Grupos LGBT exigem combate aos crimes de ódio após ataque na Baixa de Lisboa
Um grupo de 10 pessoas, "aparentando ser skinheads", atacou as pessoas que se encontravam à porta da discoteca Ponto G (Lisboa), na madrugada de 31 de Agosto, por volta das seis da manhã.
Várias associações LGBT pediram entretanto que haja combate aos crimes de ódio após este ataque que decorreu em plena Baixa de Lisboa. "É fundamental tornar a discriminação bem visível - e é fundamental que todos os crimes de ódio sejam denunciados e que as autoridades saibam como lidar com estes crimes", referiu a ILGA na sua página de Facebook. "É urgente estarmos atentos e denunciarmos qualquer tipo de violência contra pessoas LGBT", considerou o colectivo Braga Fora do Armário na mesma rede social. Também os responsáveis pelo colectivo Bichas Cobardes consideraram que era importante "denunciar, partilhar e recolher provas" de forma a encontrar os responsáveis por estes ataques. O Clube Safo também se solidarizou com a gestão do Ponto G e "disponibilizou-se para a acompanhar na exigência de maior policiamento da zona. Exige igualmente uma maior atenção da polícia a estes grupos já conhecidos".
Contactadas pelo dezanove.pt, as responsáveis pelo Ponto G relembram que os incidentes ocorreram após o encerramento da discoteca. “Todo o staff do Ponto G encontrava-se no interior do espaço em arrumações e no fecho de contas e não assistimos a nada. Tanto quanto fomos informados, a PSP foi de imediato chamada ao local pelas pessoas que se encontravam na rua e pelo nosso segurança, quando se apercebeu da discussão e nos informou do que se estaria a passar na rua”, contam. Nessa mesma manhã, as responsáveis dirigiram-se ao posto da PSP da Rua da Prata, também na Baixa, “a fim de solicitar uma maior presença/patrulha na rua onde se encontra o nosso espaço, a fim de ser garantida a devida segurança aos nossos clientes na rua, que de resto sempre existiu. Reforçamos, também, a segurança dentro do nosso espaço e tomamos todas as medidas legais necessárias a garantir a segurança necessária”. Em dois anos de existência, esta foi a primeira vez que ocorreram distúrbios à porta do Ponto G, referem as responsáveis.