O anúncio desta proibição acontece depois de três semanas de turbulência e na sequência do presidente sérvio Aleksandar Vučić ter dado o EuroPride como "cancelado". Numa mensagem desafiadora, Kristine Garina, presidente da EPOA, que licencia o EuroPride, disse: “A polícia esperou até o último momento possível para proibir a marcha do EuroPride. De todas as vezes que isso aconteceu em Belgrado, os tribunais consideraram a decisão inconstitucional. A primeira proibição de uma marcha do EuroPride não pode ser mantida e não tenho dúvidas de que o tribunal tomará a mesma posição desta vez”. “A primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabic, está prestes a subir ao palco da conferência de direitos humanos EuroPride, e exijo que ela explique por que falhou totalmente em cumprir a promessa de apoio que fez em 2019, quando Belgrado estava a concorrer a este evento. Esta proibição mostra um completo fracasso da sua liderança política e o completo fracasso da Sérvia em proteger as liberdades mais básicas de seus cidadãos. Nenhum país que se preze cederia aos valentões”. “A proibição é inútil. Milhares de pessoas LGBTI+ e seus aliados já estão em Belgrado para participar do EuroPride. Vamos-nos reunir no sábado, mesmo que não possamos marchar. Pedimos a todos que apoiam a igualdade LGBTI+ e os direitos humanos que se posicionem e se juntem a nós no sábado. É hora de mudança e é hora de Belgrado. Estamos aqui e vamos nos reunir.”

O EuroPride em Belgrado começou esta segunda-feira, 12 de Setembro, com uma cerimónia de hasteamento da bandeira no Palácio da Sérvia e a abertura da Pride House no centro de Belgrado. Mais de 100 eventos estão previstos ao longo dos sete dias do evento.

Recorde-se que Belgrado venceu esta edição do EuroPride numa competição em que Lisboa também se candidatou.