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Rio de Janeiro quer tornar-se a capital do turismo gay

O Rio de Janeiro celebrou entre 28 de Junho e 3 de Julho a “primeira semana carioca da diversidade”, que contou com a participação de cantores, actores e desportistas famosos. Lea T, a modelo transexual foi escolhida para abrir o evento. A semana da diversidade pretendeu celebrar as diferenças culturais e étnicas do Rio e é, ao mesmo tempo, uma tentativa de posicionar esta cidade no mapa como capital mundial do turismo gay.

Eduardo Paes, prefeito da cidade, declarou: “O Rio é uma cidade sem preconceito. É uma cidade aberta, que aceita tudo de braços abertos”.

Recentemente têm vindo a ocorrer uma série de iniciativas gay-friendly no Rio de Janeiro, desde cursos para travestis, a programas anti-bullying e até nova legislação que proíbe a discriminação nos clubes nocturnos da cidade.

Em Fevereiro passado, o estilista Carlos Tufvesson foi escolhido pelo prefeito da cidade para encabeçar o recém-criado Secretariado da Diversidade. Tufvesson considera que o Rio não é apenas “a cidade mais sexy do mundo”, mas também um local onde a tolerância é natural. E rematou “penso que qualquer pessoa que queira ganhar dinheiro basta abrir qualquer tipo de estabelecimento gay-friendly. Existe uma enorme procura por este mercado. O Rio de Janeiro já faz parte do calendário gay.”

No entanto, a resistência à posição progressista do governo já se fez sentir entre a direita religiosa. Em Junho um membro católico do parlamento mostrou-se contra a legislação que criminaliza a discriminação, dizendo: “Se somos todos iguais com os mesmos direitos, eu quero ter o direito de não ter um empregado homossexual na minha companhia”. Estas declarações foram condenadas por outros políticos que o pressionaram a pedir desculpa em público.

Silas Malafaia, um evangélico proeminente no Brasil, distribuiu 600 posters pela cidade com a mensagem: “Em defesa da família e pela preservação do ser humano: Deus fez o homem e a mulher”.

Contudo, a irritação causada por tais actividades é compensada pelo trabalho que o governo tem feito em apoiar os direitos dos homossexuais. “É incrível que o Brasil -  considerado por muitos um país do terceiro mundo – está a fazer algo que poucos países desenvolvidos fizeram”, declarou Lea T na abertura da semana da diversidade que foi lançada apenas algumas semanas após o governo ter organizado “o maior 'casamento' homossexual do mundo” no qual participaram 50 casais, ao som da música New York, New York interpretada por Jane Di Castro, uma das travestis mais famosas do Rio.

Lúcia Vieira