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Mais diversidade no Parlamento – e a entrada da extrema-direita

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O PS foi o partido mais votado nas eleições legislativas, recolhendo 36,65 por cento dos votos. Na noite eleitoral deste domingo houve vários aspectos relacionados com as questões da diversidade que merecem destaque.

 

Visibilidade LGBTI. O Bloco de Esquerda elegeu 19 deputados, com 9,67 por cento dos votos. Para a bancada bloquista entra Fabíola Cardoso, nome histórico do activismo LGBTI e cabeça de lista pelo Bloco pelo distrito de Santarém, que foi eleita. Os deputados que já tinham declarado publicamente a sua orientação sexual Sandra Cunha (BE) e Alexandre Quintanilha (PS) renovaram os mandatos. Graça Fonseca, até aqui ministra da Cultura, entra no Parlamento, tendo sido eleita pela lista do PS de Lisboa. Bruno Maia (BE), uma das vozes mais activas pela implementação da PrEP em Portugal, não conseguiu ser eleito pelo Porto. 

 

Mais mulheres. Em 2015 foram eleitas 76 deputadas, desta vez foram 86. Destaque ainda para três mulheres afro-descendentes que entram no Parlamento: Joacine Katar Moreira (Livre), Beatriz Gomes Dias (Bloco de Esquerda) e Romualda Fernandes (PS).

 

Sai Heloísa. Heloísa Apolónia (Os Verdes) não conseguiu ser eleita pelo círculo eleitoral de Leiria, onde encabeçava a lista da CDU. Ao fim de 24 anos sai do Parlamento, onde, por várias vezes, foi uma voz activa na defesa dos direitos LGBTI. Outros nomes como Isabel Moreira (PS) ou José Soeiro (BE) foram reeleitos.

 

Três novos partidos. Chega, Iniciativa Liberal e Livre elegeram um deputado por partido. O Iniciativa Liberal (direita liberal) e Livre (esquerda ecológica europeia) têm estado presentes na Marcha do Orgulho LGBTI de Lisboa, tendo o Livre uma agenda mais comprometida com esta área. Já o Chega representa a entrada da extrema-direita no Parlamento português, pelo que é de esperar que se transforme numa voz contra os direitos das pessoas LGBTI e que defenda publicamente a revogação de vários direitos em prol da igualdade de género e da não-discriminação em função da orientação sexual. 

 

Nova liderança no CDS. O CDS-PP, com 4,25 por cento dos votos ficou reduzido a um grupo parlamentar de cinco deputados. Assunção Cristas apresentou a demissão da presidência do partido este domingo à noite. Abel Matos Santos, o psicólogo clínico que com frequência ataca as pessoas LGBTI, já anunciou que vai candidatar-se à presidência do CDS.