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França vai terminar com proibição de homossexuais doarem sangue (mas é preciso haver abstinência sexual um ano)

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França terminará com proibição de homossexuais doarem sangue que vigora desde 1983, numa tentativa, à época, de evitar a transmissão do VIH/sida. A associação entre a doação de sangue e a transmissão do vírus tem sido desde sempre fortemente criticada por grupos de defesa dos direitos humanos.

Marisol Touraine, Ministra da Saúde francesa, afirmou que “dar sangue é um acto de generosidade, de responsabilidade civil e a orientação sexual do doador não pode ser uma condição”, acrescentando que “embora respeitando a segurança do paciente, hoje estamos a levantar um tabu”. Este avanço, prometido por François Hollande na sua campanha eleitoral, vai efectuado de forma gradual e começará a partir do próximo ano. A doação começará por ser permitida para homens gays que não tenham tido relações sexuais no último ano.

Anthony Roux, vice-presidente da associação SOS Homofobia, afirma que este é um “passo significativo” na luta contra a homofobia em França já que é “positivo para a sociedade francesa” e que “quando se tem uma parte da população excluída de ser capaz de cumprir um dever cívico como doar sangue, então isso implica uma certa quantidade de homofobia”. Já o presidente da mesma associação, Yohann Roszéwitch, diz que a “SOS Homofobia saúda o final desta exclusão sistemática, mas lamenta profundamente a persistência de uma discriminação baseada na orientação sexual” e considera que “estes desenvolvimentos não põem fim à estigmatização de homens gays e bissexuais, sendo que a homofobia e bifobia continuam”.

Em Portugal permanece a disposição semelhante de exclusão de potenciais doadores. O Grupo de Trabalho (GT) sobre Comportamentos de Risco com Impacto na Segurança do Sangue e na Gestão de Dadores criado para analisar os critérios da dádiva de sangue por parte de homo e bissexuais concluiu que a exclusão definitiva destes dadores pode deixar de acontecer, avançando para um modelo semelhante ao francês, mas a resposta definitiva só deverá chegar em 2016.

 

Marta Santos