A Assembleia Nacional de França rejeitou ontem a proposta de lei da oposição socialista que visava legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A proposta foi debatida ao longo da semana passada e rejeitada esta terça-feira maioritariamente pela Direita por 293 votos, contra 222 votos dos partidos de Esquerda.
O deputado Michel Diefenbacher afirmou que não se pode “ir a favor do vento nem ceder aos efeitos da moda”. Este deputado da UMP, partido de Nicolas Sarkosy de Direita, acrescentou: “Somos contra a homofobia, mas não queremos alterar no inconsciente colectivo a imagem e a função do casamento” que é “uma instituição” encarregada da “protecção do mais fraco, a começar pela mulher”.
Pela ala esquerda, o socialista Patrick Bloche considerou que se trata “antes de tudo de derrubar a discriminação” e que esta proposta “aborda apenas a homoconjugalidade, e não a homoparentalidade”.
Para além de Portugal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido em mais seis países europeus: Países Baixos, Bélgica, Espanha, Noruega, Suécia e Islândia.
4 Comentários
Anónimo
Michel Diefenbacher, desculpando-se de não ser homofóbico, acaba por evidenciar uma atitude machista, negando a igualdade entre géneros. A função do casamento, segundo ele, é a “protecção do mais fraco, a começar pela mulher”. Quer isto dizer que a mulher é, sem dúvida, mais fraca que o homem?! Um tiro em cada pé, fantástico.
Nuno
Acabei de votar não sei/não respondo no inquérito do dezanove (na barra da direita) e não apareceu nos resultados, isto é, só tinha 3 votos, 2 no “sim” e 1 no “não vou adoptar”. Alguma coisa é capaz de estar mal.
Nuno
O que mais me impressiona é as mulheres ouvirem afirmações como esta e calarem. Devem ser muito masoquistas. Bem haja às feministas!
Anónimo
Provavelmente aplaudiram tanto a decisão desfavorável à realização de casamentos homo que nem se aperceberam da barbaridade que estava a ser dita para a justificar.