo assistindo a um workshop destes, do que uma bixa com a mania que homens casados e toxicodependentes são melhores que eu..

    são comentadores como estes, que além de arrogantes e snobs são burros, que dão má fama ao que quer que seja.

    vídeo da acção, onde se vêem certamente dezenas de adolescentes a imitar os comentadores de cima, no trumps e no manhunt (com foto, e sem piscadela)

    http://www.jn.pt/multimedia/video.aspx?content_id=2518895

  • joão do parque

    se não é com um workshop em que se fala do que se quer sem tabus, da violência á segurança, da sexualidade à liberdade da exprimir, também não será certamente com comentários homofóbicos, ainda que vindo de gays, como os que se referem a pessoas gays ou bis só pelo facto de serem casadas, ou por serem toxicodependentes.
    Definitivamente ser gay não faz de ninguém um exemplo na tolerância para com os outros e estes comentários acima são o reflexo dessa homofobia dentro de muitos gays, que na sua suposta normalidade querem excluir os diferentes.

  • Inês Ribeiro

    De lamentar os comentários vistos aqui. Presumo que não tenham ido ao workshop, pois claramente não perceberam a mensagem que estava a ser passada. Enfim .. Quem cria lobbies são as Panteras, óbvio. -.-

  • Anónimo

    os lobbys dos certinhos, defendem lgbt desde que não sejam casados (com mulheres), porque uns com os outros até fazem arraiais da sardinha.

    os dois primeiros comentários são o reflexo da cultura dos gays com a mania que são normais, e que excluem tudo o que lhes seja a estranho..

    os dois primeiros comentários são dos maiores autores dos piores dos bullings, em que para safarem a pele, acusam os gays mais fracos: ou que estão no armário, ou que se prostituem, ou que são trans, ou que vão ao parque.

    tomara um dia vocês conseguirem fazer uma acção como fizeram as Panteras Rosa – pelo menos nunca vi excluirem ninguém por ser pobre, rico, mal vestido, ou branco ou negro, prostituto ou o que seja..

    já os vossos comentários representam a maior das arrogancias, violências e ódio aos homossexuais que são diferentes…. uma vergonha

  • Nuno

    Depois estranhem que de uma maneira geral se ache que os gays são um bando de promíscuos imaturos! Infelizmente há gente (gays e heteros) que continuam a confundir liberdade sexual com promiscuidade!
    Por aqui aprovou-se o direito ao casamento a pessoas do mesmo sexo e com esse direito vêm responsabilidades, que não passam por engates anónimos em parques públicos!

  • pedro

    Gostei da ideia, acho que já é tempo de tentar combater certo preconceitos contra os tradicionais locais de engate. Maus ou bons são muitas vezes a única opção para muitas pessoas. Pessoalmente, não sou frequentador mas talvez devesse ser porque engatar na internet ou em bares gays não vejo assim tanta diferença. Os gays que costumam falar mal de quem frequenta esses locais são os mesmos que engatam na internet e depois a gente marca com eles e o que acontece ?

    “Não quero uma relação”
    (A menos que seja com um estereotipo, certo ?)
    “Sou praticamente virgem”
    (E com perfil no Gayromeo há mais de 1 ano com fotos privadas de nu ?)
    “Quero alguém totalmente fora do meio”
    (Claro, que isso só vale para os outros)
    “Não tem ninguém interessante”
    (Porque eles são os últimos guardiões da inteligência)
    “O Parque Eduardo II é só chungas, homens casados e toxicodependentes”
    (Isso é algum tipo de fantasia ou o ultimo jornal que leu foi o TAl&Qual há 15 anos atrás ?)

  • João do parque

    há não? Explique lá porquê?

    sempre pensei que o casamento era uma opção de escolha, pelos vistos passou a ser obrigatório.

    a liberdade sexual é a liberdade de fazermos o que quisermos sem sermos criticados por isso..
    no parque, na sauna, no bar de swing, no trumps ou na praia 19, viva a liberdade de se ser gay, bissexual, monogâmico, poli ou promíscuuo.. ninguém tem nada a ver com isso

  • Nando

    Fascismo social:
    “Por aqui aprovou-se o direito ao casamento a pessoas do mesmo sexo e com esse direito vêm responsabilidades, que não passam por engates anónimos em parques públicos!”

  • Nuno

    Eu chamo-lhe consciencia social, e idealizar aquela que é para todos os efeitos a minha comunidade… enfim “you say patato, I say patahto”!

  • Nuno

    O casamento não é obrigatório, mas um direito e os direitos, se conscientes, vêm com responsabilidades! Afinal a comunidade gay tem de se decidir de uma vez por todas se se quer integrar (casar, ter filhos, adotar, ser vizinho, eleitor, consumidor, e ao fim e ao cabo ter direito à indiferença) ou se se quer remeter aos guetos, ao secretismo e ao armário (no fundo manter no anonimato a que o heterossexismo nos obrigou). Bem sei que a visão é muito ou preto ou branco, mas os cinzentos são típicos de sociedades em decadência e sem valores e sendo eu gay, tenho direito a idealizar o melhor para mim e para o que me rodeia! E sendo eu livre tenho direito a expressar o que idealizo! E isto é apenas o meu ideal!
    A liberdade sexual é a liberdade de viveres o teu desejo sexual, esse desejo implica uma vontade declarada e livre arbítrio, ao passo que a promiscuidade advém essencialmente do impulso sexual implicando uma necessidade de satisfação rápida, instantânea e hedonista. A liberdade sexual resulta da vontade sexual levada a cabo em 4 fases: concepção, deliberação, decisão e execução. A promiscuidade assume apenas as 2 últimas fases (decisão e execução), resulta na sua maioria, de um comportamento parafílico (já que resulta da diversidade de parceiros e não do acto sexual em si) e de imaturidade/instabilidade emocional e afetiva (já que o acto sexual continua a ser a melhor forma de certo tipo de ligações afetivas). A promiscuidade muitas vezes também é considerada patológica já que do impulso sexual exacerbado e viciante resulta o sofrimento emocional do próprio e/ou dos seus parceiros. E isto é apenas psicologia, não é meu!

  • Cristiano

    Concordo totalmente, tambem eu penso assim e sou livre para pensar assim e expressar o que sinto e penso, assim como permito que os que não pensam como eu se expressem e digam o que sentem, simples.

  • João do parque

    “Afinal a comunidade gay tem de se decidir de uma vez por todas se se quer integrar (casar, ter filhos, adotar, ser vizinho, eleitor, consumidor, e ao fim e ao cabo ter direito à indiferença) ou se se quer remeter aos guetos, ao secretismo e ao armário (no fundo manter no anonimato a que o heterossexismo nos obrigou).”

    A comunidade gay é muita gente, e recuso-me a ser comparado com quem quer que seja… se o heterossexismo é mau, então porque o havemos de copiar e tornar o casamento como “imposição social de respeito pora gay”.. não preciso de casar para merecer respeito, não preciso ser fiel, e nem preciso de um armário chamado casamento para fingir que sou feliz..
    A liberdade é viver, como se quer e não em guetos identitários.. Se quero ir ao parque vou, se quero ir à fnac do chiado vou, se quero ir ao lux vou…Se quero casar com uma mulher e ir ao parque vou.. se quero casar com um gajo e engatno manhunt engato..
    e o moralismo é uma merda iventada pela heterossexualidade que uma cambada de gays frustados querem copiar custo… mas o pior impor a outros…

    “sociedades em decadência e sem valores e sendo eu gay, tenho direito a idealizar o melhor para mim e para o que me rodeia! “

    nem vou perguntar o que considera decadência, para mim é ter uma sociedade que esteriotipa as pessoas pela cópia do modelo heterossexual, – o normalóide. mas que tal deixar quem o rodeia escolher o que é melhor para si mesmo/a.. não decida.

    e psicólogos somos aos montes .. olhe sou mais um.. só que não leio imbecilidades.. e nem preciso delas para me justificar

  • Nando

    Qual comunidade? Só se for o teu bairro.
    Na minha somos mais estrelados que o universo..

  • Júlia

    Somos livres de pensar, e de exprimir o nosso pensamento.
    Acontece que para sermos honestos temos de nos cingir ao que se refere o post. Um workshop aberto a todas as pessoas (homens, mulheres, trans, gays, etc etc etc)

    Os engates gays nos parques existem, a prostituição existe, relações extraconjugais existem. E vão existir sempre. Portanto enquanto gays ou lésbicas ou trans, …, ou entramos no jogo da hipocrisia, ou saímos do armário exigindo a liberdade com tudo o que ela é, sem discriminação de quem vive de forma diferente da que julgamos correcta para nós.

    Ao longo da história já passamos por queimas na fogueira, internamentos psiquiátricos, prisões, por sermos diferentes, vamos agora querer punir outros diferentes, pelo casamento, como se tem feito com as mulheres? (solteiras, divorciadas, ou com sexualidade “duvidosa”, somos todas conotadas como inferiores).

    Devemos tornar visível sim o parque, o quarto escuro, o swing heterossexual, e tudo o que entendermos, e dizer que estamos juntos, porque a liberdades é isso. a liberdade de viver as sexualidades e os afectos da forma que queremos, ou escolhemos.

    E quando não é uma escolha, vamos denunciar a sociedade que nos reprime, por isso, e não colocar a responsabilidade em quem não escolheu, ou não teve capacidade de escolher diferente.

    Vamos agora começar a criar gays/lésbicas de primeira e gays de segunda, consoante o estilo de vida (assumido – porque escondido já se sabe que ninguém é santo), para nos podermos integrar pelo Casamento – repito , pelo Casamento?

    Vamos criar uma moral do que fazem as pessoas na sua vida privada, adulta, e de forma consentida? Vamos fazer integração compulsiva – como faz o serviço militar, que cria Homens?
    Vamos avaliar as pessoas, pelo modo como se vestem? Pelo número de parceiros/as sexuais que têm?
    Pela rua onde moram? Pelo que estudaram?

    – eu não quero isso. fica aqui a minha opinião

    O Casamento deu-nos a liberdade de escolha, e de direitos que nos eram negados, em comparação com os casais heterossexuais, e é um avanço na luta contra a homofobia, pela liberdade de expressão da nossa orientação sexual.

    Mas o Casamento não nos deu, nem nunca nos dará – assim espero, CREDENCIAIS para decidir o que é certo ou o que é errado, ou sermos donos/as da moral e dos costumes.

    E muito menos o casamento é a voz da igualdade – que torna os que a ele aspiram, representantes dos gays/lésbicas, ou o de quem quer que seja.

    Tal como um/a heterossexual casado, não é dono da moral, sobre quem não casou. tal como o homem não é dono da mulher. Nem uma mulher casada da mulher.

    Não conhecia as Panteras Rosa, mas obrigado.

    Obrigado por não se conformarem, e darem visibilidade aos que por vontade / ou por circunstancias, estão obrigados a permanecer calados, por repressão de uma heterossexualidade e de um machismo compulsivo, que alguns gays pretendem reforçar, aspirando ao estatudo de heterosseuxal normativo e toda a carga sexista, machista e racista que isso carrega.

    desculpem se me alonguei, mas é apenas um pensamento … gostava de estar em Lisboa para convosco contribuir para uma sociedade mais bonita e inclusiva de todos.

    Júlia

  • André

    Olá , sou do Porto, já tentei procurar as Panteras Rosa, por aqui, mas sem resultado. 🙁

    Para quando um workshop destes por aqui.

    Acho a ideia muito bonita.. Finalmente uma associação que percebe que a pedagogia, passa também pela rua.

  • Ana

    Muito bom, Panteras parabéns

    Achei este workshop muito interessante, e com uma vertente bastante pedagógica. É tempo de quebrar tabús e preconceitos, que infelizmente parte da própria comunidade Gay e Lésbica parece querer reforçar, remendo-nos para os guetos das elites.

    Como Mulher e Lésbica e Médica, embora sempre afastada do activismo LGBT, acho fundamental que se faça o processo inverso, não só o de sermos assimilados pela cultura dominante e que nos oprime – para onde contribuem infelizmente muitas associações – e sejamos nós a exigir a liberdade dentro do que consideramos ser o nosso espaço cultural, que pode certamente ser partilhado com outr@s.

    e a inclusão deste workshop na primavera global, representou, sem dúvida essa proposta – a proposta não da integração e da assimilação, mas do respeito, e da convivência na diversidade – ao lado de todos os activistas de tantas lutas diferentes que lá estavam.

  • cristiana

    Os armários e os secretismos não são divulgados no jn, no dezanove, nem inscritos na primavera global, que ocorreu em 250 cidades em todo o mundo, nem divulgados nos média, e muito menos aparecem lá mais de 50 pessoas, homens/mulheres/trans, para falarem em liberdade sobre eles….

    os armários normalmente ficam nas sedes, a dar lições de moral num separador, e a engatar no manhunt no outro – antes que o namorado ou marido (que dá um ar mais normal) chegue

  • Anónimo

    “Obrigadinha”

    Obrigadinho. Obrigadinha dizem as meninas, e essas vão ao parque.

  • Anónimo

    filhos já temos,, já casou quem quis, e quem mais quiser pode casar…

    e divorciar também, ou será que és como o José António Sariava, que ficou escandalizado quando o Deputado do PSD se divorciou – já não bastava quererem casar, ainda querem também o direito ao divórcio.

    agora essa do “ser vizinho, eleitor, etc”, cheira-me a ameaça? será a troika, ou alguma associação gay do governo está a pensar fazer uma purga aos gays desalinhados? – o Salazar mandava-os para o Tarrafal

  • Cristiano

    Julia, é uma posição e eu respeito, assim como exijo que respeitem a minha, não sou promiscuo, nem nunca o serei, cada um faça o que quer da sua vida, agora não su obrigado a dizer que concordo com esse estilo de vida, pois não concordo, mas não faço disso um activismo, e cada qual que lute pelo que acha correcto, eu luto contra a promiscuidade mas volto a repetir não faço disso activismo, cada um que faça o que quiser da sua vida, mas retirar-me a liberdade de expressar o que penso, jamais.

  • Riccardo Santos

    no way!!! é por isso que somos olhados de lado em pleno seculo XXI, é por isso que somos discriminados. Iniciativa completamente ridícula. Preocupem-se em ser mais discretos para que sejamos o orgulho da sociedade e não o gozo! Façam iniciativas publicas que façam com que a minoria Gay fique mais unida, se conheça melhor…

  • WHAT?

    sinceramente querem uma dica de engate sejam vocês próprios, pronto dei um work shop em uma palavra… deixem-se de coisas deste género sff, completamente inútil :S este work shop enfim esta organização ou associação quer aparecer de alguma forma visto que ate agora só vi inutilidade na existência da própria … por isso a má fama corrente e por causa deste tipo de “iniciativas” mas pronto felicidades no work shop