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Papa Francisco recebe pintura de Barahona Possollo

A Junta de Freguesia de Santo António, em Lisboa, organizou esta semana uma viagem a Roma para 50 fregueses. Na bagagem levaram um quadro de Santo António, assinado por Carlos Barahona Possollo.

Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Barahona Possollo nasceu em Lisboa em 1967. Não é a primeira vez que tem trabalhos seus no Vaticano. Recentemente foi também o pintor escolhido para retratar Cavaco Silva.

Em 2013 o pintor português foi o autor da  exposição “All you can eat”, que remetia para a desmesura e para o excesso, onde os tradicionais sete sabores (ácido, amargo, doce, picante, salgado, metálico e umami) eram o mote, explorando a língua como órgão sexual, através de uma pornografia renascentista (mais ou menos) explícita. “All you can eat” foi considerada a Exposição do Ano nos prémios 2013.

“Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, em particular os cidadãos lisboetas de Santo António, guiados pelo Presidente da Junta de Freguesia […]”, foi a mensagem deixada pelo Papa Francisco ao grupo de Santo António. A comitiva da Junta de Freguesia, presidida por Vasco Morgado, levou ainda uma imagem de Santo António datada do séc. XVII, que foi abençoada pelo Papa Francisco. 

 

Fotos: Facebook de Carlos Barahona Possollo

 

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2 Comentários

  • Anónimo

    Imagino a satisfação do Papa ao receber tão bela pintura… que acabou de destruir o meu imaginário do Sto António.
    Nunca mais vou comer uma sardinha em Alfama sem que me assalte a memória um senhor com um tufo na careca e com um marmanjo ao colo.
    Muito obrigadinho Dezanove!

  • Anónimo

    Numa relação amorosa e sempre assumida entre as coordenadas líricas de um Mundo íntimo e maravilhoso, por um lado, e uma realidade invasora, hóstil e condenatória em relação à Homossexualidade provocatória, manifestada por parte da Sociedade retrógada em que vivemos — sempre “agarrada” a tabus –, a Obra de Feição Realista do Artista Barahoma Possollo, não é mais do que um imaginário fantástico e surreal em termos de proposta pictórica. Pensamos tratar-se de uma Metáfora dos Medos e Fantasmas Contemporâneos no meio dos quais o Homem perde, por assim dizer, a sua face, para se tornar uma espécie de caricatura de se próprio e de toda uma Civilização, o que está bem patente na sua versão de um abraço amoroso ou de urm beijo reduzido à imagem de um enlace a vermelho e negro, que não é m,ais do que a Paixão representada sob o Signo do Drama. Obra densa, por vezes inigmática e cheia de cumplicidade e segredos, por isso mesmo acolhida no seio de uma Natureza benfazeja e reservada, muitas vezes cúmplice proporcionadora desta espécie de Cântico à Harmonia possível de Amar quem merece ser amado, independentemente das vozes de Burro que não chegam aos Céus…

    Afonso Almeida Brandão
    Jornalista e Critico de Arte