O Papa Francisco aponta o dedo à Igreja Católica no que chamou de uma “obsessão” por temas como “os gays, o aborto e a contracepção”. O Papa, que desde a sua eleição tem vindo a demonstrar publicamente um conjunto de valores mais liberais, acusa a Igreja de se focar nestes assuntos em detrimento da sua missão mais abrangente de “acolher todos”.
O Papa Francisco declarou numa entrevista realizada a bordo do voo de regresso do Brasil que os homossexuais não deveriam ser marginalizados, mas sim integrados na sociedade. Contudo, o pontífice reafirmou a posição da Igreja Católica: os actos homossexuais são pecado, contudo a orientação sexual não o é. “Se uma pessoa é homossexual mas procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para a julgar?” O Papa também afirmou que queria ver as mulheres a ter um papel mais activo na Igreja, mesmo não podendo aceder ao sacerdócio.
A coordenação nacional da associação portuguesa Rumos Novos – Homossexuais Católicos reagiu em comunicado ao anúncio de que o arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, tinha sido eleito sucessor de Bento XVI.
O ministro do Vaticano para a família, Vicenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho da Família, defendeu que os Estados devem impedir injustiças e discriminações nos casais "de facto", incluindo os constituídos por homossexuais .Esta é a primeira vez que um alto responsável do Vaticano defende soluções jurídicas para uniões fora do casamento.