Dessas vinte e sete marchas, seis realizam-se pela primeira vez. Chaves, Santo Tirso, Ovar, Felgueiras, Évora e ainda Peniche que já realizou a sua marcha no passado dia 3 de Junho. Foi uma marcha aberta a todas as pessoas defensoras da igualdade organizada pelo Clube dos Direitos Humanos. 

É uma estreia para Évora! Esta sexta 16 de Junho a Praça do Giraldo verá bandeiras do arco-íris e faixas reivindicativas por um Alentejo menos discriminatório e isolado para as pessoas LGBTI+.

No mesmo dia que a Marcha de Lisboa, no dia 17 de Junho, a cidade de Chaves verá a sua primeira marcha sair às ruas. Para a organização, “a Chaves Comunitária foi criada com o intuito de mostrar que nesta cidade termal jorram também vozes activas, que não se deixam amedrontar pela desertificação e envelhecimento populacional". A organização composta por jovens activistas afirma: "Queremos mudar mentalidades, expandir horizontes além das montanhas que nos circundam, sempre lado-a-lado com a comunidade. O Pride de 17 de Junho, que já há muito ansiávamos, foi a materialização mais ousada desses desejos.”

Em Santo Tirso no Norte do país é a vez desta cidade se juntar ao rol de cidades cujas marchas estão a ser impulsionadas pelo recém criado Movimento Humanamente (ex-GAPQ). Será a 15 de Julho. 

A 22 de Julho, vai acontecer a 1ª Marcha LGBTIQA+ de Ovar, cidade esta, que, segundo a organização, gosta de empurrar as pessoas para dentro do armário. “Sofremos assédio e discriminação na rua, nas escolas, no meio profissional e nos locais de cuidados médicos. Através da Marcha vai-nos ser possível mostrar a Ovar que nós existimos, que queremos ficar na cidade onde crescemos e ser felizes! Em várias situações saímos da cidade à procura de um sítio onde possamos ser visíveis sem sermos atacados”, dizem ao dezanove.pt.

A 29 de Julho também se vai fazer história, em Felgueiras. “Vamos mostrar as nossas cores, a nossa garra, a nossa vontade de lutar. Acreditamos que uma mudança em Felgueiras é possível”, conta-nos a organização. 

Por último, jovens activistas de Tomar ainda anunciaram a intenção de uma primeira marcha para este ano, mas foram forçados a cancelar por falta de capacidade organizativa.   

As lutas, cores e reivindicações, este ano chegarão a muitos sítios, do litoral ao interior, da cidade maior à mais pequena, mas sempre com o mesmo mote: por direitos iguais na sociedade, por equidade e visibilidade para todas as pessoas.  

Nota: A marcha de Santo Tirso foi adiada para 5 de Agosto.

Jéssica Vassalo (ela/dela, she/her) 

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Artigo actualizado a 17.06 com o último parágrafo relativamente à alteração de data da marcha de Santo Tirso.