Adopção aprovada pela maioria de Esquerda. É o culminar das votações sobre a matéria da adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Depois de reunidos os projectos de lei dos diferentes partidos aprovados a 20 de Novembro, esta sexta-feira a Assembleia da República aprovou a adopção por casais do mesmo sexo. O líder social democrata votou contra. Paulo Portas ausente da votação.
Votaram favoravelmente os deputados de Esquerda, o PAN e 17 deputados do PSD: José Pedro Aguiar-Branco, Jorge Moreira da Silva, António Leitão Amaro, Paula Teixeira da Cruz, Pedro Pinto, Teresa Leal Coelho, Emídio Guerreiro, Sérgio Azevedo, José Carlos Barros, Margarida Balseiro Lopes, Rubina Brado, Margarida Mano, António Lima Costa, Inês Domingos, Firmino Pereira, Joana Barata Lopes e Cristóvão Norte.
Abstiveram-se as deputadas do CDS-PP Ana Rita Bessa e Teresa Caeiro, os deputados do PSD Berta Cabral, Duarte Marques, Teresa Morais e Odete Silva, e o deputado do PS António Cardoso. A votação ocorreu num momento em que Paulo Portas não se encontrava na sala. No final ouviram-se mais uma vez aplausos nas bancadas da Esquerda da Assembleia. Tal como em Novembro, Teresa Leal Coelho e Paula Teixeira da Cruz voltaram a levantar-se e aplaudiram de pé.
Recorde-se que em 2010 quando chegou a Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho tornou-se o primeiro presidente do maior partido de Direita abertamente favorável à adopção de crianças por parte de casais de pessoas do mesmo sexo: “A homossexualidade ou a heterossexualidade não tem de ser um critério para a adopção. Quando avaliamos as condições em que determinada pessoa deve poder adoptar, o critério não é saber qual é a sua orientação sexual. Deve ser saber se tem ou não tem condições de estabilidade emocional, maturidade, autonomia financeira”, disse então ao jornal i. Hoje, cinco anos depois, e novamente na Oposição depois do seu Governo não ter permitido a legalização deste diploma, Pedro Passos Coelho votou contra.
A lei entrará em vigor após promulgação do Presidente da República.
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Paulo Monteiro
Um Comentário
Nuno
Meus queridos, a aprovação foi uma coisa linda mas, na prática com tanta burocracia e tempo de espera de 6meses a 1ano, há um enorme desespero. Devia ser rapido e evitar que fosse a segurança social a controlar estas coisas. Deviam criar um departamento próprio sõ para homossexuais, pois pelo que tenho visto e sentido, bem que posso esperar sentado ou deitado para não me cansar.Eu quero adotar mas põem tantos entraves que melhor só arranjar alguém que sirva de barriga de aluguer