Portugueses dizem que há discriminação contra LGBT e não lidam bem em tê-los como políticos
A orientação sexual e a deficiência são os principais motivos para discriminação em Portugal. Os dados são do Eurobarómetro, da União Europeia, que acaba de ser divulgado. Dos portugueses inquiridos, 55% apontou estes dois factores como as razões mais comuns para a discriminação no país. A origem étnica recolhe 53%, enquanto a identidade de género regista 50%. Mais abaixo surgem outros factores: ter mais de 55 anos (48%), a religião (26%) o sexo (25%) ou ter menos de 30 anos (10%).
Outro sinal de que os portugueses continuam a viver mal com a orientação sexual e identidade de género prende-se com o cenário de um político nacional assumidamente homossexual ou transexual. Nesta pesquisa foi pedido aos inquiridos para atribuírem um valor à possibilidade de terem um político gay, em que 1 significava "totalmente desconfortável" e 10 "totalmente confortável".
O cenário de ter uma mulher como líder política nacional recolhe um índice de aprovação de 7,9, um pessoa com deficiência 7,1 e uma pessoa com uma religião diferente da maioria da população chega aos 7. Uma pessoa de uma étnica diferente da maioria tem um índice de 6,5. Com menor aprovação surgem o cenário de ter um líder homossexual (5,7) ou transexual (5,5). Curiosamente, para 60 por cento dos participantes, as políticas públicas de combate à discriminação são pouco ou nada eficazes.