Não Categorizado

Apesar das “LGBT free zones”, milhares participaram na marcha do Orgulho LGBT da Polónia

Milhares de pessoas marcharam no maior evento do Orgulho LGBT da Polónia este Sábado. 

O desfile pela igualdade foi realizado em Varsóvia, em meio a um cenário de crescente discriminação contra a comunidade LGBT do país. 

Andrzej Duda, presidente do país e da ala direita, descreveu o que ele chama de “ideologia LGBT” como sendo pior do que o comunismo, e prometeu bloquear o casamento gay e a adopção.

Embora os casais do mesmo sexo estejam proibidos de adoptar crianças enquanto casais, algumas autoridades locais têm vindo a permitir, que as pessoas candidatas à adopção o façam de forma individual, enquanto solteiros.

Mas, no início deste ano, o Ministério da Justiça do país propôs que essa abertura na lei fosse fechada, para que as pessoas LGBT fossem completamente impedidas de adoptar.

Recorde-se que em toda a Polónia, nos últimos anos dezenas de pequenas cidades aprovaram resoluções declarando-se “zonas livres de LGBT“. 

Embora as resoluções sejam simbólicas e não sejam legalmente aplicáveis, contribuíram para a opressão das pessoas LGBT no país e levaram inclusivamente a União Europeia a responder com uma resolução no início deste ano declarando toda a UE como  “Zona de Liberdade LGBTIQ”

O presidente da Câmara de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, participou na marcha e expressou o seu apoio à comunidade. “Estou aqui novamente para mostrar que sempre estaremos juntos e apoiaremos aqueles que são mais fracos, aqueles que outros tentam marginalizar ou atacar”, disse à multidão.

Colorida. Sorridente. Aberta. Para todas as pessas. Estava assim Varsóvia hoje – e que seja assim todos os dias. Obrigado! #MarchadaIgualade

 

Também o deputado polaco Michal Szczerba fez questão de se posicionar a favor dos Direitos Humanos e da Liberdade no seu país:

A Polónia que o Primeiro Ministro Kaczyński não entende. Mais e mais pessoas. Batemos recordes #MarchadaIgualade! #MarchadaLiberdade

 

Esta foi a primeira vez, desde 2019, que a marcha foi realizada, devido à pandemia de covid-19.