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Pedro Zerolo (1960-2015)

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Faleceu esta madrugada um dos mais destacados activistas do movimento de defesa das pessoas LGBT em Espanha. Pedro Zerolo morreu aos 54 anos na sua casa, em Madrid, vítima de cancro no pâncreas.  

O também dirigente do PSOE tinha anunciado que padecia da doença há um ano e meio. Na altura, Pedro Zerolo declarou que pretendia "lutar contra a doença" e continuar com o seu "trabalho público ao serviço da  cidadania madrilena" e com o seu "activismo social". Zerolo foi o número três na lista dos socialistas do PSOE nas eleições da comunidade autónoma de Madrid no passado mês de Maio. 

Nascido em 1960 na Venezuela foi um dos militantes pela defesa dos direitos da comunidade homossexual e transexual no país vizinho.  Pedro Zerolo foi presidente da FELGTB (Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais) de 1997 a 2003 e um dos responsáveis pela aglutinação do movimento associativo LGBT em Espanha. Zerolo promoveu a luta pelo casamento igualitário, sem renúncias, e o reconhecimento da dignidade das pessoas transexuais. Numa das suas últimas entrevistas mostrava-se surpreendido com o carinho que recebeu dos cidadãos anónimos depois de revelar que tinha cancro. "O medo vence-se com tranquilidade e sentes que a vida está contigo", referiu então.

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Foi capa da extinta revista Zero e uma dos primeiros a casar com uma pessoa do mesmo sexo em Espanha. Zerolo definia-se no Twitter como "activista socialista, republicano, laico, feminista, ateu, migrante, federalista, lgtb, latino, advogado, político em Madrid, secretário movimentos sociais do PSOE". O seu último tweet foi precisamente a defender uma mulher vítima de violência de género. Hoje às 19 horas vai realizar-se uma homenagem em memória de Pedro Zerolo, em pleno centro do bairro gay de Madrid, na praça Chueca.

 

Paulo Monteiro