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Viseu anuncia data da 7ª Marcha Pelos Direitos LGBTQIA+

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A Plataforma Já Marchavas, anunciou este Domingo em comunicado a data da 7.ª edição da Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+, que se realizará a 12 de Outubro de 2024, ano em que se comemoram os 50 anos da Revolução do 25 de Abril. Em 2024 assinalamos sete anos de luta pelos direitos LGBTQIA+ em Viseu e 50 anos da revolução que permitiu a construção de um movimento político pelos direitos LGBTQIA+ em Portugal.

A liberdade saiu à rua na madrugada do 25 de Abril de 1974, derrubando, em menos de 24 horas, 48 anos de ditadura, um regime que criminalizava e perseguia as minorias sexuais.

“Ser homossexual e lésbica durante a ditadura implicava um olhar constante por cima do ombro.” (Raquel Afonso, “A resistência quotidiana dos homossexuais no Estado Novo”).

O 25 de Abril trouxera uma onda de transformações sociais mas, contudo, a liberdade não tinha chegado a todas as pessoas. A 13 de maio de 1974 era publicado, no “Diário de Lisboa”, o manifesto “Liberdade para as Minorias Sexuais”, do Movimento de Acção dos Homossexuais Revolucionários (MAHR), sendo um dos seus autores António Serzedelo (Opus Gay). O manifesto recebeu uma violenta reação por parte do General Carlos Galvão de Melo, que comentou na televisão que a revolução não tinha sido feita para “putas e paneleiros!”. A afirmação demonstrava o longo caminho que teríamos ainda de percorrer para que a liberdade fosse alcançada por todas as pessoas.

1974 foi no entanto um abrir de portas, “as portas que abril abriu”, como escreveu o poeta Ary dos Santos: “Era a semente da esperança / feita de força e vontade / era ainda uma criança / mas já era a liberdade”.

A Revolução dos Cravos foi essa semente de esperança que permitiu a construção do movimento pelos direitos LGBTQIA+ em Portugal, mas também para o movimento feminista, tendo-se fundado também em 1974 o Movimento de Libertação da Mulher (MLM), grupo que envolvia activistas lésbicas.

50 anos depois, o movimento LGBTQIA+ e Feminista consolidou-se, uniu-se, e as conquistas jurídico-legais alcançadas foram muitas, nem esquecemos as resistências ao reconhecimento, visibilidade e respeito pela diversidade. 50 anos depois, cerca de 30 marchas ocupam as ruas de todo o país para reivindicar direitos LGBTQIA+ e para garantir que não são revertidos.

 

Fonte: Já Marchavas