Violência imparável no Brasil. Assassinadas 445 pessoas LGBTI em 2017
Os dados são do Grupo Gay da Bahia (GGB) que há 38 anos contabiliza os assassinatos e suicídios de pessoas homossexuais e transgéneros no Brasil.
Em 2017 foram assassinadas 445 pessoas LGBTI, o que se traduz num aumento de 30 por cento face a 2016. De acordo com o GGB, a cada 19 horas uma pessoa LGBTI é assassinada ou se suicida vítima da LGBTfobia naquele país.
Predominam as mortes provocadas pelo uso de armas de fogo (30,8 por cento), seguida por armas brancas (25,2 por cento). O maior número dos assassinatos (56 por cento) ocorreu em via pública, seguem-se depois os crimes registados na casa das vítimas (37 por cento). Em 25 por cento das situações é identificado o autor do crime.
“A falta de estatísticas oficiais, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, prova a incompetência e homofobia governamental, já que a presidenta Dilma prometeu aprovar, mas mandou arquivar o projecto de lei de criminalização e equiparação da homofobia ao crime de racismo e o presidente Temer não atendeu ao pleito do movimento LGBT sequer para ser recebido em audiência”, declarou Luiz Mott, fundador do GGB, citado pelo jornal Globo.