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Nem na mata se encontram histórias assim

Europa: apalpada, estuprada e apedrejada

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O vídeo abaixo relata a experiência multicultural vivida há uns dias por duas transexuais na cidade alemã de Dusseldorf. Este vídeo é mais uma história triste de agressão e que se soma a centenas de outras histórias de agressões e ofensas sexuais que acontecem por toda a Europa. Será que só começou acontecer agora ou as vítimas de agressões começaram a falar em voz alta?

 

Há cerca de três meses, devido à grave falta de voluntários, que simplesmente "desapareceram", a Cruz Vermelha dos Países Baixos fez um ultimato: "Têm duas opções: ou voltam a ajudar os refugiados ou são excluídos permanentemente da lista de voluntários da Cruz Vermelha." O que se passou? Porque é que de repente nos Países Baixos se evaporaram os voluntários? A resposta surgiu naturalmente depois da passagem do Ano Novo em Colónia e noutras cidades da Europa Central.  Descobriu-se que as voluntárias, que davam as boas-vindas aos refugiados e que andavam a distribuir água e sandwiches, afinal eram sexualmente assediadas várias vezes por refugiados. Deve ser pouco agradável quando durante a distribuição dos alimentos aparece alguém por trás e tenta meter a sua mão por baixo da t-shirt ou beliscar o rabo. Quando isto aconteceu, na primeira ou segunda vez, passou “despercebido”, mas quando começou a acontecer com grande frequência, as voluntárias recusaram-se a voltar para os campos de refugiados.

Ao longo de mais de uma década os assédios sexuais, actos de homofobia, crimes violentos, roubos e assaltos cometidos, enfim todos os actos menos positivos de imigrantes ou de refugiados, raramente foram reportados. Todos sabemos que é incómodo e não é politicamente correcto falar nisso. Basta lembrar o caso gritante ocorrido na cidade Rotherham, em Inglaterra, quando ao longo de uma década, um grupo de paquistaneses violou mais de 1400 crianças e mulheres. Tanto as autoridades locais como o governo local sabiam disso, mas tiveram medo de agir por causa de possibilidade de serem rotulados como "racistas" ou "xenófobos". É exactamente isso que estamos a ver neste momento, por exemplo, na Suécia, quando as vítimas das violações sexuais da passagem do Ano Novo foram acusadas por movimentos feministas, e não só, de racismo por identificar os seus atacantes como "homens de pele escura do Médio Oriente ou do norte de África". Ou seja, a palavra "racismo" já está a perder o seu verdadeiro significado.

Surgem casos de assaltos sexuais por todo o lado. Numa escola secundária sueca houve raparigas que foram assediadas sexualmente por adolescentes refugiados há meses e ninguém falou no caso, este caso nem sequer surgiu após a morte do colega delas, o jovem Arminas Pileckas, que tentou defender a sua colega de turma depois desta ser assediada, então os rapazes muçulmanos esfaquearam-no mesmo dentro da escola. O caso apareceu publicamente apenas após a desgraça da passagem de Ano Novo.

Entretanto surgem notícias que nalgumas cidades alemãs estão a vedar a entrada a refugiados em piscinas públicas, porque, afinal, houve múltiplos incidentes entre refugiados e adolescentes alemãs, chegando a haver cenas de pancadaria. E surgem mais notícias um pouco por toda a Europa que as discotecas e bares também estão limitar ou vedar a entrada a refugiados, porque afinal houve vários assédios e confusões. 

E reparem que a máquina da xenofobia está a ganhar força cada vez mais. 

Por exemplo, recentemente uma mulher vestida com burca foi convidada a sair do banco Sparkasse, porque segundo as regras do banco alemão "não pode fazer serviço a pessoas que não são identificáveis". O marido chamou a TV e outros média para relatar o caso da gritante xenofobia. E se ainda há seis meses o banco se desdobraria em desculpas, hoje a Sparkasse afirmou que existem regras para serem cumpridas e que se não estão de acordo, poderão mudar de banco.

Eu próprio tenho razões de "queixa", nomeadamente quando homens muçulmanos tentaram comprar a minha mãe e uma amiga dela numa estância de Verão no Mar Negro. Tivemos de sair da discoteca apressadamente para não sermos perseguidos (na altura eu era demasiado pequeno para perceber o que se tratava). E ainda outro episódio, quando duas colegas minhas da faculdade foram raptadas por muçulmanos e postas numa cave para serem forçadas a casar. Elas conseguiram escapar. Tiveram que atravessar uma floresta em vez de voltar pela estrada.

Para defender a cultura árabe, é necessário saber um pouco mais sobre esta cultura. Porque torna-se claro que os assédios sexuais não são uma forma de um crime organizado (que tolice, se antes o crime organizado estava interessado em traficar drogas e armas, hoje está interessado em apalpar e violar mulheres), mas sim é um padrão comportamental. Se não concordarem comigo, posso apresentar-lhes um jogo árabe, chamado Taharrush Gamea. Este jogo acontece entre homens novos. Quando uma mulher desacompanhada fica rodeada de homens e é disputada entre estes homens. Cada um puxa-a para o seu lado, até que alguém finalmente decide possuí-la. Lamentavelmente assim termina este jogo. O primeiro caso mediático passou-se na Praça Tahrir, quando a jornalista norte-americana Lara Logan estava em directo a relatar a Primavera Árabe. Lara foi afastada da sua equipa da televisão e violada por um número indeterminado de homens. A sua equipa não foi capaz de a ajudar. A coitada da jornalista ficou com incontinência rectal e urinária após esse ataque. Se estes homens fazem este tipo de coisas no seu próprio país, porque é que vocês acham que eles não vão fazer isso na Europa?

Mas a resposta dos média é puro silêncio. E mesmo por parte da ILGA! Porque é que a ILGA não condenou na sua página de internet os crimes bárbaros cometidos contra homossexuais na Líbia e na Síria? Obviamente que o resultado prático seria nulo, mas em termos ideológicos, a ILGA iria reafirmar a sua posição política contra a homofobia. Mas não... a resposta é um silêncio assustador. E depois nós ficamos surpreendidos porque os homossexuais ou as pessoas transgénero são apedrejados ou espancados.

Ainda há duas semanas na Arábia Saudita uma mulher foi violada por um grupo de sete homens. No tribunal foi condenada a 200 pauladas e foi encarcerada na prisão por  seis meses por ter tido relações sexuais fora de casamento. Os movimentos feministas, que supostamente deveriam estar em alerta máxima para estes casos, estão bastante pacíficos. Nem uma linha escrita na página do Femen sobre o ocorrido. E em vez de fazerem manifestações à porta da Embaixada da Arábia Saudita, estão preocupadas com os piropos ou estão em Bruxelas a mostrar os seus seios aos eurodeputados.

A culpa é do “Politicamente Correcto” e da “Tolerância a mais” que levou alguns países para um beco sem saída. Um claro exemplo disso é a Suécia. Quando a polícia já nem sequer aparece, se o assunto for de assaltos, roubos, furtos, pancadaria ou violação sexual. A resposta habitual que as pessoas que chamam a polícia recebem é: "Todas as unidades estão destacadas em Malmo ou em Estocolmo". Ou seja, o contrato social estabelecido entre os contribuintes e o Estado (vocês pagam impostos e em troca têm segurança, ensino, serviço de saúde e a reforma) está a ser rompido por parte do próprio Estado. Vocês imaginam como isso pode terminar?

O génio da garrafa foi deixado sair. E dificilmente tudo voltará ao normal. A parte positiva disto tudo é que as pessoas deixaram de ter medo e de estar caladas do que estava a fazer ao longo da última década. E começam a falar. O problema existe e tem de ser discutido na praça pública. Caso contrário, se as vítimas forem silenciadas, tal como foram silenciadas em Rotherham, Colónia ou em Estocolmo então, neste caso, chegarão ao poder os nacionalistas e isto será seguramente dramático... Então nós, demasiado tarde, iremos questionar: "O que aconteceu? Como chegaram os nacionalistas ao poder?".

 

Um europeu médio fica com a dissonância cognitiva entre aquilo que ele vê na televisão e aquilo que se passa na rua.

 

Alexandre Iourtchenko, colaborador do dezanove

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