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Cinema queer na transição para a democracia em Espanha, em ciclo no Batalha, no Porto

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A libertação sexual e afectiva das pessoas LGBTI+ no país vizinho começa com o final da ditadura franquista em 1975. Em Maio, o Batalha Centro de Cinema promove um ciclo dedicado a esse período histórico e nós recomendamos-te três filmes de temática queer. A activista trans Jó Bernardo e a jornalista espanhola Valeria Vegas estarão à conversa numa das sessões.

El Futuro Ya No Está Aquí: Da euforia à desilusão na Movida e Transição Espanhola (1975–1986)” é o nome do ciclo que começou hoje, dia 6 de Maio, no Batalha Centro de Cinema, no Porto. Com a morte de Francisco Franco em 1975, começará o desmantelamento do estado ditatorial fascista e a transição para um regime democrático. Os ventos de liberdade inspiraram uma radical mudança social, onde tudo aquilo que o antigo aparelho político reprimia passará a ser celebrado como uma fiesta:

«Música, moda, novas formas de expressão, também a nível sexual, criatividade e transgressão. Drogas, excessos, desilusão e morte. Durante um período de pouco mais de dez anos, uma nova geração atravessou toda esta euforia, num estado de êxtase tanto na Movida madrilena como em toda a Espanha».

Na sétima arte, esse movimento ganhou o nome de “cine quinqui”. Pela primeira vez, são retratados no ecrã aqueles que, pela sua orientação sexual ou identidade de género, eram tidos por degenerados pelo anterior regime. Ainda que não cheguem logo ao grande público espanhol, as pessoas queer fazem a sua primeira aparição no cinema, pela mão de realizadores que se tornarão tão célebres como Pedro Almodovar. 

São três as sugestões de filmes que te deixamos para este ciclo:

Los Placeres Ocultos, de Eloy de la Iglesia | 14 Mai - 17h15 | 20 Mai - 17h15

Vestida de azul, de Antonio Giménez Rico | 18 Mai - 19h15 | sessão seguida de conversa com Valeria Vegas e Jó Bernardo

Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón, de Pedro Almodovar | 27 Mai - 21h15 | 31 Mai - 15h15

 

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“Vestidas de azul” (1983), filme pioneiro na visibilidade trans no cinema espanhol

 

Pedro Leitão