Este Sábado durante o dérbi da liga espanhola Atlético de Madrid–Real Madrid, o jogador português terá sido chamado de “maricón” por Koke, futebolista do clube rival.
A imprensa mostra imagens dos jogadores a encostaram as cabeças e a trocarem palavras pouco amistosas. Segundo a rádio Cope, Cristiano Ronaldo terá falado do incidente no balneário: “Ele disse-me que eu era maricas. Respondi-lhe que sim, que era maricas, mas com muito dinheiro, Cabrón!”
Esta não é a primeira vez que são dirigidos este tipo de insultos a Cristiano Ronaldo. Em Abril várias associações LGBT espanholas apresentaram uma queixa no Observatório Espanhol contra a LGBTfobia.
A associação espanhola de defesa dos direitos LGBTI Arcópoli exigiu uma investigação face a estes alegados insultos homofóbicos ao futebolista português. Yago Blando, coordenador da Arcopóli, reclama: ”maior envolvimento dos clubes, da LFP (Liga de Futebol Profissional) e da RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol) para acabar com a situação de impunidade face à homofobia existente nos relvados e que leva a que este desporto continue a ser um dos espaços menos seguros para quem não seja heterossexual ou não seja percepcionado como tal, perante o silêncio de todos, instituições e colegas. Também quero transmitir todo o apoio por parte da Arcópoli a Cristiano Ronaldo, pela sua valentia ao contar o sucedido à sua equipa e acabar com o silêncio perante a homofobia”.
Cristiano Ronaldo regressa esta terça-feira a Portugal para defrontar o seu antigo clube, no Estádio de Alvalade, numa partida a contar para a Liga dos Campeões.
6 Comentários
António Sá
Há uma sexualidade transversa ou perversa em todo o “heterossexual” que agride verbalmente outrem atribuindo-lhe a sexualidade que fantasmaticamente o assombra. É altura de desmascarar “heterossexuais” incônscios de si e perversamente enquistados na falsa identidade sexual em que se autofantasiam.
Anónimo
Não percebi o seu comentário.
Caletana Duqesa de Albaz
Isto já se tornou matemático, rotineiro até: sempre que alguém ou alguma dessas associações (que dizem defender os direitos lgbt) resolve elevar el Cristiano Ronaldo ao estatuto de mártir da causa gay, dois dias depois aparece uma reportagem qualquer versando o tema “a NOVA namorada de Cristiano Ronaldo”.
Porque será?
Exemplos: o-ronaldo-tem-nova-namorada-e-troca-beij os-em-paris-mas-disfarcado/ ticias/interior/cristiano-ronado-traz-na morada-a-alvalade-5514691.html amosos/cristiano-ronaldo-tem-nova-namora da/2016/11/23-280184.html
http://observador.pt/2016/11/23/cristian
http://www.ojogo.pt/area-j/excitacoes/no
http://www.ofuxico.com.br/noticias-sobre-f
Caletana Duquesa de Albaz aka Menina Anónima da Nobreza Espanhuela
Anónimo
Traduzo e sintetizo para “Anónimo” o meu comentário: todo o “heterossexual” que comenta ressentidamente e agressivamente a sexualidade de outro homem (seja ou não este homem comentado, de facto, homossexual) é um “heterossexual” que vive mal com a sua sexualidade. O seu ressentimento e a sua atenção para com outro homem é revelador de uma orientação sexual latente, mas não auto-aceite pelo mesmo. Daí as aspas. É um heterossexual com aspas. Estará mais claro assim?
Anónimo
A sua explicação está clara mas errada. Não, os heterossexuais homofóbicos não são “gays enrustidos”. Os pais homofóbicos que batem nos filhos homossexuais e/ou os expulsam de casa não são “gays enrustidos”. O terrorista de Orlando não era “gay enrustido”. O vice-eleito dos EUA, Mike Pence, não é “gay enrustido”. Por isso não, o problema não está nos “gays enrustidos” mas sim nos heteros homofóbicos. Sugerir que homofobia é coisa de “gay enrustido” tira a responsabilidade às pessoas heterossexuais, sendo assim uma atitude homofóbica e baseada em victim-blaming.
Anónimo
Entendo o que quer dizer, mas tenho outra perspectiva, ou estou a tentar explicar outra coisa. Numa linha freudiana, todos os seres humanos têm de (con)viver com a sua sexualidade, que é ambígua, tanto hetero quanto homo. Mas o que eu refiro é que os típicos ressentimento e agressividade contra homossexuais revelam uma desadequação/insatisfação do ressentido/agressor face à sua própria sexualidade (coisa que absolutamente ninguém admite para si mesmo. porque a auto-análise é impossível), e aí incluem-se todos os bullies adolescentes e adultos, todos os fanáticos de futebol (que praticam um culto do voyeurismo do corpo masculino: conhecem até todas as lesões dos favoritos), os pais agressores psicosexualmente desiquilibrados, quem sabe se humilhadores e agressores também das respectivas esposas (e é muito lesiva a agressão só verbal, para não falar da pancada: uma geração atrás até havia mulheres que diziam, convictas”quanto mais me bates mais gosto de ti” ), os supremacistas estadunienses (raivosos que não têm uma perspectiva tranquila, ampla e cósmica sobre a vida dos humanos neste maltratado planeta), etc. etc. A história da vida humana no planeta é errática e está civilizacionalmente muito muito atrasada, etc. etc. Enfim quanto a heterossexuais “enrustidos”, eles não existem? Não: são todos homens alfa, fodilhões de muita “gaja”, tipo “uma mulher em cada porto”… Ou será que os “machos” não são promíscuos? Enfim, escondidos eles não são, mas adoram falar de “paneleiros”, contar histórias de humilhação de “paneleiros”. Mas são só “inocentes” conversas de balneário… já lá se justificava o Trump quanto ao modo de falar de mulheres… Aliás, a misoginia também não existe…. embora, segundo os historiadores do cinema, seja um traço fundamental de todo o cinema clássico americano. Há um célebre musical hollywwoodiano (“Pal Joey”) em que Frank Sinatra dá socos nas mulheres e insulta-as… mas era normal, e ele até construía uma personagem espectacular,,, Assim seja. E já chega: os homens gostam é de mulheres…