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Tóquio 2020: Olimpíadas da diversidade

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Um estudo realizado pelo site Outsports aponta que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foram de grande representatividade e diversidade. Pelo menos 160 atletas se declaram LGBTQI+. O evento ainda registou a participação da primeira atleta trans a disputar uma Olimpíada, Laurel Habbard da Nova Zelândia e a 1ª pessoa transgénero não-binária, Quinn do Canadá.

 

 

 

 

Ao todo 11 mil atletas foram classificados para os jogos este ano. Um número gigantesco perto da representatividade LGBTQI+, mas já sabemos que a ‘minoria’ tem feito um imenso barulho e tomando cada vez mais o espaço que lhe é de direito.

O país que contou com a maior delegação colorida nos Jogos Olímpicos foram os Estados Unidos com 30 atletas no total. Seguido pelo Canadá (17), Grã-Bretanha e Holanda (16), Brasil (15), Austrália (12) e Nova Zelândia (10).

Daqui a alguns anos o evento de Tóquio será um retrato. A lembrança de uma pandemia que fez, pela primeira vez, uma edição olímpica ser atrasada um ano. Por sorte, a cada quatro anos as memórias se renovam e os conflitos vividos serão explicados com o passar de cada temporada.

 

Casaco Olímpico

Nesta edição um dos assuntos mais comentados foram os crochets e tricots de Tom Daley, campeão olímpico na modalidade de salto sincronizado. A sua imagem apanhado a tricotar nas bancadas esteve a circular pela internet sendo uma das mais comentadas. O atleta divulga nas redes sociais as peças confeccionadas a mão através do projecto madewithlovebytomdaley.

Outro ponto de destaque das Olimpíadas de Tóquio 2020, foram as músicas tocadas durante as partidas de voleibol. DJ Stari é austríaco, e embalou grandes sucessos como o da cantora brasileira Pablo Vittar, que anunciou uma nova digressão internacional na Europa em 2022 (atenção Porto: Primavera Sound 2022, 11 de Junho de 2022, no Parque da Cidade) .

Durante as partidas da selecção do brasileira, o DJ Stari tocava grandes hits da cantora que é referência musical no mundo LGBTQI+. A playlist ultrapassou os limites da quadra e se tornou viral, ficando entre os assuntos mais comentados do momento durante as partidas nos jogos do Brasil.

Em clima de música, vale destacar o videoclipe do cantor Sam Smith em dueto com a cantora Demi Lovato na música I’m ready, que mostra sobre o respeito e reciprocidade LGBTQI+ em um cenário totalmente olímpico, onde todos terminam as disputas em primeiro lugar.

 

1ª pessoa transgénero não-binária em Tóquio 2020

Meio-campo da selecção de futebol canadiana, Quinn foi a primeira pessoa transgénero não-binária a participar numa edição dos Jogos Olímpicos. A revelação da identidade já havia sido publicada no perfil oficial em Setembro do ano passado.

Em 2015 o Comité Olímpico Internacional (COI) publicou novas directrizes para atletas trans e mulheres com hiperandrogenia (excesso de testosterona). A partir de então, o processo de redesignação sexual não está mais entre as exigências e o nível de testosterona sanguíneo passou a ser o principal delimitador.

 

Manifestações durante os jogos

O COI autorizou a atleta alemã Nike Lorenz, da equipa feminina de hóquei a usar uma faixa com a cor do arco-íris nas Olimpíadas. A liberação veio após pedido da DOSB (Federação Alemã de Desportos Olímpicos) ao comité.

O COI já havia proibido protestos, mas flexibilizou as regras liberando manifestações antes do início das disputadas ou em apresentações, mas vetado qualquer tipo de gesto no pódio.

No Instagram, Lorenz comemorou a conquista com a legenda: "Love always wins", na tradução "O amor ganha sempre".

O lutador de boxe australiano Harry Garside, exibiu as unhas pintadas após conquistar uma vaga na semi-final na categoria de peso leve nos Jogos Olímpicos. O atleta afirmou que a atitude é de “quebrar estereótipos de género”. Garside também é conhecido por incluir o ballet para aprimorar as técnicas do boxe durante os treinos.

 

Enquanto o Japão evolui no que se refere aos assuntos LGBTQI+, atletas do mundo inteiro tornaram Tóquio a sede olímpica mais colorida e diversificada da história. E que Paris 2024 seja muito mais.

 

Alex Gonçalves de São Paulo