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Inquérito: Escolas portuguesas não combatem homofobia

O resultado é categórico. A esmagadora maioria das 1.224 pessoas que participaram no inquérito online promovido pelo dezanove.pt chumba o trabalho das escolas portuguesas no combate à homofobia, bifobia, lesbofobia e transfobia. Para 92 por cento, não existe qualquer política activa nas escolas para eliminar a discriminação em função da orientação sexual ou identidade de género. Apenas 4,5 por cento defende o trabalho das escolas nesta área.

Ainda recentemente a associação rede ex aequo escreveu ao ministro da Educação, Nuno Crato, para pedir mais atenção às questões LGBT em ambiente escolar. Em França, o governo decidiu avançar com um plano de combate à homofobia, que inclui o ensino, a começar na escola primária, sobre questões fundamentais que afectam a comunidade LGBT.

3 Comentários

  • AdA

    Buenas tardes. Disculpen escribir en Español. No hablo de la escuela, pero de los padres. Mi experiencia hasta ahora me indica que, además de la falta de combate a la homofobia, existe lo contrario: la tendencia a desprestigiarla. Situación que presencié: conversa entre niños +/- 8-10 años, nivel social: medio alto/alto, ambiente: tras acabar una aula de artes marciales. Uno de ellos dice ‘boxer’ -Otro le corrige inmediato: nao se diz, é cuecas. meu pai diz que um homem nao veste boxer nem calçoes nem slipes -Resposta: mas eu tenho boxer que minha mae comprou. -Replica: ele diz que homens só falam de cuecas, o resto ñao é homem, sao paneleiros. Saquen sus conclusiones y asocien: qué exige este tipo de padre a los maestros de sus hijos? Dejo la reflexión. Un fuerte abrazo.

  • Fred

    Como é relativamente fácil de constatar, os esforços de combate à homofobia demoram gerações a surtir efeito generalizado. Será necessário deixar morrer a geração que está agora a entrar na reforma para poder fazer uma análise eficaz, visto que muitas atitudes preconceituosas são fruto da educação infantil e juvenil e do meio social. Espera-se no entanto que os filhos tenham cada vez menos tendências extremistas, salvo as típicas da idade (que cada vez é até mais tarde, por excesso de zelo e falta de jeito).

  • Pereira

    Enquanto na escola não se falar do tema homossexualidade e afins sem tabús, vai continuar a haver marginalização e violência contra os miúdos nas escolas.
    É uma pena que não se fale e promova o respeito pela diversidade. A escola que deveria ser um lugar seguro e de formação começa por ser o cenário do medo e da violência que depois se repercute nos anos seguintes.

    Já está mais do que na hora de termos uma sociedade melhor, pensem e actuem se concordam.