Candidatos e candidatas que lutam ao nosso lado pelos Direitos LGBTI+
A poucos dias das eleições deixamos-te uma lista de candidatos e candidatas a deputados e deputadas de vários partidos, e de Norte a Sul do país, que têm lutado pelos Direitos das Pessoas LGBTI+. Fica a conhecê-los aqui:
André Moz Caldas - Ocupa o 21º lugar nas listas do PS por Lisboa. Em 2020, o então secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, em admitiu publicamente ser "o primeiro membro do Governo casado com uma pessoa do mesmo sexo".
Bárbara Ribeiro é estudante de sociologia, activista pelos Direitos Humanos, incluindo a defesa dos direitos trans, da integridade da comunidade LGBTQIA+, das pessoas com mobilidade reduzida, das mulheres e homens vítimas de violência doméstica. Afirma ser uma mulher trans e travesti. É a candidata nº7 pelo círculo eleitoral de Setúbal pelo Livre. "A determinação de ganhar um lugar no parlamento e falar por todxs é algo que ambiciono para o meu futuro. Poder visualizar um futuro trans na Assembleia da República representando todas aquelas que, por momentos na vida, não puderam sonhar em serem realmente defendidas, e aqui estou eu a dar a cara por todxs vocês!" afirmou ao dezanove.pt
Beatriz Realinho é Licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais e dirigente do Bloco de Esquerda Guarda. Activista pelos direitos LGBTQIA+ e feminista, pronuncia-se contra o conservadorismo, sobre a libertação feminina, a emergência climática e a importância de desenvolver o interior. É co-autora do podcast 2 Feministas 1 Patriarcado.
Bernardo Marta é licenciado em Gestão, mestre em Marketing e mestrando em Filosofia Política. A sua acção política foca-se na interligação e valorização de todas as lutas por justiça social. É feminista queer, ecologista, socialista libertário e federalista europeu. É co-coordenador do Grupo de Discussão de Direitos LGBTQIA+ do Livre. Responsável pela introdução de diversos pontos no programa, nomeadamente o direito a férias pagas em contexto de estágio, a prossecução de uma política externa feminista, alterar o campo "sexo" para "género" no Cartão de Cidadão e permitir que pessoas intersexo possam deixar esse mesmo campo em branco. Ocupa o 11.º lugar no círculo do Porto
Bruno Maia é neurologista e activista, actualmente é dirigente do Bloco de Esquerda no distrito de Braga. Como profissional médico, exerce funções na Unidade Neuro Crítica de Cuidados Intensivos do CHULC e exerce o cargo de Coordenador Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos. Assumidamente gay e defensor de diversas causas, incluindo a descriminalização da morte assistida e a legalização da cannabis. Foi um dos organizadores da primeira Marcha do Orgulho LGBTI+ no Porto, em 2006 e um dos rostos pelo acesso à PREP em Portugal. É o primeiro na lista do BE pelo distrito de Braga.
Carlos Reis dos Santos é jurista e pertence à distrital de Lisboa do Partido Social Democrata (PSD). Teve um papel importante na aprovação do plano LGBTI+ pela Assembleia Municipal de Lisboa, enfatizando a aliança entre o centro-direita e a população LGBTQIAP+. Em 2010 integrou a primeira equipa de rugby inclusivo alguma vez criada em Portugal, os Dark Horses, da associação Boys Just Wanna Have Fun, actual All Together 4 Sports. Em 2014 criticou negativamente a forma como a então Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, lidou com a questão da co-adopção no Parlamento. É uma voz de Direita na defesa dos Direitos das pessoas LGBTI+. Ocupa o 17º lugar na lista da AD por Lisboa.
Celme Tavares, licenciada em Ciências da Comunicação e mestre em Comunicação Multimédia é dirigente do Bloco de Esquerda (BE) em Aveiro. Activista pelos direitos LGBTQIA+ e feminista, foi fundadora do Colectivo Aveiro Sem Armários e da Marcha LGBTI+ em Aveiro, participando na sua organização desde a primeira edição em 2019. Ocupa o 14º lugar na lista do BE por Aveiro.
Débora Ribeiro é fundadora e dirigente da associação Queer Tropical. Concorre como independente pelo Porto, ocupando o 19º lugar nas listas do Bloco de Esquerda. A Queer Tropical foi a primeira ONG formalizada a criada por e para pessoas brasileiras LGBTQIAP+ com o objectivo de facilitar e apoiar a sua integração em Portugal.
Dori Nigro tem 35 anos, é artista performer e educador. É natural do Recife (Brasil) e candidato independente nas listas do Bloco de Esquerda ocupando o 28º lugar. Em 2023 viu peças da sua exposição no Centro Hospitalar do Conde de Ferreira (CHCF) serem retiradas pela Misericórdia do Porto que tutela o espaço. A exposição conjunta com Paulo Pinto denunciava o esclavagismo do Conde de Ferreira. A Misericória apenas deixou expostas partes que não continham referências explícitas às reconhecidas práticas esclavagistas do patrono do hospital. Apresentou obras no Queer Porto e DDD.
Fábio C. Ventura tem 29 anos e é o 7º candidato pelo Livre em Leiria. Em 2021 entrou para o grupo de trabalho LGBTQIA+ do Livre, responsável por debater os problemas e soluções que afectam a comunidade, e que depois se traduzem em propostas do partido, quer na AR, quer no seu programa eleitoral. A medida, já em vigor, para que mais colaborou foi a da criminalização das práticas de conversão. Participa activamente nas marchas de Lisboa e de Leiria.
Fabíola Cardoso - Lésbica, com um filho e uma filha, Fabíola Neto Cardoso nasceu em Lubango, Angola, em 1972. Cresceu em Castelo Branco, para onde recentemente se mudou, após mais de duas décadas a viver em Santarém. Em 2019 foi eleita deputada na Assembleia da República pelo distrito de Santarém. Foi co-fundadora do Clube Safo, uma organização de defesa dos direitos das mulheres lésbicas portuguesas, criado em Aveiro, em 1996, sendo oficializado em Santarém, no ano de 2002. Foi, igualmente, co-fundadora da Marcha do Orgulho de Santarém, em 2019. Actualmente, integra a lista de Castelo Branco pelo Bloco de Esquerda.
Paulo Muacho, advogado e candidato do Partido Livre por Setúbal, é actualmente o coordenador da equipa do Livre na Câmara Municipal de Lisboa. Na sua candidatura, alerta para os perigos da ascensão de uma extrema-direita racista e xenofóbica e reforça o compromisso com os direitos LGBTQIA+, com a igualdade de género e com a eliminação de desigualdades sociais.
Pedro Delgado Alves. Está em 5º lugar na distrital do PS em Lisboa. Nome associado à aprovação da lei da co-adopção e adopção em Portugal. Em 2015, através do seu trabalho de deputado, foi um dos proponentes do projecto-lei que passou a consagrar o 17 de Maio como o Dia Nacional Contra a Homofobia e Transfobia em Portugal, na sequência de uma petição lançada pelo dezanove.pt dois anos antes.
Pedro Fidalgo Marques é o número 3 do Livre em Lisboa. Tem defendido os direiros LGBTI+ tanto internamente apresentando moções nos vários órgãos, nomeadamente a moção sectorial “Os direitos LGBTQI+ são universais” apresentada no último congresso nacional, como tem sido uma voz activa em vários debates e eventos pelos direitos LGBTI.
Pedro Mendonça é o cabeça de lista do Livre por Santarém. É gestor cultural e assessor de comunicação política. Membro da Assembleia e ex-porta-voz do LIVRE. Em 2021 defendeu que "ainda há muito para fazer" ao nível dos direitos das pessoas LBTQI+, alertando para episódios de discriminação e lamentando que os Censos 2021 tenham sido "uma oportunidade perdida" para corrigir a "invisibilidade sistemática" destas pessoas.
Pedro Miguel Santos é designer gráfico de profissão e candidato do partido Livre por Leiria. Os direitos LGBTQIA+ estão no cerne da sua actuação política, juntamente com a justiça social e ambiental.
Telmo Julião tem 34 anos e é Product Designer e 1.º suplente na lista do LIVRE pelo Círculo de Lisboa. Fundador e ex-dirigente de uma associação juvenil cultural, activista pelos direitos LGTBQI+, tem como prioridades os direitos humanos, a sustentabilidade ambiental e a justiça social.
Teresa Mota é membro do Livre, co-porta-voz do partido e membro do Grupo de Contacto. Neste momento candidata-se como cabeça-de-lista no círculo eleitoral de Braga. "É intransigente na sua defesa dos direitos LGBTQIA+ porque estes são direitos humanos." Em termos de trabalho político esteve na direcção do LIVRE durante quatro anos, contribuindo para a feitura de programas eleitorais.
Tiago Resende é portuense, a residir em Viseu. Administrador do site Cinema Sétima Arte e activista na Plataforma Já Marchavas, responsável pela 1ª Marcha Marcha LGBTI+ de Viseu, em 2018. É candidato pelo Bloco de Esquerda, em 3º lugar pelo círculo de Viseu.
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