Bullying e cyberbullying: Estás a ser alvo de homofobia, bifobia ou transfobia? – O que fazer?
Temos assistido a um número crescente de notícias sobre bullying tanto físico como online que tem por alvo pessoas LGBTI+.
Nas últimas semanas demos a conhecer casos graves de violência como o do Ruan Nunes no Reino Unido ou do jovem que foi atropelado na N10-2 no Seixal ainda ataques online ao actor Manuel Moreira ou à gestora Helena Ferro de Gouveia.
Mas muitos outros casos chegam-nos através das redes sociais, como foi o que aconteceu a um casal de namoradas no Arco do Cego, em Lisboa, e espoletou protestos e um beijaço naquele jardim uns dias depois.
Ou ainda os casos da Raquel e Liliana, do Marco Filipe e da Jéssica ou da Stefani Duvet - pessoas atacadas em Portugal por se expressarem fora do que é considerado a norma:
Mesmo em Portugal alguns casos chegam mesmo ao limite e acabam em morte como aconteceu com a Catarina Gonçalves ou com a Angelita Correia, embora aqui ainda permaneça a dúvida sobre a causa da morte.
Embora já não se trate só de bullying, mas crimes de ódio motivados por homofobia ou transfobia, também não esquecemos casos muito graves que recentemente ocorreram lá fora. Esta semana foi o Samuel na Galiza, linchado por um grupo de pessoas que lhe chamavam "maricón". E infelizmente houve mais em Angola, Letónia, Irão ou Brasil com o Lindolfo e a Roberta.
São tantos e tão diários que nunca sabemos como vai ser o dia seguinte, mas há algo que garantimos: temos mais força do que imaginas! Há sempre algo que podes fazer por ti ou pelas outras pessoas!
Apesar de as situações serem tão diversas e únicas como cada pessoa e não haver uma receita ideal que possa ensinar a lidar com todos estes tipos de abuso, tentamos aqui fazer um pequeno resumo com meia dúzia de sugestões sobre a melhor forma de proceder:
- Trabalhar a autoconsciência e a autoestima- (Haters gonna hate): não há nada de errado em ti!
- Não te dês ao trabalho de responder e alimentar ódio (Do not feed the trolls)
- Bloquear / Denunciar (usa essa função mais vezes: vai ajudar!)
- Apresentar sempre queixa às autoridades competentes (escola / polícia)
- Procura o apoio da comunidade! (vê a lista de contactos úteis das associações LGBTI+ abaixo): Não estás sozinh 🏳️🌈!
- Reporta o teu caso aos Observatórios existentes, como é o caso do Observatório da Educação LGBT da rede ex aequo; do Observatório Nacional do Bullying da associação Plano i, o Observatório da discriminação contra pessoas LGBTI+ da ILGA Portugal ou ainda o formulário da UNIFORM. Não importa qual escolhes, importa sim registar o que te aconteceu!
👉Ficar em silêncio não é uma opção. Pede ajuda! E faz parar o ódio. Denuncia!