Marcelo Rebelo de Sousa admitiu durante a campanha eleitoral que, se fosse Presidente da República, promulgaria a lei da adopção de crianças por casais do mesmo sexo, agora vetada por Cavaco Silva.
As declarações proferidas durante o debate eleitoral que o opôs a Marisa Matias, na SIC Notícias, ganham agora um novo peso depois do veto de Cavaco Silva. Poderá caber ao novo Presidente da República pronunciar-se sobre a questão após discussão na Assembleia da República. “O que interessa, hoje, na adopção é a protecção da criança. Houve tempos em que era a protecção dos adoptantes. Desde que esteja garantido do ponto de vista técnico que a criança tem os seus direitos salvaguardados, não interessa que seja um adoptante, dois adoptantes, um casal do mesmo sexo ou de sexo diferente, isso é irrelevante. Eu não li [o diploma], mas se a protecção dos direitos da criança estiver garantida, eu não vejo razão para não promulgar”, esclareceu Marcelo Rebelo de Sousa na SIC Notícias.
As contradições do próximo Presidente da República em matéria de igualdade não passaram despercebidas durante o período eleitoral e foram expostas por Isabel Moreira num artigo de opinião publicado no Expresso no início deste mês. “Hoje Marcelo diz que promulgaria a lei que permite a adopção por casais do mesmo sexo, mas o que fez à sua abjecção tão violenta pela igualdade que o levou ao ponto, em 2010, de ser o único político, juntamente com Ribeiro e Castro, a manifestar-se ao lado do PNR?”, questionou a deputada socialista, relembrando a manifestação que desceu a Avenida da Liberdade, em Lisboa, antes da votação do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Foto: Campanha Juntos por Portugal
7 Comentários
Nuno
Conheco-o pessoalmente e é menino pó ara isso e muito mais, o prof Marcelo é muito querido e vai ser o primeiro a mudar a constituição, que já é velha
Anónimo
Fogo, outro direitolo. Depois admiram-se que o país esteja como está.
Filipe
O país está atrasado apenas pela difusão e aplicação de ideias de Esquerda radical no Ensino, na Economia e nas Finanças públicas e pelo culto do estatismo. Apenas e só isso. E sim, a Constituição deve mudar pois é excessivamente ideológica e bloqueia reformas públicas.
Anónimo
Repetir o mesmo argumento mil vezes não o torna válido. E ainda dizem que o PCP é que repete sempre a mesma cassete…
Anónimo
A esquerdalha passa aqui a vida a cuscar se há ppl do PSD ou do CDS a comentar.
Anónimo
Se não gosta de ter “esquerdalha” por perto, não sei o que faz neste site. É que, tendo em conta que apenas a esquerda apoia os direitos LGBT, é natural que as pessoas LGBT sejam na sua maioria de esquerda. Acho que aquelas páginas religiosas com mitos sobre homossexualidade ou aborto seriam um lugar em que se sentiria mais confortável. Aliás, duvido que os direitolos que aqui comentam sejam sequer LGBT. Aposto sim que são trolls a mando de fanáticos religiosos.
Anónimo
Os direitolos queixam-se da constituição portuguesa mas esquecem-se que em 1976 o PSD votou a favor dela.