Homossexuais Católicos: “Assistimos a um fenómeno preocupante. Quem expressa uma opinião contrária à nossa é necessariamente homofóbico”
A Associação Rumos Novos - Homossexuais Católicos descreve como “infeliz” a forma como a psicóloga Maria José Vilaça se referiu à homossexualidade, no entanto, destaca como positivo o apelo da presidente da Associação dos Psicólogos Católicos para que os pais aceitem os filhos.
“Não concordando com parte do conteúdo e achando infeliz o exemplo encontrado, notamos o apelo ao acolhimento e amor dos pais por qualquer filho ou filha que seja homossexual, ainda que não concordando estes com essa mesma orientação sexual. Parece-nos ser este o caminho a seguir: amar e acolher genuinamente”, refere José Leote, coordenador nacional da Rumos Novos, em nota publicada no site da associação. “Percebemos que o exemplo encontrado, ainda que muito infeliz, mais não pretendeu do que sublinhar aquela necessidade de amor e acolhimento”, refere.
Na mesma nota, a associação defende, a propósito deste caso, que está a banaliza-se o uso da palavra homofobia. “Assistimos a um fenómeno curioso e preocupante, que, infelizmente, se tem vindo a acentuar nos últimos tempos, de que quem expressa uma opinião contrária à nossa é necessariamente homofóbico. Por outras palavras, queremos rotular de homofóbica toda a pessoa que discorda de nós, que tem uma opinião diversa sobre a homossexualidade, mesmo que não incite ao ódio contra quem quer que seja”.
Recorde-se que em declarações à revista Família Cristã, Maria José Vilaça, afirmou: "Eu aceito o meu filho, amo-o se calhar até mais, porque sei que ele vive de uma forma que eu sei que não é natural e que o faz sofrer. É como ter um filho toxicodependente, não vou dizer que é bom". Depois das declarações serem conhecidas, sucederam-se as críticas, levando até a Ordem dos Psicólogos a pronunciar-se.