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“Orlando, A Minha Biografia Política”, de Paul B. Preciado, estreia em Setembro nos cinemas

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O documentário “Orlando, A Minha Biografia Política”, de Paul B. Preciado, uma carta a Virginia Woolf sobre o não binarismo, estreia em Setembro deste ano nas salas de cinema nacionais, com distribuição da Nitrato Filmes.

 

O filme ensaio sobre as pessoas trans e as não binárias, teve a sua estreia mundial no Festival de Berlim 2023, onde, em conferência de imprensa, o director artístico do festival, Carlo Chatrian, descreveu o filme como uma “carta a Virginia Woolf”. Antes da estreia comercial, “Orlando, A Minha Biografia Política” estreia em Portugal no Festival Indie Lisboa, no dia 28 de Abril, pelas 22h, no Cinema Ideal.

“Um filme que pega na figura de Orlando de Virginia Woolf para contrastar a história dos anos 1930 com a contemporaneidade, mas continuando as considerações sobre género enquanto construção social e política que vai para lá de uma metamorfose corporal. Uma visão das pessoas transgénero como em constante batalha, com leis, costumes e preconceitos, mas também em diálogo com as forças da poesia e do amor.”

“Orlando, A Minha Biografia Política” é uma produção francesa que reúne uma série de imagens de arquivo sobre pessoas trans de meados do século XX que evocam os verdadeiros Orlandos históricos na sua luta pelo reconhecimento e visibilidade.

O filme é uma adaptação de uma das obras mais conceituadas da escritora inglesa Virginia Woolf“Orlando”, em que o realizador dirige uma carta à escritora a dizer que a sua personagem Orlando tornou-se real: o mundo está a tornar-se orlandesco. Paul B. Preciado convocou um casting com 25 pessoas diferentes, todas trans e não binárias, dos 8 aos 70 anos, para interpretarem a personagem fictícia de Virginia Woolf, enquanto narram as suas próprias vidas e ao mesmo tempo questionando-as: “Quem são os Orlandos contemporâneos?”.

Virginia Woolf escreveu “Orlando” em 1928 e foi o primeiro romance em que o personagem principal muda de sexo no meio da história. Um século depois, o escritor e activista trans Paul B. Preciado decide enviar uma carta cinematográfica a Virginia Woolf: o seu Orlando saiu da sua ficção e está a viver uma vida que ela nunca poderia imaginar.

“O espectador encontra gradualmente o rumo de Orlando à medida que emerge o retrato de um ser colectivo com múltiplas faces, vozes, corpos. O filme segue a mesma estrutura do romance de Virginia Woolf: um diário de viagem pela história, tanto íntima quanto política.”

O filme de Paul B. Preciado estreia nas salas de cinema nacionais em Setembro de 2023.

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Tiago Resende

 

Artigo publicado originalmente no site Cinema Sétima Arte