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O vídeo da maior Marcha do Orgulho LGBTI de sempre em Portugal

“Celebrar as diferenças, transcender o género” era o mote da tarde de Sábado em Lisboa, pelo menos para os defensores dos Direitos LGBTI. O apelo vindo das 21 associações e colectivos que compõem a organização da Marcha do Orgulho LGBTI de Lisboa, o anúncio da presença de figuras públicas, como o músico Zé Manel, de alguns políticos e membros do corpo diplomático, como o caso do Embaixador dos EUA, parece ter resultado.

Nas ruas de Lisboa estiveram milhares de manifestantes que celebraram a revolta de Stonewall, mas também traziam na memória o recente ataque à discoteca Pulse em Orlando.

Entre outras razões para celebrar estavam a recente aprovação da lei de acesso à procriação medicamente assistida ou a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.

No arranque da Marcha as expectativas apontavam para um número acima das 5000 pessoas  segundo declarações de Alice Cunha, da organização da MOL, a uma estação de televisão. Apesar de não terem sido divulgados números oficiais, a opinião dos manifestantes é unânime e os registos fotográficos não deixam margens para dúvidas: Esta foi a maior Marcha do Orgulho LGBTI realizada em Lisboa.

Marcha do Orgulho LGBTI de Lisboa 2016 - Foto de Pedro Lima

Marcha do Orgulho LGBTI de Lisboa 2016 - Foto de Pedro Lima

Longe dos números de manifestantes de outras capitais europeias, Lisboa parece estar a encontrar a sua própria identidade no que respeita à marcha que se iniciou há 17 anos, com muito menos visibilidade e num contexto legislativo bastante diminuto, omisso e discriminatório.

Fotos da 1ª edição da Marcha do Orgulho Gay e Lésbico de Lisboa (2000):

Créditos: Facebook Arraial Pride

 

Recorde-se que actualmente Portugal ocupa o 4.º lugar no ranking europeu de Direitos LGBTI, da responsabilidade da associação ILGA Europe.

A próxima Marcha do Orgulho LGBT é já dia 2 de Julho na cidade do Porto. Segue-se Braga a 9 de Julho.

 

Vê o vídeo da Marcha do Orgulho LGBTI de Lisboa em HD:

 

Créditos do vídeo: Miguel Rodrigues
Fotos: Pedro Lima. Mais fotos aqui

3 Comentários

  • Anónimo

    Má nota para a organização que deixou o carro de um bar gay do Bairro Alto “penetrar” na marcha e que sob a bandeira do activismo andou a fazer publicidade.

    Se lhes fossem perguntar quem é o 1º ministro, a resposta não seria diferente da de Lorenzos e Pedros.

  • João Miguel Gomes Delgado

    Foi uma excelente marcha do orgulho LGBTI.

    Para além de ter sido a maior de sempre, facto muito importante para dar mais força e visibilidade ao movimento LGBTI, e para desmontar ainda mais a grande diversidade e pessoas que existe.

    Foi também muito importante ter o nosso governo e a camara de Lisboa representados na marcha, dando a cara e comprometendo-se com a nossa causa e com a nossa luta

    Também foi bom ver representados alguns estabelecimentos/festa LGBTI dando a usa voz na luta pelos nossos direitos, seria bom que fossem mais para o ano.

    Também seria bom ver representados na marcha organização, que apesar de não serem organizações específicas para LGBTI estas podem ter um papel muito importante na luta e no combate a descriminação contra LGBTI. Falo por exemplo de orientações sindicais, associações de estudantes, comissões e protecções de jovens e idosos, etc

    Continua-se a lamentar a ausência de representação de organizações que usam o movimento LGBTI como forma de promoção pessoal, e que até consumam ir ao arraial e andarem-se a promover dentro da população LGBTI com a postura de “heróis”, quando depois falham mais uma vez, em dar voz e cara na luta pelos direitos das pessoas LGBTI, tal como fizerem as milhares de pessoas que foram a marcha. Esperemos que a população LGBTI saiba reagir da mesmo forma que tem reagido a situações semelhante que ocorreram muito recentemente e esperemos que esta perceba, que ser-se “herói” é muito mais do que trazer medalhas e andar despido para calendários, etc. Existe muita gente que trabalha bastante para a nossa causa e com resultado visíveis e que afectam as nossa vidas, sem no entanto terem o devido reconhecimento. É bom que se percebam bem quem realmente esta do nosso lado, e que realmente esta a lutar por nos.

  • Fgedegico Uauande

    Não são com com certeza os bares e discotecas gay que aparecem por activismo desinteressado.
    Aparecem com um só interesse que é o de facturar.
    Quem disser ou pensar o contrário é ingénuo.