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“Uma lésbica não poderia hoje recusar-se a participar na votação da co-adopção”

Uma das reacções mais duras ao chumbo da co-adopção no Parlamento veio de um militante do PSD. Carlos Reis, que foi vice-presidente e director do gabinete de estudos do PSD e presidente da distrital de Lisboa do partido, apontou críticas à “hipocrisia” do CDS e à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.

“O CDS mete-me nojo e causa-me escândalo moral. A hipocrisia de um Partido Político que é liderado por um homossexual mas que vota a favor da continuidade da discriminação de famílias e da orfandade forçada de crianças ultrapassa a minha capacidade de verbalização”, escreveu Carlos Reis no seu perfil de Facebook. O mesmo responsável também criticou a segunda figura do Estado Português. “Também me causa repulsa o papel ignóbil da Presidente Assunção Esteves: uma lésbica não poderia hoje recusar-se a participar naquela votação”, refere a propósito da parlamentar eleita pelas listas do PSD e agora presidente da Assembleia da República. A presidente do Parlamento pode votar, apesar raramente exercer esse direito. Assunção Esteves e o líder do CDS Paulo Portas nunca disseram em público qual a sua orientação sexual.

Carlos Reis apontou ainda o dedo às duas deputadas do PSD que alteraram o seu sentido de voto entre a votação na generalidade e nesta sexta-feira. “Mostraram serem mulheres sem coluna vertebral e sem consciência”, considera.

A co-adopção foi chumbada com 112 votos contra de deputados do PSD e do CDS.

O jurista foi o autor do artigo “Carta aberta ao presidente da JSD e seus compagnons de route”, publicado no Público, onde condenava a posição da juventude do PSD sobre a proposta da realização do referendo à adopção e à co-adopção e que teve grande repercussão dentro do partido.

49 Comentários

  • revolta

    Está mais que na hora de se abrirem à força a porta destes armários, chega de hipocrisia. A comunidade LGBT em peso à espera desta votação e alguns daqueles que ocupam as cadeiras, sendo LGBT, votam contra ou nem votam?! CHEGA. Tacanho país. Naquelas 230 cadeiras não há nenhum politico LGBT assumido?! Ninguém que se assuma como um exemplo para a juventude LGBT?! O preconceito é assim tanto?! É só receber ao fim do mês o suor dos nossos impostos e do nosso trabalho? E não é: “a vida privada a cada um diz respeito”. Os nossos políticos deviam ser um exemplo e deveriam contribuir para acabar com o preconceito. Ao não se assumirem, a homofobia e a hipocrisia continuam e desta forma a perpetuar a ideia de que: “para se subir na vida não se pode falar da nossa verdadeira orientação sexual”.
    Não me sinto representado naquela sala em que há chamadas intimidatórias para deputados do PSD que votaram a favor da co-adoção para mudarem o seu voto na votação final. Teresa Leal Coelho foi a única deputada do PSD que realmente deu a cara publicamente por esta iniciativa. Parabéns a ela e a todos os deputados do PSD que contra as pressões dos católicos pouco católicos votaram a favor agora.
    Se temos um vice PM e uma presidente da AR que são tão cobardes e envergonhados da sua orientação sexual que não a podem dizer em público ou dizerem uma palavra a favor da comunidade LGBT… Estamos mesmo mal.
    E o Passos Coelho? Meios de comunicação social: perguntem-lhe também! Ele não é quem nos governa? Não é ele que dizia que era a favor da adoção há uns anos?!?!? Para onde foi esse altruísmo?

  • Filipe

    Este comentário deste deputado foi um grande pontapé nos «brandos costumes» e na cultura «tuguinha» das aparências. Gostei. De vez em quando, este tipo de declarações fazem muita falta.

  • Maria Ferreira

    Este post e estes comentários espelham bem onde está a questão, colocada nestes termos – nos lobbies LGBT e não no superior interesse da criança.

    Por que é que um gay ou uma lésbica hão-de concordar com a co-adopção? Não está em causa a sua capacidade para amar nem está em causa a sua pessoa. Continua a haver pessoas que se assumem como diferentes e que querem ser tratadas de forma diferente exactamente por isso e assumem-no não como discriminação mas como afirmação da sua diferença. Por outro lado, dizem que sabem que enquanto casal homossexual não lhes é permitido, pelas leis da Biologia, ter filhos e aceitam-no com tranquilidade. O centro da questão é este – qual o superior interesse da criança? É essa a questão que deve orientar a decisão do tribunal de menores, questão que não se coloca a nível de o casal ser hetero ou homossexual. Mas a criança tem direito a ter um Pai e uma Mãe e não é o mesmo do que ter dois pais ou duas mães, faz parte do equilíbrio saudável da criança. A lei natural de procriação não é apenas uma lei biológica e faz parte da natureza humana.

  • Ana Queiroz

    Politicas à parte….O que está qui e causa é o interesse da criança e não o resto. Que têm o direito a ter um pai e uma Mãe? Claro! Mas se não tiverem e se houver outras pessoas independente do sexo que lhe queiram dar amor, educação, orientação, carinho, etc….o que importa? Quantos pais biológicos ou não maltratam os filhos, abusam deles, ignoram-os?????
    Se houver alguém, independente da orientação sexual que esteja disposto a dar amor, carinho, educação, orientação….não é melhor? Deixem as crianças que foram, abandonados, maltratados, abusados, ignorados, decidirem. Não será melhor terem o amor e carinho de alguém do que não ter nenhum?….

  • Joana Costa

    Segundo esse ponto de vista as crianças que estão a ser criadas só pela mãe e a avó, ou pelo pai e tio tem de ser retirada dessas famílias porque é preferível estarem num orfanato do que terem pessoas do mesmo sexo a cria-las. Vamos então impedir as mães solteiras de criarem os filhos porque não tem uma figura paternal a educar as crianças. As crianças ficarão muito mais equilibradas e completas num orfanato.

  • Victor Ruas

    Somos governados (incluindo partidos da oposição, magistrados e banqueiros) por uma cambada de hipócritas, falsos moralistas, incompetentes, irresponsáveis, gananciosos… não lhes chamo mais nomes porque teria de ser mal educado. Por isso a abstenção é o meu partido.

  • Rui Raposo Silva

    Quer-me parecer que a senhora nem sabe do que se trata a co-adopção. Penso que devia informar-se primeiro antes de dar este tipo de opinião.
    Parece-me ainda que não sabe distinguir o que é um “lobbie”, porque vir comparar a luta por direitos de cidadãos, que são discriminados ou privados dos seus direitos, quando temos uma constituição que na sua essência é contra essa discriminação. Aqui quem falha é o sistema político, aí sim existe um lobbie e uma hipocrisia, porque questões de direitos civis não deveriam precisar sequer deste tipo de votação.

  • António

    Que uma criança tenha dois pais ou duas mães não tem nada de anti-natural. Uma criança pode ser educado por pessoas que a amam, sejam ou não sejam gays, sejam dois ou sejam mais. Aliás se analisas o porquê da homossexualidade entenderias que é natural, que não seja aceite por novos conceitos sociais ou religiosos: sim – mas não mistures com naturalidade. Os gays são gays portuga questão natural. Os seres humanos são seres sociais e todos os grupos sociais necessitam criar laços afectivos para fortalecer o seu grupo. Este grupo em um contexto biológico tem mais capacidade de defender as futuras crias perante perigos. Alguma vez pensaste do porquê da homossexualidade só existir em seres com sociedades com comportamentos sociais complexos – como primatas, cetáceos, étc. Curiosamente são também estes que mantêm relações sexuais todo o ano, fora de períodos de procriação: porque o sexo é uma forma de ganhar confiança e criar lados entre indivíduos – criando grupos fortes e defendendo os seus descendentes com mais força. Se extrapolas isto ao ser humano de hoje em dia é fácil entender que os interesses da criança estão onde está o amor que a desenvolva como indivíduo apto permita a sua sobrevivência. Não venhamos com óvulo e o esperma como desculpa a que uma criança deve ter mãe e pai. Mentes religiosas que pensam que isto é a única forma de “naturalidade”

  • Margarida Ferreira

    Então na sua opinião, Maria Ferreira, a adopção deveria apenas ser reservada àqueles casais que podem procriar? Casais infertéis heterossexuais, pessoas solteiras, etc não deveriam poder adoptar? Parece-me um pouco tonto…

  • soares

    tem gente ,que quando abre a boca ou entra uma coisa oi sai outra . mas e assim mesmo . pena tanta gente com ideias e o nosso pais governado por cerebros ocos .

  • Gay

    Quem é você , para fazer comentários insípidos , quantas crianças existem pelo mundo com 2 pais ou duas mães super felizes , e quantas crianças criadas por heteros e abandonadas, mesmo cretino !

  • António

    Sempre ouvi dizer que o processo de adopção é complicado, porque não o simplificam? Para mim e o que devia ser analisado é o impacto de uma relação homossexual numa criança e não se é adopção ou co-adopção que para mim a diferença é pequena, e em ambas o impacto de uma relação homossexual na criança não desaparece. As pessoas são livres de escolher a sua orientação sexual mas tem que ser uma opção pessoal. E não me venham com essa da hipocrisia, não duvido que um casal homossexual não seja capaz de dar amor a uma criança, até é capaz de dar mais como tudo, uns dão mais outros menos mas não é essa a questão. A questão é muito maior que isso e estão a querer desviar a atenção para apenas um factor de muitos, isso é uma tecnica usada muito em Portugal.

  • Nuno António Ramos Morgado

    Diria que é provavel que seja melhor a adocao de criancas por casais homosexuais do que entrega-las a imstituicoes.
    Porem, com criterios que ordenem, considerando os tais superiores (?) interesses da crianca, as mais adequadas .
    Assim, entendo que nao havendo uma solucao de.adocao mais de acordo com a ” velha heranca” dos Pais serem compostos de Pai e Mae, se entregue a crianca a casais homosexuais…. nao desses que andam a adornar essa sua caracteristica com comportamentos sociais viciosos.

  • Anónimo

    Gostei!
    Tanta mãe solteira que se desunha a criar o filho(a) sozinha! Se tiver a ajuda da mãe tem muita sorte!
    E quem se tem preocupado com isso?
    Quantos orfanatos ou casas Pias existem neste país? É que mesmo sendo uma má solução não chegam para as encomendas!

    Porque é que um ou uma homossexual é obrigado(a) a assumir a sua condição? Tem tanto direito de não assumir como os que assumem na boa!

  • Sofia

    Não estamos com a adopção a falar de animais mas sim de pessoas, e se quisermos seguir esta linha até os próprios animais quando uma cria é rejeitada muitas das vezes é acolhida por outro membro do bando.
    Um casal, seja ele heterossexual ou homossexual , quando segue o caminho da adopção já pensou nesta questão certamente, não o faz por egoísmo ou por afirmação na sociedade, ou pelo menos não o deveria fazer, fá-lo por amor. Um casal pode engravidar e não desejar o seu filho no entanto quando se pretende adoptar uma criança este amor é redobrado, uma vez que esta criança é tanto ou mais desejada do que a proveniente de uma concepção normal. Será que não é vantajoso para uma criança receber este amor? Será que serem pais ou mães ou pai e mãe fará assim tanta diferença quando falamos de crianças que não têm amor na sua vida? Será que um beijo, um abraço, uma educação, uma orientação no seio de uma família , seja ela heterossexual , homossexual ou até mesmo monoparental, não fará a diferença para estas crianças? Deixo aqui estas questões para reflexão, pois enquanto houver pessoas que só olhem para este tema como mais um tema de discussão politica e discriminatória haverá crianças que permanecem solitárias e privadas de uma vida emocional saudavel.

  • open mind

    Vi alguns dos comentários aqui postados e então começo a falar em relação ao facto de se dizer que com o chumbo se vai impedir de retirar algumas crianças das instituições. Em Bom português, isso é treta. Para que haja mais adoções é necessário agilizarem-se os processos e não aprovarem uma co-adoção.
    Não se pense há preconceito da minha parte, até porque tenho amigos homossexuais, e não são menos que os outros. O problema é que a maioria da população portuguesa é preconceituosa e enquanto assim fôr, não se deve permitir que uma lei destas seja aprovada…ora pensem um pouco, e pensem nas crianças que irão ser vitimas de discriminaçao e de bullying na escola. não pode haver egoismo….as crianças primeiro! SEMPRE!!! O primeiro passo a dar é consciencializar toda a população de que a homossexualidade não é um bicho de 7 cabeças. enquanto isto não acontecer esqueçam tudo o resto……as casas não se começam pelos telhados!

  • revolta

    Mas é da co adoção que estamos a falar! Estas crianças não têm um pai e uma mãe nem nunca vão ter. Estas crianças já vão à escola e, se houver bullying ele já existe ou não compreendeu?! Não é por se legislar acerca da dupla paternidade/maternidade que se vai criar uma situação nova.

  • Ana Rita

    “O centro da questão é este – qual o superior interesse da criança? É essa a questão que deve orientar a decisão do tribunal de menores, questão que não se coloca a nível de o casal ser hetero ou homossexual.”

    É isto, é isto mesmo, disse tudo o que tinha de ser dito aqui. Você sabe o que realmente interessa: a felicidade e o desenvolvimento psicológico saudável das crianças.

    Mas a felicidade e o desenvolvimento psicológico saudável não depende de noções sobre o que é natural ou não natural. Aliás, se fossemos apenas seguir práticas naturais, a maioria das crianças que existem hoje no mundo teria morrido antes mesmo do primeiro mês de vida. Muitas crianças, por exemplo, precisam de transfusões de sangue o que não é natural e algumas religiões até consideram este procedimento um atentado à integridade da alma humana. Você sabe o que é importante e não é o natural ou não natural, é a felicidade e o desenvolvimento psicológico saudável das crianças.

    E isso pode ser avaliado por psicólogos que, baseados no conhecimento de estudos que se têm feito sobre esta questão, podem dizer se há diferença, ou não, significativa em ter dois pais e duas mães ou um pai e uma mãe. E para isso, leia o que a Ordem dos Psicólogos escreveu sobre o assunto. Se não acreditar na qualidade dos Psicólogos Portugueses e conseguir ler em inglês, pode ler a opinião dos Psicólogos Americanos, ou ainda as revisões de literatura feitas pelo Governo Canadiano ou pelo Governo Australiano.

  • Anónimo

    Desde quando a Casa Pia de Lisboa é uma má solução?
    Sou e serei sempre ganso e com muito orgulho.
    A gloriosa Casa Pia de Lisboa desde a sua fundação tem dado muitos e bons dos seus filhos ao pais

  • David Silva

    É que é precisamente esse o tipo de pensamento crítico que deviam de ter e não têm. Subscrevo, literalmente

  • Rui

    Este argumento do bullying é uma das falsas questões mais utilizadas no argumento contra a adopção/co-adopção por casais homossexuais. Desde meados da década de setenta até ao início dos anos 80, que ser filho de um casal divorciado comportava o mesmo risco de agressão que hoje poderá, eventualmente, comportar o ser filho de um casal homossexual, por exemplo. Já para não falar antes disso, o que devia sofrer uma criança filha de uma mãe solteira, por exemplo, também. Parte dos pais e da própria sociedade mudar este paradigma. Portanto, caro/a Open Mind, se não se encetar esta mudança ela não vai acontecer do dia para a noite, como que por milagre. E, além do mais, basta ler os estudos feitos por quem realmente tem legitimidade e conhecimento para o efeito, os psicólogos. E aqui a opinião é unânime: é muito pior para uma criança estar institucionalizada do que viver no seio de uma família homossexual. Mais; a grande hipocrisia inerente a este assunto é a não assunção por parte de quem legisla de uma realidade já existente. Há já muitas crianças a viver em adopção de facto, nestes casos. Basta que, antes de casar, um(a) homossexual adopte enquanto solteiro/a, (o que é mais um paradoxo a comprovar a hipocrisia em que vivemos)…

  • Anónimo

    É para verem o governo que temos. Esperemos que ao menos isto tudo sirva para quando forem às urnas pensarem, ou melhor, ir todo o mundo para a rua e derrubá-los

  • Pedro Silva

    Conheço bem o personagem que escereveu este post. Gostava de saber o que é que ele fez pela comunidade LGBT quando teve os cargos que teve… ah, esperem: propôs que se legalizasse o nudismo e see mencionassem os jovens…

    Será que o Carlos Reis gostava que o tivessem tirado do armário, à força, quando tinha namoradas ou cargos no PSD?

    É uma vergonha o que alguns gays fazem a outros e este senhor contribuiu para esta vergonha. Hoje e provavelmente noutros tempos. Um artigozeco no Público não resolve tudo…

  • d4vid

    Para quem acredita ser esclarecido quanto ao que é melhor para as crianças, um estudo de há um ano feito nos eua conclui que a orientação sexual do casal não interfere com a educação da criança. Podem ver melhor aqui http://portugalgay.pt/news/220313A/eua_pediatras_apoiam_casamento_entre_pessoas_do_mesmo_sexo

  • Vasco Mendes

    Carlos Reis presta mau serviço à causa que pretende abraçar:
    1- Defende o pensamento único, diabolizando quem pensa diferente – Eliminando assim, o direito à diferença-;
    2- Faz depender o pensamento, as opções políticas, sociais e outras, das opções sexuais (e por extensão: do género; da raça; da “classe social”, etc.), estereotipando as acções e seua gentes, não admitindo mais uma vez, deferenças no figurino. Ou será que só homossexuais podem defender a adopção e a coadopção por homossexuais? O Carlos Reis pretende-se num gueto?;
    3- Transfere um direito da criança, de ser adoptada ou co-adoptada, bem tratada e alimentada, para um direito dos adoptantes assumirem o comportamento sexual que entenderem (direito que os costumes e a lei já conferem). Muda o foco da discussão, permitindo que os preconceitos sobre o comportamento dos adoptantes, distraia do essencial, a preferência da criança e o direito de esta ser feliz e conviver com quem a respeite.

    O comportamento de Carlos Reis, foi manifestamente inquisitório e deplurável, sendo que as figuras atingidas, desempenham cargos de nomeação e eleição democrática, nos quais e, felizmente, é irrelevante a opção sexual. Não respeitou pessoas, cargos ou orientações, sejam quais forem. Muito menos respeita o direito à diferença, seja esta qual for. Apoiar Carlos Reis é fazer a apologia da total ausência de valores sociais, humanos e morais.

  • Pedro Dias

    Política é isto mesmo!

    Agir a pensar no voto e deixar os problemas existenciais e de consciência, tranquilamente em casa quando se vai fazer política.

    A expressão “politicamente correcto”, ao aproximarem-se eleições ganha um peso, que não há ombro que aguente!

    E por isso atitudes destas.

  • Pedro

    É com enorme descontentamento e revolta que vejo esta decisão ser tomada.
    Querer que Portugal seja um país avançado e um país credível no estrangeiro é um sonho que, a meu ver, nunca será realizado. Porquê? Simples, porque enquanto existirem “seres” como aqueles que atualmente lideram o nosso país, é impossível avançar.
    Para ser líder, seja em que área for, é preciso ter uma mente aberta, uma visão abrangente do meio em questão é acima de tudo ser capaz de, com imparcialidade, saber decidir o que será melhor para o grupo.
    Claramente que as pessoas que atualmente temos no poder não são dignos de ser líderes e acima de tudo não são seguros deles mesmos.
    Acho que alguém seguro de si próprio não tem medo da diferença, não tem medo da mudança.
    Portugal parou e não consegue avançar.
    Paz a memória de um país que em tempos foi pioneiro, que em tempos foi dominador, que foi líder e que acima de tudo tinha credibilidade.

  • André Francisquinho

    Cara amiga,
    Antes que mais gostaria de a felicitar pelo seu português deplorável, uma vez que nem todos conseguem "expor" a sua opinião tão pouco fundamentada de uma maneira simplesmente tão TRISTE.
    Agradecia então, que antes de divulgar a sua opinião, respeite as dos outros. Se a senhora realmente acha que o artigo não é suposto estar publicado, então temo que a liberdade de expressão signifique tanto para si como para as figuras públicas aqui referidas.
    Obrigado e bom dia.
    PS: Ao contrário de si não sinto o dever de me identificar num site aberto.

  • fernanda câncio

    o francisquinho deve saber tanto de liberdade de expressão e outros direitos fundamentais como sabe de português. e não é por sentir dever q m identifico, é mesmo porque quero identificar-me. mas suponho q a diferença entre uma coisa e outra, como muitas outras diferenças e coisas, lh escape. é a vida, e boa tarde para si também.

  • Anónimo

    Deus também criou os homossexuais e as lésbicas, o mundo está cheio deles.

  • Anónimo

    A lei natural da procriação não é exclusiva dos heterossexuais, sabia disso? Gays e lésbicas também foram dotados pela natureza com a capacidade de procriar. Quis Deus que assim fosse. Portanto pais gays e mães lésbicas haverão sempre.

  • Rute Silva

    Consegui concordar com alguns dos seus pontos de vista principalmente no que se refere ao supremo interesse da criança. Mas gostaria de deixar umas perguntas: será que é do supremo interesse da criança não ter mãe nem pai? Será que crescer numa instituição sem referências familiares é melhor para a criança do que viver com 2 pais ou 2 mães? Não se… Dá que pensar!

  • fernando

    Cidadania, considero as vossas opiniões a realidade de um povo ignorante. Ofendam-se e podem de seguida ofender, que é o melhor que tem e sabem. Começam por defender a opinião sobre um assunto muito serio e melindroso pelas varias componentes, mas não sabendo defender cada um a sua dama, partem logo para a ofensa. Construam, pensem em soluções , alternativas. Tenho a minha opinião mas não a vou divulgar porque é ambígua Consigo ver a questão por vários prismas, positivos e negativos. A lei de nada serve, como muitas outras e quem votou contra e a favor é tudo do mesmo saco. Quem quer adoptar arranja solução, vejam o caso daquelas duas moças que foram a Espanha…quiseram mesmo e CONSEGUIRAM. Dou outro exemplo de um amigo meu…casou com uma mulher, teve dois filhos, casal, tirou o “esqueleto” social do armário , divorciaram-se, e agora é muito feliz com o seu companheiro. Com consentimento da mãe que afinal era muito amiga mesmo e também. Genial. Agora, passarem da discussão para a ofensa ?… Só demonstra as vossas fragilidades intelectuais.

  • Jamanta

    Lamentável o comentário desse tal Carlos Reis, claramente homofóbico. Acho muita graça a esses heterossexuais, supostamente “gay-friendly”, que pretendem pensar pela cabeça de alegados homossexuais e dizerem o que estes deviam ou não deviam fazer ou até pensar. Mais uma amostra da sua indisfarçada e prepotente arrogância. Ele que faça o que acha que deve fazer pelas causas em que diz acreditar, e que não se comporte como a mexeriqueira que parece ser.

    Se eu fosse criança, heterossexual ou homossexual, acho que não gostaria de ser adoptada por um casal de homossexuais (especialmente homens), tendo de ser confrontada por uma sociedade hostil, e ainda por cima ser o objecto de uma experiência sociológica. Além do estigma de ser adoptada, ainda por cima não estaria inserida numa família como as outras. É sabido que as crianças são basicamente conformistas e não gostam de ser diferentes das demais. Portugal não é propriamente nenhum país escandinavo, ou a Holanda, onde as pessoas são cultas e esclarecidas e onde há educação sexual desde a infância. Aqui ainda vigora uma cultura profundamente machista e homofóbica e a ignorância em questões sexuais é alarmante. Creio que no caso das chamadas “questões fracturantes” se está a pôr claramente o carro à frente dos bois. Num país onde os homossexuais são confrontados diariamente por uma homofobia entranhada socialmente e até culturalmente (veja-se a recente vaga de humoristas profundamente homofóbicos, como o Sinel de Cordes), sujeitos a perseguições e assédios morais, insultos e agressões, é patético que se queira legislar sobre uma situação tão séria e melindrosa. Estão a pensar no interesse superior da criança ou na mera satisfação de uma agenda política imposta por Bruxelas?

  • Alex

    Não acham que se ela fizesse isso, para a sociedade, o que iria acontecer seria algo do género: “lá estão eles, não vota em tudo o resto e quer votar nisto só porque é lésbica”?

    Há deputados assumidamente homossexuais no PSD e no CDS que votaram a favor, isso sim é o normal.

  • Anónimo

    “Há deputados assumidamente homossexuais no PSD e no CDS que votaram a favor, isso sim é o normal.”
    Onde? Nunca vi nenhum. E tomar posições homofóbicas com o objectivo de combater a homofobia não faz sentido nenhum.

  • zepovão

    nãi podem ir contra as ideias do partido… é como ir contra o clube … é maltinha que ganha a vida assim, o que interessa é a mama.

  • Miguel

    As pessoas são livres de escolher a sua orientação sexual !??!?!
    Eu nunca tive escolha!!
    Achas que alguem escolhe ser gay neste mundo preconceituoso?!?
    Vai um desafio? Se for hetero, experimente “mudar” sua orientação sexual por um ano 😉