Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

Mundial de Futebol Feminino: Representatividade LGBTI+ recorde

pexels-mike-1171084.jpg

O campeonato mundial de futebol feminino começou na quinta-feira passada, dia 13 de Julho, na Austrália e Nova Zelândia. Nesta competição realizar-se-ão 64 jogos em nove cidades dos países referidos e, naquilo que é considerado um momento histórico para Portugal, a selecção nacional marca presença, pela primeira vez. 

 

Este mundial é um marco histórico para Portugal e, também, para a população LGBTQ+, já que, segundo o site Outsports, das 736 futebolistas 94 se assumem como LGBTQ+ (mais do que o dobro das atletas que competiram no último mundial, em 2019). Neste campeonato do mundo participam também mais 8 selecções do que no anterior.  

A competição deste ano traz uma infinidade de caras novas com a estreia de sete países, para além de Portugal, nomeadamente o Haiti, Marrocos, Panamá, Filipinas, Irlanda, Vietname e Zâmbia. A África terá quatro representantes, pela primeira vez na história da competição - Marrocos, Nigéria, África do Sul e Zâmbia.

A entrada histórica da Irlanda no torneio marca outro triunfo para Sinead Farrelly, que se estreia na selecção irlandesa após um período de quase 8 anos sem competir. Para além do acidente de carro de que foi vítima, em 2015, o assédio sexual existente, na equipa onde jogava, foi apontado como a razão do abandono, nessa altura - Farrelly e a sua companheira relataram, em 2021, numa entrevista, a má conduta e a coerção sexual perpetradas por Paul Riley, técnico na Liga Nacional de Futebol Feminino, nos Estados Unidos.  

Para além de Sinead Farrelly, outros nomes são de realçar, neste campeonato do mundo, pela importância que têm tido ao longo dos anos, no mundo do futebol e fora dele, nomeadamente Megan Rapinoe dos Estados Unidos e Marta do Brasil. Para Rapinoe, activista LGBTQ+, este será o último mundial, uma vez que já anunciou que esta será, também, a sua última época na liga em que actua. 

Em termos de equipas, a Austrália é a selecção que reúne mais pessoas assumidamente LGBTQ+ (pelo menos 10 atletas). Segue-se o Brasil (9), Irlanda (9) e Suécia (8). Pelo menos, oito equipas têm uma capitã LGBTQ+, nomeadamente Portugal (Dolores Silva).

Para além das várias jogadoras LGBTQ+, Pia Sundhage do Brasil e Bev Priestman do Canadá são duas treinadoras que assumiram, de forma pública, a sua orientação não heterossexual.

As pessoas que o site Outsports apresenta na lista elaborada, foram determinadas por relatórios dos media, bem como através de publicações nas redes sociais - algumas futebolistas declararam claramente que são LGBTQ+, outras vivem simplesmente a sua vida abertamente nessas mesmas redes. 

Assim sendo, este será um campeonato do mundo com representatividade e visibilidade LGBTQ+, algo que se revela como bastante importante: pessoas LGBTQ+ existem em todo o lado e tem direito a viver, de forma plena, em todos os contextos. 

 

Sara Lemos