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Estigmação das pessoas LGBTI:  A varíola dos macacos não 'escolhe' os homossexuais, mas sim"comportamentos de risco" 

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Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto da Saúde afirmou esta sexta-feira, no Porto, que o vírus da varíola-dos-macacos (Monkeypox) é “uma doença de comportamentos de risco” e não de “grupos de risco”, à qual todos estão sujeitos, e que os casos confirmados em Portugal “estão todos estáveis” faz saber o jornal Público. Neste momento há já 23 casos confirmados em Portugal.
 
 
Esta semana as palavras de Vítor Duque, presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, a respeito surto de varíola dos macacos identificado em Portugal geraram uma onda de indignação. Em declarações à CNN Portugal Duque afirmou: "A "varíola dos macacos pode ser o início de mais uma epidemia entre os homossexuais ou alastrada a toda a população".
 
Várias figuras públicas se insurgiram contra aquilo que parece voltar a querer estigmatizar as pessoas LGBTI. Renato Duarte, locutor na rádio Renascença, comentou no Instagram esta situação: "Estabelecer uma relação de causa-efeito entre um vírus e a comunidade LGBTQIA+ é perigoso, irresponsável e imoral. Não tem fundamentação científica e contribui para o estigma a que este conjunto de pessoas continua a estar sujeito", escreveu.  "Nenhum tipo de transmissão infeciosa é exclusiva de indivíduos com uma determinada orientação sexual", acrescentou.
 
 
"O que nós temos de focar sempre é nos comportamentos", defendeu Ana Aresta, presidente da ILGA Portugal, em declarações à agência Lusa, citadas pela SIC Notícias. "Já não estamos nos anos 80 ou 90, em que, de facto, a desinformação contribuía para o estigma, já não estamos nesse momento", disse ainda, acrescentando que a "forma como se comunica não poder ser leviana", já que estão em causa grupos sociais "historicamente estigmatizados".
 
Na área da Saúde, Jo Correia Rodrigues, da associação Anémona considerou:
 
 
O humorista Hugo Van der Ding recorreu ao humor para combater o preconceito:
 
 
Quais são os sintomas da varíola dos macacos?
Numa altura em que Portugal atravessa uma nova vaga de covid-19 (com bastantes sintomas em comum) convém prestar atenção a: febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares ou cansaço extremo. O principal sinal de alerta são erupções cutâneas na cara e no corpo, que geralmente surgem nos primeiros cinco dias. As lesões provocadas pela doença podem causar comichões ou dor, mas os sintomas tendem a desaparecer no espaço de duas a três semanas após a infecção.
Perante sintomas suspeitos, o doente deverá "abster-se de contacto físico directo com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objectos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas".
 
 
Certo é que não existem doenças de homossexuais nem de heterossexuais. Há comportamentos de risco que podem promover a transmissão. 40 anos depois da descoberta do VIH pouco ou nada se aprendeu no que diz respeito ao alarmismo e à estigmatização a que ainda querem sujeitar as pessoas LGBTI+.