A opinião é praticamente unânime. Dos 127 leitores do dezanove que participaram no inquérito online, a esmagadora maioria (95,28%) considera que o Ministério da Educação não promove nem apoia as iniciativas suficientes para combater o bullying homofóbico. Apenas 4,72% apoia a actual posição do Ministério de Isabel Alçada.
Esta questão foi levantada depois da rede ex aequo ver negado o apoio, por parte deste Ministério, à distribuição de cartazes e questionários da campanha Projecto Inclusão dirigidos ao público escolar e juvenil. O Ministério de Isabel Alçada, representado por duas técnicas (a coordenadora do Núcleo de Educação para a Saúde, Acção Social Escolar e Apoios Educativos e uma técnica da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular) recusou o apoio ao projecto alegando que o ME tem de ser «neutro em assuntos que possam ser considerados ideológicos». Várias associações e partidos repudiaram esta decisão. A rede ex aequo continua a distribuir os materiais contra a homofobia a todas as escolas e entidades que os solicitem.
3 Comentários
Bellini
Não deveria ser nas escolas que solicitem. Deveria ser OBRIGATÓRIO em TODAS as escolas.
nuno cadilhe
Sou professor de Biologia e também lecciono ed. sexual e por isso interessa-me particularmente este assunto.
Deixem-me portanto que vos diga o seguinte:
pela minha experiência, esta campanha seria contraproducente. Um cartaz numa escola a defender os homossexuais seria rapidamente vandalizado e escrito com piadas sobre os homossexuais que estudassem na própria escola. Infelizmente, é assim que funcionam os jovens, embora vocês desconheçam isso.
Querem fazer campanha contra o homofobia?
Sugiro que comecem por apelar ao boicote nas tv’s de personagens homossexuais geradoras de preconceitos. Isto é, a grande maioria das personagens homossexuais das séries e dos filmes é demasiado extravagante, afeminada e cheia de tiques exagerados, tudo coisas que os homossexuais normais não são, mas que cria na cabeça dos nossos jovens a ideia que são realmente assim, levando à homofobia generalizada.
Morgaine
Não discordo que realmente a campanha não teria o resultado desejado pela rede ex aequo. No entanto o que realmente me espantou é ver como o Sr. professor apelida os homossexuais de “normais”, porque, do meu ponto de vista não há homossexuais anormais, mas sim pessoas com personalidades diferentes. Tendo convivido e sendo amiga de diversos homossexuais, sei que há-os mais espalhafatosos do que outros. Alguns efeminados e exagerados nos modos e nos tiques e outros mais calmos, digamos “low profile”, o que não impede que sejam todos homossexuais e todos eles normais.