Quem for votar nas próximas eleições para o Parlamento Europeu irá encontrar algumas caras ligadas ao activismo LGBT português e à defesa da Igualdade de Direitos. E outras caras no extremo oposto.
Fabíola Cardoso é uma das candidatas do Bloco de Esquerda. A membro do Clube Safo, professora e activista dos direitos LGBT envolveu-se no debate da co-adopção e fez capa no Expresso.
No recém formado partido Livre há várias vozes alinhadas pela Igualdade e pelos Direitos das pessoas LGBT. A saber: Rita Paulos, fundadora da associação juvenil rede ex aequo e actual directora executiva da associação de solidariedade social Casa Qui; o psicólogo e investigador na área da homoparentalidade Jorge Gato; a médica psiquiatra Ana Matos Pires e o eurodeputado Rui Tavares.



Ana Gomes integra as listas do Partido Socialista para continuar no Parlamento Europeu. Em Fevereiro último, aquando da votação do relatório Lunacek – que defende uma estratégia europeia de combate à discriminação em função da orientação sexual e identidade de género – a eurodeputada, e ex-embaixadora de Portugal em Jacarta, votou a favor da Igualdade.

Por último, mas o primeiro de todos a ser conhecido como candidato, temos o autor da frase “Os casais do mesmo sexo têm muitos direitos, mas não têm, seguramente (nem devem ter), direito a adoptar”. Trata-se de Marinho Pinto, o cabeça de lista do Partido da Terra (MPT) a estas Europeias.
O voto é secreto. As eleições são a 25 de Maio. Eis no vídeo algumas das razões para ir às urnas votar:
6 Comentários
Pedro Dias
Recuso-me liminarmente a votar em candidatos propostos por qualquer partido político.
Fazê-lo seria pactuar com a farsa a que chamam de democracia em Portugal e na Europa.
Na realidade o que há é uma “partidocracia”, regime corrupto por natureza, pois o financiamento dos partidos, essencial para financiar as campanhas eleitorais, depende de quão corruptos são os seus propostos e eleitos ditos “representantes do povo”.
Eleitos propostos por partidos representam e servem os partidos, não o Povo.
Cris
Completamente de acordo!!!
Pedro Ribeiro
Os candidatos do LIVRE não foram escolhido “pelo partido” mas sim por todos os cidadãos interessados através de primárias abertas.
Pedro Dias
LIVRE é um partido político, certo?
Então de livre só tem o nome.
O que eu gostaria era que todos os cidadãos, que estejam no pleno uso dos seus direitos políticos, e cumpram as regras de candidatura, iguais para todos, se possam candidatar, a todos os cargos políticos, sem ter que se submeter a primárias partidárias, ou a qualquer outra forma de seleção partidária.
Se já é assim para o mais alto Magistrado da Nação, o PR, verdadeiramente o único Órgão de Soberania, porque é o único que é verdadeiramente eleito porque quem detém a soberania em exclusivo – o POVO – porque não pode ser assim para Deputado, europeu ou nacional?
Eu sei porquê!
Por causa da disciplina de voto parlamentar, o maior aviltamento que pode haver da verdadeira democracia, se os eleitos forem eleitos pelo POVO, mas perfeitamente natural e lógica se forem eleitos pelos partidos.
Ricardo
O LIVRE é contra a disciplina partidária.
Os partidos são necessários à democracia, porque é preciso conjuntos de pessoas para concorrer a eleições colectivas, e que estes conjuntos sejam continuos e responsabilizaveis.
Pedro Dias
“Os partidos são necessários à democracia, porque é preciso conjuntos de pessoas para concorrer a eleições colectivas, e que estes conjuntos sejam continuos e responsabilizaveis.”
Esta é a treta que nos tem sido impingida ao longo dos últimos 40 anos, e que é agora doutrina inquestionável para os mais jovens e menos cultos histórico-politicamente.
Na Grécia antiga, onde a democracia começou, não havia partidos políticos e a democracia funcionava como não funciona em nenhuma “partidocracia”- na plenitude das suas virtualidades!.
“…conjuntos de pessoas para concorrer a eleições colectivas,… “
Eleições coletivas? – O que é isso? Realmente não sei o que é!
“…conjuntos de pessoas para concorrer a eleições colectivas,… “
Numa democracia plena e verdadeira, cada individuo representa um voto, o da sua vontade soberana, e não é preciso estar em nenhum conjunto de pessoas para o exercer, basta saber pensar pela sua própria cabeça o que é melhor para si próprio, para a comunidade onde está inserido, para o País, agora e no futuro!