Os jovens Lorenzo e Pedro tinham lançado o desafio há dias: andar pelas ruas de Lisboa de mãos dadas e trocar afectos como qualquer outro casal (leia-se heterossexual) e gravar um vídeo para partilhar com os seus fãs em todo o mundo.
O desafio surgiu depois de, há umas semanas, dois vídeos semelhantes se terem tornado virais pelas piores razões. Um vídeo russo com um casal de gays mostrou por várias vezes a homofobia física e verbal de que foram alvo durante um curto passeio. O mesmo aconteceu a um casal de namorados ucranianos que foram inclusive atacados com violência por diversas pessoas. Os jovens portugueses classificaram as reacções homofóbicas a estes vídeos de “primitivas, tristes e nojentas”.
Conhecidos por protagonizarem os episódios de receitas sexys e divertidas na internet e por participarem em acções de defesa das pessoas LGBT, Lorenzo e Pedro foram esta semana medir a homofobia em vários locais de Lisboa: desde o Rossio, ao Parque das Nações passando pela Cova da Moura (Amadora). O casal foi filmado por três câmaras ocultas em vários momentos em que simplesmente andavam de mãos dadas ou trocavam afectos.
No fim da experiência social, o casal mostrou-se feliz por terem sido tratados com normalidade e não terem surgido insultos verbais, ódio, ameaças à integridade física ou outras reacções negativas. Ambos consideram o resultado final positivo. O jovem casal realça apenas alguns olhares curiosos: “talvez as pessoas simplesmente olharam para nós porque eu tenho 1,97m e o Pedro tem 1,72m” gracejam.
No entanto, o casal confessa que não costuma manifestar muitos afectos afectos em público, “talvez por um pouco de receio” […] mas depois de o fazermos tantas vezes durante a filmagem deste vídeo, nós mudámos! Sentimos-nos respeitados e livres simplesmente sendo nós próprios. Nós sentimos o que todos os casais, heterossexuais ou homossexuais deveriam sentir: confortáveis”
Lorenzo e Pedro dizem-se “orgulhosos” de Lisboa, no que respeita a igualdade e direitos LGBT e esperam que o vídeo chegue a quem insulta e ataca casais do mesmo sexo nos dias de hoje: “Talvez eles aprendam como realmente se devem comportar em sociedade” apontam.
Assiste ao vídeo completo aqui:
Paulo Monteiro
54 Comentários
filipe
Estão de parabéns!!!tem feito muito por todos os jovens. obrigado :´)
Pedro Dias
Bom para promover o turismo gay em Portugal!
Mesmo tendo os Portugueses filmados, mostrado a atitude politicamente correcta, infelizmente sabemos que não é bem assim.
A homofobia está a passar por uma fase de semi clandestinidade, mas está cada vez mais forte e perversa nas formas que toma.
beto
Ameiiiiiiiiii
Antonio
Gostei mas teria gostado mais se esse orgulho em ser Português se tivesse mostrado e tivessem feito um vídeo em Português e com legendas em outra língua. Tenham orgulho na vossa língua! Assim sendo pareceu-me mais uma vez oportunismo destes 2 rapazes a tentar ganhar mais publicidade grátis para o canal deles.
Anónimo
Façam o mesmo em Braga a ver se têm a mesma reacção …
Francisco
Lisboa mudou muito nestes últimos 25 anos e muito bem 🙂
Anónimo
que tristeza de comentário… fazes parte daqueles que faz com que isto ande para traz e não para a frente! então se os gajos fazem sempre vídeo em Inglês e têm publico que fala Inglês iam fazer um vídeo em Português porque tu gostavas! Aprecia aquilo que eles gratuitamente te deram e diz OBRIGADO!
João Sena
É verdade que as coisas estão bem melhores em Lisboa do que há 20/30 anos atrás, mas ainda há muita homofobia escondida, de forma insidiosa, mesmo entre a população jovem. Mas a evolução nestas décadas foi incrível.
Rui MR Silva
Há alguns anos comentava com o meu namorado da altura que se todos os casais homossexuais tivessem a coragem de o assumir iríamos ajudar a mudar a forma como somos vistos pela sociedade. Que pelo exemplo poderíamos não só mostrar que não tem nada de mal num casal homossexual, mas também dar alguma força aos que ainda têm problemas de aceitação. Na minha opinião vídeos como este ajudam nesse aspecto. Claro que o fizeram em Lisboa, que é uma cidade mais “aberta” hoje em dia. E para mim que não sou de Lisboa, mas passei a viver nesta cidade, noto essa diferença. Provavelmente, muitos gays lisboetas (e quem diz lisboetas, diz de grandas centros urbanos) nem sonham que por esse país fora os gays ainda são apontados só pelo facto de caminharem juntos, quanto mais de mãos dadas. Que se pode fazer? Dar o exemplo, é a minha opinião. Porque em termos de leis e direitos, perdoem-me, mas já não é por aí que vejo a nossa “luta”. A nosso luta neste momento será com nós próprios, enquanto comunidade, isto é, sermos quem somos naturalmente, sem medos.
Claro que poderemos não ter a mesma sorte do Pedro e do Lorenzo. POderão existir momentos menos felizes e menos bonitos, mas fazer parte de uma sociedade também é isso, é querer mudar as coisas, mesmo que isso acarrete algumas consequências. Lembro-me sempre que as mulheres sofreram imenso até verem os seus direitos reconhecidos; já para não falar nos negros. Mas foram os exemplos de coragem de alguns/algumas que permitiram que as coisas mudassem.
Noutro sentido diria também que há alguma confusão entre apoiar e respeitar. Não se pode pedir que toda a gente goste de homossexuais e que os apoie. Aquilo que se pode pedir e exigir é respeito, que é uma coisa muito diferente. Porque gostar, eu, como toda a gente tenho direito a não gostar de algo ou alguém, mas tenho o dever de respeitar.
Anónimo
concordo: o video deveria sim ter sido feito em português 🙂
Lorenzo and Pedro
É com imenso prazer que fazemos aquilo que fazemos! 😀 Dois abraços e dois beijinhos Filipe!
Francisco
É bonito, o vosso amor, e a iniciativa é interessante. Todavia, como cético relativamente à capacidade humana de evoluir para além dos seus instintos primitivos profundos, não sou tão lesto a concluir que os portugueses são mais civilizados. As relações sociais dificilmente existem sem uma certa hipocrisia e uma ocultação convencional do que se pensa e do que se sente. É desta hipocrisia que vive o “politicamente correto”. A reação das pessoas oscilará, porventura, entre a sinceridade e o cinismo. Mas, admitindo que ser cínico é o estádio mais civilizado que alguns conseguem atingir, e desde que esse cinismo as impeça de andar por aí, na rua, a agredir outros, por serem diferentes, talvez tenha de admitir, também, que “ser politicamente correto” é um mal necessário.
Anónimo
Sempre que posso faço o mesmo mas já tive de tudo! Desde pessoas a dizer para nunca desistir de ser feliz como me terem riscado carro todo e de dizerem palavras insultuosas, mas nada que chegue ao nível da Ucrânia ou da Rússia! Sempre a lutar por mudar um pouco da sociedade, não ter medo de dizer o que sou muito menos de ser feliz 🙂
Filipe
Quando passei pela praxe na UP havia um discurso homofóbico e machista terrível, espero a ILGA pegue nisto e comece a trabalhar melhor nas Universidades. Há cursos com muita homofobia nas praxes como Medicina ou Engenharia, eu vi ao longo de anos e com o tempo desisti daquilo antes do último ano pois amadureci e percebi que estava errado, que a praxe tinha traços de rituais obscuros e que promovia valores errados, sob a capa do convívio. No entanto admito que nem todas as praxes são iguais.
Curiosamente, anos depois vim a saber que alguns dos grandes homofóbicos e «machos comedores de caloiras» eram apenas gays com muitos problemas mentais em relação à sua orientação. Encontrei um dos mais «agressivos» numa festa bear em Lisboa, com outros cruzei-me nas redes sociais.
Há muitos caloiros homossexuais que estão a sofrer e vivem assustados com a cultura da praxe, que deveria servir para promover valores humanitários e não práticas bárbaras.
Fica aqui o alerta.
Cláudia Soares
Nem toda a gente, infelizmente, se sente à vontade em demonstrar afecto em público.
Contudo, se todos os casais que se sentem bem com isso o fizessem decerto as reacções em geral seriam diferentes.
Há pessoas que o fazem todos os dias em cidades aparentemente mais “fechadas” e os resultados podem ser bastantes semelhantes.
As pessoas têm que se habituar ao amor!
David
Querem provar que Portugal não é homofóbico com este vídeo?
Desculpem, mas não conseguem! Fica a boa intenção, contudo.
Segundo as estatísticas, Portugal é mesmo homofóbico, e muito!
Há estudos de Universidades que o provam nomeadamente da Univ. do Minho, há também relatórios recentes da Ilga que provam este facto.
Já repararam na quantidade de mulheres assassinadas no nosso país nos últimos anos, aliás basta ver quantas já pereceram às mãos de indivíduos masculinos só este ano… e estamos a falar das Mulheres que como grupo começaram as suas reivindicações dos direitos muito mais cedo do que os gays.
Vejam o grande problema da violência doméstica no nosso país, acham que estes Homens são os que vão respeitar os gays?!
Claro que não, não é possível tal acontecer porque as suas bases educativas têm raízes machistas.
O grande problema dos portugueses é que são criados à base do machismo, as mães educam-nos assim, quando deveriam ser as mães a moldar os filhos para o respeito pela diferença.
É comum perguntar-se a um menino, quantas namoradas tem na escola, se tiver muitas todos o congratulam, acham isto normal?
No outro dia assisti a uma cena na tv em que perguntavam numa escolinha a umas meninas se achariam normal ter um menino a brincar às bonecas com elas, todas diziam que não é muito normal e que não se sentiam à vontade.
Estamos a falar de crianças de 6 anos, e todas elas já estão “chipadas” para não acharem normal o que é diferente.
Depois ouvi uma mãe que ligou a perguntar se deveria oferecer uma boneca ao filho de 8 anos uma vez que ele a pedia insistentemente; felizmente o psicólogo que respondeu deu a única e melhor resposta possível: “Dê-lhe a boneca, claro que sim, e sabe porquê? Porque isso vai desenvolver-lhe o instinto de cuidar, e mais tarde isso ser-lhe-à muito útil nas relações com os outros!”.
É na educação que todos alcançarão os essenciais direitos, se querem lutar por uma causa, é pela educação que devem começar e não pela provocação.
Quanto ao vídeo, repito, não prova nada e até oculta a verdadeira noção da realidade, que é, Portugal é homofóbico.
Anónimo
Adoro a cena do “há estudos”, mas depois não se apresenta um único estudo ou um único facto.
O que se pretendeu mostrar foi que, genericamente, ninguém se importa.
Claro que em Amesterdão ou na Chueca há homofóbicos, mas isso não faz o todo.
Quando vi isto anunciado, não achei a mínima piada ou interesse e houve quem sugerisse que eles fossem para a Cova da Moura… e eles foram.
Parabéns por terem feito uma coisa que eu não faria.
Eu
Em primeiro lugar, muitos parabéns ao Lorenzo e ao Pedro pelo trabalho desenvolvido! Gostei de ver o vídeo, foi muito giro e ainda bem que tiveram uma boa experiência. No entanto, acho que o vídeo deveria ter som. Não acredito que não tenha havido nenhum comentário desagradável ao longo dos três dias, acho quase impossível! Mas eu não sou de Lisboa, se calhar e por isso!
Gostava muito de vos perguntar uma coisa… Os olhares constantes que vos acompanharam, não vos desmotivariam um bocado se não estivessem em modo experiência social?
Sinto me muito desconfortável a dar a mão ao meu namorado na rua, não sei bem o que esperar, mas muito obrigado pelo incentivo!
uma sugestão, que tal fazerem este tipo de experiência numa esplanada por exemplo?
David
O anónimo deve fazer a sua vida entre locais gay em lisboa ou na chueca por isso o seu comentário está longe da realidade, tem a sua percepção em baixo de forma, está iludido e não ciente da realidade.
Quanto aos estudos, basta entrar em contacto com a Uni do Minho ou melhor ainda com a ILGA e eles esclarecem-no!
Ou se for por vias mais rápidas, use o google.
Anónimo
“Gays à procura de protagonismo em Lisboa”, isso sim seria o titulo certo para o artigo. Lisboa, cidade metropolitana, com cheiro típico de um urinol a campo aberto (em certas zonas), aonde há qualquer tipo de mariquice, desde do ultimo artigo chinês vindo da China, ou do último grito em tecnologia. E como não poderia ser, como estamos a falar da capital, fica a sede do governo, e partidos, e filiais de qualquer coisa. As pessoas não ligam “patavina” à vida dos outros, nem a um sem abrigo ou pedinte por que razão iriam notar os gays? Só se for algum velho do Restelo, mas dado haver agora os contentores do lixo humano, denominado de Lar para Idosos, ou qualquer tipo de eufemismo possa a ter no futuro.
João Sena
Caro Velho do Restelo (também chamado de Anónimo @ 17:09), a felicidade sincera de um casal gay, ou até o facto de Lisboa ser uma capital (sim, sou gay e Lisboeta e com muito orgulho), incomodam-no assim tanto?
Fernando
Parabéns pela inteligencia do comentário!
Anónimo
tem sim. eu sou da povoa e sei muito bem. poe te a milhas homofobico.
Anónimo
Meu caro, só me incomodam as virgens ofendidas!
Rui
“Não acredito que não tenha havido nenhum comentário desagradável ao longo dos três dias, acho quase impossível!”
Experimenta. Sugiro mesmo que experimentes.
Eu também já andei de mão dada em Lisboa de dia e de noite (agora estou solteiro *cry*) e nunca recebi nenhum comentário desagradável. Pode acontecer? Claro!
O que eu gostei do vídeo foi o facto de o casal admitir que também não costuma dar as mãos e incentivar os outros casais a andarem de mão dada se tiverem vontade.
Já agora, eu também não concordo com algumas coisas ditas no vídeo e estou longe de ser fã dos rapazes. No entanto, algumas críticas vindas de gays ao casal são bastante injustas. Eles viram os vídeos da Russia e da Ucrânia e apeteceu-lhes fazer um igual. O vídeo viralizou e é óptimo para eles se promoverem, é verdade e não tem nada de mal. Claro que o vídeo não vem provar nada e não é para levar super a sério, mas acima de tudo é um vídeo com uma mensagem e um espírito positivos.
Sem dúvida, o mais interessante tem sido analisar as reacções ao vídeo na internet. Dá para tirar muitas conclusões. Portugal não só é um país de gays enrustidos, como também de homofóbicos enrustidos.
Rui Alves
Pois, mas a mentalidade dos Portugueses ainda é muito tacanha para absorver estas coisas com naturalidade! Estudo feito revela que 76% dos homens Portugueses casados e com filhos gostariam de ter uma relação, experiência com outros homens… há muita falsidade em Portugal acerca deste assunto!
Carlos
Esse estudo vem de onde? Foi feito pela revista Maria ou por alguma universidade conceituada?
contraosazedos
Oh sr Rui Alves, 76 % dos portug querem ter exp. C/ pessoas do mm sexo?! NÃO acREDITO. Respeitoa liberdade sexual de cada um, mas enoja-me a troca de afectos em público. Façam isso em privado. Dizia uma ex-governanta: ” como querem ter direitos =s, se eles são diferentes? Se querem ser respeitados, respeitem tb os outros.
Namorado
Todos os afectos em público? Também os heterossexuais? E quando se fala em direitos lgbt (agora lgbti) fala-se de igualdade de direitos. Ou seja, não se fala em mais direitos ou querer obrigar ninguém a nada. Sejamos realistas e justos. E concordo consigo (devido ao seu nick): também sou “contra azedos”, principalmente os queijos frescos.
Cumprimentos
Marcos
De facto a iniciativa de filmar foi muito boa. Entretanto, já estive em situação de estar passeando com um amigo no Bairro Alto, com ele colocando apenas o braço meu meus ombros, e a reacção das pessoas no geral não foi assim tão positiva. Chegamos a ouvir uma três ofensas. Parece tudo muito bonito, mas Lisboa ainda não é assim de todo tão tranquila para casais gays manifestando carinho nas ruas. Mas de certo é preciso sempre coragem para mudar os conceitos.
Anónimo
isto é tudo muito bonito, mostram um video com reacções positivas e fica logo tudo contente e vivemos num mundo perfeito, só gostava que aparecesse um video com uma só parte dos grandes problemas que ainda há…
E acho de uma falta de carácter que certas pessoas ainda ganhem a vida a conta de verdadeiros problemas que existem, quanto a mim isto é um verdadeiro gozo para todos aqueles que sofrem em casa, na escola, no trabalho, na rua … (Sempre quero ver se este comentário e apagado e se também tem resposta do Lorenzo e do Pedro).
Rui
Por acaso, não tive a mesma experiência. Mesmo no bairro à noite, cheguei a andar de mão dada não tive nenhuma reação negativa. Pode ser que tenha tido sorte.
O que eu tenho a certeza é que se fosse uma pessoa trans/ não binária/etc as reações seriam muito diferentes mesmo. Uma experiência social assim teria muita curiosidade em ver. Eu já vi situações absurdas neste quesito em Lisboa.
Filipe
A violência em relação às mulheres de que fala um comentário é algo muito complexo que não está assim tanto relacionado com machismo. Em Portugal temos sim uma sociedade de machismo aparente… pois no povo português a mulher conta mais que o homem (procurem saber o que dizem os nossos psicanalistas com mais experiência clínica). A violência decorre apenas de um aspecto: num número elevado de famílias a presença do feminino na educação é elevada, a relação mãe-filho não é saudável (abundam as figuras das mães castradoras). O Jorge de Sena fala disto num extraordinário poema. E muitos desses machistas que batem em mulheres… são homossexuais enrustidos.
Portugal é ainda uma sociedade com pouca liberdade. A causa? A dinâmica familiar portuguesa. Um estrangeiro um dia perguntou-me: por que motivo as pessoas que conheço em Lisboa não gostam do que fazem? Por que trabalham por obrigação? Por que motivo os pais os obrigaram a tirar um curso contra a sua vontade?
Acrescento mais umas ideias.
Como dizia e bem Fernando Pessoa, os portugueses são provincianos. Não tenho ilusões. Há mais tolerância porque em países ricos que tentamos imitar a sociedade mudou muito. Obviamente há pessoas que sempre foram sinceras na defesa dos direitos LGBT, como Isabel Moreira, Duarte Cordeiro, Fernanda Câncio, etc. Mas o grosso dos portugueses e das elites mudaram apenas por provincianismo. Ainda há 20 anos atrás um heterossexual que se depilasse ou fosse mais vaidoso já era visto como o «pan*l*iro». Enquanto nos EUA, Reino Unido, Alemanha ou França houver tolerância e defesa dos LGBT por cá as coisas continuarão no bom caminho…
Anónimo
Gostei muito! A palavra-chave é RESPEITO!
Jorge Saraiva
Esta mediocridade de filme e os comentários aqui escritos tão tresloucadamente quanto a confusão que vos vai na mona só atesta que o mundo gay é um labirinto de emoções contraditórias.
Uma sociedade só progride e se sustenta quando consegue manter o principio mais elementar da sua génese biológica: reproduzir-se e deixar descendentes.
Um grupo que não consegue multiplicar-se estará morto em tempo de duas gerações.
Pode então considerar-se um gay como uma criatura de objectivos naturais invertidos.
Tomando o leão como exemplo de uma outra espécie animal à face da terra como o homem, verifica-se que quando há uma intrusão de um elemento de outro grupo de leões o mesmo é combatido e isolado para proteger a identidade e garantir a continuidade da espécie e que não é contaminada a partir do exterior: Pode-se chamar a isto racismo? Sim, claro que o é por uma causa maior que é a sobrevivência da espécie com os seus valores.
Na sociedade dos seres humanos passa-se o mesmo e podíamos replicar os exemplos em muitas outras comunidades animais. A aversão a algo não se educa, existe intrinsecamente dentro de nós com o propósito normal da continuidade da sociedade, por mais leis e obrigatoriedade que existam haverá sempre a repugnância por alguém que abdica de dar o seu contributo natural para promover o numero de indivíduos que após a nossa morte nos irão render…
Fiquem lá com os vossos devaneios sexuais (a que chamam orientação), andem de mão dada com quem entenderem, beijem o gajo mais barbudo que encontrarem mas… não se cheguem muito ao fogo e não provoquem os que com a sua heterossexualidade aparentam uma tolerância pacifica.
Por mim quero-vos bem longe, ainda bem que o desejo de notoriedade doentio vos vai fazendo sair do caixote e assim todos os dias vamos conhecendo mais alguns com os quais não podemos contar no projecto de renovação da sociedade.
Namorado
A sério que escreveu este comentário?
Filipe
Ora se 3 a 5% dos homens e mulheres são «homossexuais exclusivos», farão alguma diferença se 95% da população resolver não ter filhos? Acha que por 3 a 5% da população viver a sua orientação a natalidade vai cair? E sabia que há homossexuais que têm filhos? Sim as lésbicas também engravidam. E os homossexuais masculinos por vezes têm filhos biológicos por opção.
Acha que a população do planeta poderia continuar a aumentar para sempre? Acha que há recursos? É natural que a população estagne ou mesmo caia, não crê? Portugal durante séculos e séculos teve 1 milhão de habitantes, e entre guerras e pestes, secas e cheias, e a emigração maciça para o Império, nunca nos extinguimos. Acha que por 3 a 5% da população viver a sua orientação será agora que nos vamos «extinguir«?
Já agora. Sabia que os homossexuais e bissexuais foram decisivos na História? Leonardo da Vinci, diz-lhe algo? E o Infante D. Henrique? Alexandre o Grande? Miguel Ângelo? Keines? E tantos outros, numa extensa lista de escritores, reis, artistas, cientistas, músicos. Os gays podem por vezes não produzir descendência, mas deixam um legado incalculável às gerações vindouras.
Mas se lhe choca assim tanto que agora os gays vivam a sua orientação, que me diz do celibato dos padres? Que tramou Portugal há 500 anos, quem foi? Quem teve a culpa de terem abandonado o país os melhores médicos, escritores, comerciantes, a maior parte judeus sefarditas? Quem matou a dinâmica que se vivia no reinado de D. Manuel I, nas Artes e na Ciência? Não foram os padres, não foi o Vaticano, com a Inquisição? O celibato dos padres, trás algum benefício à sociedade? Também não procriam…
Você tem noção do quão ridículo é o seu comentário?
Lorenzo and Pedro
É claro que não vai ser apagado e é claro que tem resposta.
A única resposta que te podemos dar é que é uma pena que tu e tantos outros GOSTASSEM de ver mais vídeos com problemas e sangue!
Não achas que já existem muitos desse tipo?
Ódio só alimenta mais ódio. Guerra só traz mais guerra.
E fica descansado que nós não ganhamos a vida a conta de problemas. Mas podes ter a certeza que tínhamos muito mais prazer em ganhar a vida a propagar o bem e a igualdade do que o contrário.
Sê feliz, ri muito e contempla também as boas coisas da vida, como este vídeo, que demonstrou simplesmente realidade de 3 dias em Lisboa.
Dois abraços 🙂
Lorenzo and Pedro
O nosso canal de YouTube é em Inglês. Mas mesmo que fosse em Português, este vídeo é dedicado especialmente a muitos que não falam a nossa lingua, Inglês é universal e pode mudar muitas opiniões além fronteiras.
Luis
Deve-lhe de lhe faltar uma caixa cheia de parafusos no cérebro. Só pode!
Todos temos o direito à nossa opinião mas há certos comentários que mostram o ridículo que certas mentalidades deitam para fora.
Porque as palavras são preciosas, não as desperdiçarei mais por causa de alguém que vive na burrice, estupidez e mesquinhez. Santa paciência!
Vera
A quantidade de azia nestes comentários é estonteante… há bons chás pra isso!
Tanta negatividade nestes comentários porquê? Até parece que preferiam que os jovens fossem espancados… correu-lhes bem, fico contente por eles. Claro que há sempre homofobia em todo o lado. Quem deu o exemplo dos EUA e do Reino Unido como exemplos a seguir nos direitos LGBT, tentem ir de mão dada para o “Midwest” , também conhecido como “Bible Belt” ou no Reino Unido, vão para Liverpool ou Manchester andar de mão dada a ver o que acontence.
A mensagem do video foi muito positiva: sorriam!
Parece que a felicidade de uns incomoda outras pessoas… que tristeza! Isso sim é provinciano!
Senhor Jorge Saraiva: ainda bem que o temos a si para continuar a espécie do super-macho-latino. Usando o seu exemplo do mundo animal: os leões matam as crias de um outro macho para que só as dele prevaleçam e os seus genes tenham continuidade. Os leões são de facto animais territoriais. O senhor quis dizer com esse exemplo que se um gay se intrometer entre o senhor e a senhora sua esposa/namorada/companheira que o vai matar? Acho que há pouco perigo de isso acontecer. Relaxe… Por acaso, o senhor não será parente do director do Sol, não? 🙂 (pura curiosidade, mais nada)
Ben Nevins
Os Leões também apresentam comportamentos de carácter Homossexual . . E é . . Exactamente em relação às crias e à prole , para manter o Clã e propagar a Espécie.
Anónimo
Lanço um desafio a vocês os dois tentem arranjar emprego sem que o patrao seja gay e sem que seja um bar ou afins e vejam a resposta que tem. E até ia mais longe tres horas com a minha familia e viriam como não gosto de sangue e violencia mas sou realista e sem no mundo em que vivo.
A tua opçao sexual condiciona toda a tua vida tentes o que tentares e infelizmente sei que para ter a carreira que tenho e que quero manter terei sempre que me esconder.
Eu não gosto do mundo em que vivemos ao contrario do que muitos pensam mas sou realista.
Tenho dito.
Merry Alvezeras
Não me apetecia perder o meu tempo comentar este vídeo (nem este post), porque para mim não foi nenhuma novidade. No entanto, ao ver este autêntico gangbang ( metafórico de críticas destrutivas…), fiquei muito excitado, lembrei-me que também sou um ser humano e que também mereço o meu lugar ao sol e, por isso, decidi vir ajudar a bater nos ceguinhos (sr. Lorenzo & sr. Pedro) e largar a minha “biles” e o meu veneno . Então cá vai disto:
1º) Como já disse as reações do povo português às trocas de afetos entre os srs. Lorenzo e Pedro, não me espantaram. Desde os tempos remotos em que o Guilherme de Melo era o único gay que se assumia publicamente neste país, jurando, a pés juntos, jamais ter sido discriminado por isso, que fiquei firmemente convencido que esta cena da aceitação do people lgbt em Portugal se faz por sistema de quotas (há uns x% que são aceites incondicionalmente e outros 100-x% que levam na cabeça, para compensar).
Sendo assim, deste vídeo apenas se pode concluir que os srs. Lorenzo & Pedro estão do lado certo das quotas, assim como os 3 ou 4 casais gays (masculinos e femininos) que já vi de mão dada e a beijarem-se nos bicos, no Chiado e no metro (na Linha Verde, por volta da Av. de Roma) sem que isso suscitasse sequer um olhar mais fixo por parte da população. Ou isso ou então concluir que os homofóbicos só se manifestam em Portugal quando a vítima lhes parece demasiado indefesa para reagir…
E sinto-me perfeitamente à vontade para dizer isto, porque – e vou assumir publicamente – do lado errado das quotas estou eu que – apesar de ser considerado uma pessoa muito discreta e pacata – me vejo envolvido em cenas de que até Deus duvida e estão, p. ex., aquele rapaz que fazia o serviço militar lá pelo Alentejo e que se suicidou por causa do bullying homofóbico na caserna; aquela fresca moçoila que foi agredida pelo taxista lá pelo Porto (por andar a beijar a amiga no bico) e quejandos. E por quejandos refiro-me, por ex, a isto http://oarrumadinho.sapo.pt/244503.html
que embora já esteja muito datado, dá uma ideia do quanto é difícil entender a mentalidade neste país.
2º) Outra coisa que é muito difícil entender neste país é este “ser preso por ter cão e preso por não o ter”.
Muita gente – principalmente esses fulanos ativistas (ou que assim se designam) – passam a vida a queixar-se que o people lgbt português não se assume e não vai engrossar as fileiras do Gaypride lisboeta, preferindo ir ao Gaypride espanhol (coisa que, confesso, também não entendo) e outras cenas assim esquisitas. Aparece um casalinho gay português decidido a assumir-se e a fazer disso um vídeo e cai o Carmo e a Trindade, porque isto não espelha a realidade portuguesa, como se os srs. tivessem a culpa de não ter sido atacados pelo povo.
Inclusivamente são acusados de editarem o vídeo, de terem ânsias de protagonismo e de interesses económicos ocultos, como se todos nós não estivéssemos fartos de saber qual o preço deste tipo de protagonismo.
3º) As tais pessoas que acham (com alguma razão, digo eu) que este vídeo não espelha a realidade portuguesa, não têm mais nada que fazer senão tirarem-se das suas tamanquinhas e protagonizarem um vídeo que espelhe a realidade portuguesa. Eu, p. ex., só não o faço porque sou demasiado cobarde para isso (e também porque não encontro nenhum gajo sexy disposto a beijar-me no bico e a andar de mão dada comigo pela rua, tendo o pôr-do-sol por pano de fundo, mas isso agora não interessa nada…).
Sendo assim ou param as lamúrias, o pranto e o ranger de dentes (já para não falar das intriguinhas e das tentativas de assassinato de caráter) ou então tomam uma atitude, car*%#$0!!!!
Francisco Madeira
Parabéns Jorge, por ter perdido um pouco do seu tempo vindo aqui opinar neste atoleiro de comentários “abichanados”.
Assumo desde já que não os promovo e também não os tolero. Gostaria que todas as resoluções legislativas que até agora foram aprovadas em circuito fechado no sentido de estabilizar a “prática gay” viessem a ser referendados como aconteceu com a questão do aborto. Infelizmente o namoro aos 3% dos votos promovido por alguns partidos políticos levou a este estado de coisas. Espero que um dia se possa fazer esse referendo para aferir a verdadeira aceitação dos portugueses.
Estamos de facto com uma população regressiva e precisamos de quem a aumente conscientemente e não de quem se distrai egoisticamente APENAS com jogos de prazer e relações artificiais.
Alguém aqui evocou celebridades que foram uma gota no oceano do contributo da humanidade, poderiam até ter sido mais produtivos se não fossem “rabetas”, também não foram determinantes como também não serão os existentes.
O vídeo é uma inutilidade, uma autentica montra de vaidade onde duas criaturas fazem gala da sua mariquice. Não sei como e porquê apareceu em destaque no sapo, lamento não ter sido um trabalho sério.
Rui
Concordo contigo.
Anónimo
que giro, agora façam um sobre a transfobia
Anónimo
Gostar de pessoas do mesmo sexo, nada tem a ver, ser ou não ser do mesmo sexo.
O amor não tem fronteiras nenhumas.
Filipe
O seu comentário revela um fanatismo doentio.
Francisco
Sr. Saraiva
O que é que faz aqui a espiar um site de orientação LGBT? Tem alguma curiosidade (dissimulada?) sobre este domínio ou tropeçou, por acaso, no ‘Dezanove’ e foi acometido de uma vontade inopinada de ver o vídeo e de ler os comentários aqui deixados? Se é tão grande o seu desagrado, porque é que se dá ao trabalho de nos sujeitar aos seus dislates? Se nos quer tão longe, porque é que se chega tão perto?
David S
Muito boa iniciativa, foi um exemplo, e é ótimo saber que correu melhor do que outros noutros países! Não só se pretende mostrar a abertura (mais ou menos evidente) da nossa sociedade quanto à homossexualidade como ainda transmitir uma mensagem positiva de força e incentivo aos diversos casais lgbt 🙂
As reações de quem rodeia dependem de diversos fatores como o conservadorismo da sociedade, de fatores religiosos, políticos e afins; e ainda doutros mais subjetivos como a aparência do casal. No exemplo do Pedro e do Lourenzo o Lourenzo ter boa constituição física, ar masculino e 1,97m de altura permite impor respeito e impede quem está à volta de se sentir superior e com coragem para demonstrar a sua homofobia.
É natural assistir-se a diferentes reações com base nos diferentes fatores, ainda que a sociedade em que vivemos possa ser aberta! 🙂
Ben Nevins
Para a Próxima Os Rapazes . . Fazem um outro com um Zarolho, e um outro com alguém menos Branco, ou menos Alto, ou menos Sexy ! . . . Ahn ? . . Enfim ! . . .
É como quando numa discussão se deixa de ter Assunto . . E Começa-se a dizer que fulano tem o Nariz muito grande, ou a Testa muito alta, ou pouco Cabelo . . . Fútil não É ? . . .
Anónimo
ola aos dois estou vos a ver na voçe na tv e dou vos os muitos parabens eu tb sou gay e tou a 5 anos com meu companheiro nos ainda nao tivemos essa esperiencia de andar de mãos dadas nao é por as pessoas so que ainda nao ouve essa tentaçao
Orlando
Como vocês, sou gay assumido não efeminado ( isto não significa que tenha algo contra gays mais efeminados, cada um com as suas características), e já passei por uma experiência semelhante à vossa, mais concretamente em Setúbal, num transporte publico, no qual eu e o meu companheiro na altura, assumimos em público uma postura semelhante a qualquer casal apaixonado ( vulgo heterossexual), e a reação das pessoas em redor no essencial foi igualmente positiva. Alguns olhavam algo surpreendidos, outros mesmo com um olhar de simpatia, agradados possivelmente pela nossa coragem e à vontade, e outros reagiram com total indiferença. Em suma, posso afirmar que a minha experiência foi bastante positiva. Acrescento que já há vários anos que não me inibo de demonstrações de afeto com algum companheiro em público, mesmo antes da legalização do casamento gay em Portugal, e posso afirmar que nunca tive uma reação hostil. Desafio por isso todos os gays a terem coragem e frontalidade para fazerem o mesmo. A forma e a estética como o fazemos, sem exagerar obviamente, porque o que queremos não é praticar sexo em publico, nem chocar as pessoas, mas simplesmente podermos sentir-nos à vontade e confortáveis como qualquer casal heterossexual, podendo demonstrar de forma simples e equilibrada o nosso afeto em público. Teremos que ser nós a demarcar e proteger o nosso espaço e esfera pessoal para que os outros nos respeitem. Não podemos esperar que esse mesmo respeito nos seja oferecido de mão beijada. teremos que ser nós a conquistá-lo, com a nossa coragem, convicção e determinação.