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Agressões e violência homofóbica envolvem candidato autárquico a Viseu

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A 21 de Julho de 2021, Portugal, conta mais um episódio de violência física e motivação do discurso de ódio, motivado pela expressão de género e orientação sexual, contra um jovem de 26 anos residente na cidade de Viseu.

O ataque denunciado, terá partido de um grupo de militantes do Chega!, com sede distrital em Viseu, incluso futuro candidato autárquico, Pedro Calheiros, dirigindo ofensas verbais como: “Flor” e “Maria Papoila” e alegadamente agredindo fisicamente o jovem viseense.

Ao Jornal do Centro, Pedro Calheiro, candidato a Viseu pelo Chega já negou  agressões e insultos homofóbicos, confirmando apenas que presenciou a zaragata e, que apenas agarrou o jovem para acalmar a situação. 

Segundo declarações prestadas pela vítima ao Jornal do Centro, ao tentar defender-se dos ataques verbais e perseguição homofóbica experienciada há já vários meses por aqueles indivíduos, este viu ser: “agarrado pelo senhor que está a candidatar-se à Câmara de Viseu pelo partido do Chega, enquanto o outro senhor me continuou a agredir, sem eu conseguir defender-me”. 

Tendo, a PSP, sido chamada ao local para averiguar a motivação do incidente e identificação dos agressores, já depois de ocorrida a alegada agressão, o jovem relata uma vez mais a situação de intimidação para que não prosseguisse com a queixa-crime: “Depois, veio ter comigo ao meu estabelecimento a tentar intimidar-me para que não apresentasse queixa”.

Apresentando lesões físicas, no rosto e no corpo, e danos materiais, o jovem confirma avançar, ainda esta sexta-feira, com a queixa-crime às identidades jurídicas competentes.

Mostrando a sua solidariedade perante um crime contra a liberdade pessoal, o Bloco de Esquerda de Viseu (BE) e o colectivo Plataforma Já Marchavas, lançaram uma nota de repúdio onde destacam os ataques a homossexuais no conselho e a desvalorização e normalização da violência dirigida a pessoas LGBTI+ por parte daquela autarquia:

Nunca é demais lembrar que um voto de louvor à 1.ª Marcha Pelos Direitos LGBTI+ em Viseu foi chumbada na Assembleia de Freguesia de Viseu, por alegadamente não haver necessidade deste tipo de manifestação, uma vez que Viseu já era "tolerante", como se pode ler no comunicado do BE nas redes sociais e no Notícias de Viseu.

Tal como a Plataforma Já Marchavas, no seu comunicado, alerta para a importância do activismo e vigilância dos Direitos LGBTI+ que continuam sobe ataque:

Todos os dias devemos estar vigilantes, porque a revolução precisa de ser defendida por cada geração. Por isso, dia 10 de Outubro de 2021, em Viseu, ocupamos as ruas para marchar pelos direitos LGBTQIA+.

 

Daniel Santos Morais