O artigo considerado homofóbico, que gerou inúmeras reacções nos media e por parte de várias associações LGBT, veio pôr em causa os critérios editoriais da revista da Ordem dos Médicos. Num artigo de opinião o médico William H. Clode, que descrevia os homossexuais como “anormais”, “defeituosos”, “doentes”, “portadores de taras”, “condutas repugnantes”, “higiene degradante” e que requerem “correcção”, era apresentado como Chefe de Serviço Hospitalar do Instituto Português de Oncologia.
O dezanove sabe que William Henry Clode, que é especializado em radioterapia, tem, na realidade, um consultório médico no Carregado (arredores de Lisboa).
A revista da Ordem dos Médicos, que tem como directora executiva Paula Fortunato, é um veículo privilegiado de comunicação destes profissionais.
Recorde-se que o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, mostrou-se na passada quinta-feira solidário com a publicação do artigo, descrevendo-o como “normal”.
5 Comentários
Gonçalo
Shocking.
Ana
http://schnoof.blogspot.com/2011/03/os-v elhotes-nao-tem-culpa-do-que-dizem.html
Jô
Esta gente é pior que o Sócrates
PF
Pronto! que o Bastonário ache que é “normal” alguém dar a sua opinião sobre o tema , parece-me compreensível. Sobretudo porque ,tendo certamente a sua opinião sobre o assunto, não a quis proferir.
Agora, se a directora executiva de uma revista publica um artigo de um médico, com a indicação de um cargo que este não tem sem se dar ao trabalho de o verificar, então parece-me que se devia demitir.
A menos que a revista me permita publicar no próximo número um artigo sobre o que eu acho dos tuberculosos e me apresente como director clinico do centro médico de Paiva-de-Baixo ( ou outro qualquer, que eu não me importo…)
Joca
Pelos vistos a revista da Ordem dos Médicos não tem critérios de publicação. Um artigo daquele jaez (que podia muito bem ter sido escrito pelo Dr. Mengele) e eles publicaram como se nada fosse, só porque foi escrito por um médico (que por acaso tem um aspecto degenerado e sinistro). Qualquer dia, publicam algum artigo escrito pelo Quim Barreiros ou pelo Sinel de Cordes – afinal de contas, o que os impede?