A iniciativa da marcha surgiu após o evento organizado pelo colectivo A Traça e pela associação rede ex aequo no Dia da Memória Trans em Novembro de 2022: “O Porto merecia uma Marcha Trans para dar Visibilidade e celebramos a comunidade Trans, cada vez a crescer mais na cidade”.
O lema da primeira Marcha de Visibilidade Trans é “Não é Ideologia. Não é Patologia. Fim à Transfobia. Direitos Trans Já!”.
A marcha terá dois objectivos principais: “formar comunidade e exigir melhores condições no acesso à saúde das pessoas trans no Porto, nomeadamente no Hospital de Santo António”.
As principais reivindicações são “processos menos burocráticos e totalmente gratuitos, mais formação de profissionais de saúde para as especificidades trans, reconhecimento das identidades não binárias, reconhecimento de identidade das pessoas migrantes e criminalização das terapias de conversão”.
O percurso da marcha começará com a concentração na Praça dos Poveiros, percorrendo depois a Rua Passos Manuel, subirá a Rua de Santa Catarina, continua pela Rua Fernandes Tomás, desce a Rua de Sá da Bandeira e terminará na Praça D. João, onde haverá uma leitura de manifesto, actuação do Coro LGBT do Porto (Queer at Heart) e ainda microfone aberto para quem se desejar expressar.

Em Lisboa também se vai marchar

Também a 31 de Março a partir das 17:30 com encontro na Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, associações e colectivos convocaram quem defende os direitos das pessoas trans a marchar até ao Rossio. No final haverá performances e microfone aberto.

Há um ano, o dia 31 de Março de 2022 foi também marcado pelo Dia da Visibilidade Trans, em Lisboa e no Porto. No Porto houve apenas uma concentração. Em Lisboa centenas de pessoas saíram às ruas para reivindicar mais visibilidade, mais saúde e menos estigmatização e marcharam da Praça Luís de Camões até à Praça da Figueira. Pelo caminho entoaram palavras de ordem.

Sara Gonçalves