Mais uma Marcha do Orgulho LGBTIQA+ em Portugal
Castelo Branco vai marchar pela primeira vez a 14 de Setembro. A convocatória foi anunciada publicamente pelo recém criado Colectivo Joe nas redes sociais: "Junta-te a nós no dia 14 de Setembro, com concentração marcada às 16h30, no Jardim da Devesa (em frente à Câmara Municipal). A Marcha termina no Jardim da Rua Mousinho Magro, onde a festa vai continuar com o Arraial da Inclusão! . Mantém-te atente às nossas redes sociais para acompanhares as novidades sobre a nossa Marcha, ajuda-nos a divulgar, e traz amizades e família! "
cartaz divulgado pela MOA - Marcha do Orgulho Albicastrense a 13 de Agosto
Importa saber que o nome Joe advém de Maria José Leão dos Santos, conhecida como Joe. É o colectivo de Castelo Branco que nos traz esta história de luta, mas ao mesmo tempo inspiradora: "Uma mulher lésbica, natural da Lardosa, que fugiu à repressão do Estado Novo, após ter sido exorcizada, internada e feita refém num colégio de freiras, pela mãe, quando descobriu a sua homossexualidade. Foi em França que refez a vida, como taxista, onde se tornou num ícone, não só para a comunidade LGBTQIA+ parisiense, mas também para nós, quando conhecemos a sua história. Joe é representação de resistência e de luta contra a opressão. Este colectivo serve para homenageá-la e para dar continuidade ao seu legado. Como não podia deixar de ser, estará presente na 1ª Marcha pelos Direitos LGBTQIA+ de Castelo Branco e estará daqui em diante. Joe, Le Taxi!"
Membros do Colectivo Joe estavam presentes na apresentação do livro infantil "Mamã, quero ser um menino" de Ana Rita Almeida, no passado Sábado, em Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, quando a mesma foi invadida pelo grupo Habeas Corpus. Recorde-se que mais de 2100 editoras, livrarias e associações voltaram a escrever às ministras da Administração Interna, da Justiça e da Cultura para que intervenham para fazer face a estes ataques de ódios. Os últimos casos ocorreram em Cabeceiras de Basto, durante uma sessão de esclarecimento antidiscriminação LGBTI+, e já por duas vezes com a escritora Mariana Jones.